Bairro Português de Santa Cruz em Banguecoque - Paula Cruz do Sião - Por José Martins
Banguecoque : Bangkuntien : Tailândia
Os avós de Paula Cruz, nasceram, no «Ban Portuguete» (Aldeia dos Portugueses), em Aiutaá. Seus pais e ela viram a luz do dia no portuguesíssimo, Bairro de Santa Cruz, em Thomburi; do lado oposto de Banguecoque e junto à margem esquerda do grande rio Chao Praiá.
PAULA CRUZ (Uma ilustre luso - tailandesa no Reino do Sião)
A antiga capital do Reino do Sião, dos templos, budistas, forrados a folha de ouro, numa noite, no princípio do mês de Abril, do ano de 1767, foi incendiada e pilhada pelas tropas invasoras do Reino do Pegú.
Junto à margem do rio Chao Prya (Chao Praiá), havia cerca de 250 anos uma comunidade luso - tailandesa tinha sido formada, num terreno de 2 quilómetros de comprimento e de trezentos metros de largura.
Em absoluta paz, serena, mais de duas mil almas, de mistura de sangue português e siamês foram assistidas, espiritualmente, pelos missionários do Padroado Português do Oriente, em três paróquias: S. Francisco (dos Franciscanos) S. Domingos (dos Dominicanos) e a de S. Paulo (dos Jesuítas).
Naquela terrível noite de Abril, entre gritos de dor os residentes siameses fogem apavorados, entre os arrozais e florestas, em várias direcções, para assim, se livrarem da soldadesca peguana.
São vagas as informações em cima do número de pessoas que integravam a comunidade luso - tailandesas no «Ban Portuguete» mas pela existência, e dimensão da área, de três igreja, seriam mais de duas mil almas.
Segundo relatos, ainda hoje, de residentes, católicos, tailandeses (que vivem e morrem no Ban Portuguete) de geração - em - geração ficou, na memória, o facto de que a comunidade luso - tailandesa e a chinesa foram as últimas a renderem-se ao exército do Pegú.
E para que tal tivesse acontecido uma meia dúzia de soldados, birmaneses, entraram no «Ban Portuguete» hasteando uma bandeira branca, para negociarem a rendição e, com eles a mensagem do comandante de que nada de mal seria feito aos residentes.
Comunidades do ocidente, além da portuguesa, chinesa, japonesa e malaia eram diminutas. Havia uma, pouco numerosa, de origem holandesa cuja dimensão da área (actualmente em escavações) a descoberto, seriam de pouco mais de umas cinquenta pessoas que se empregavam nos armazéns da Companhia das Indias Orientais, na administração e na carga e descarga da mercancia chegada da Batávia (Indonésia) ou a comprada no Reino do Sião, principalmente a prata do Japão e vendida pela comunidade japonesa para despachar e mercanciar nos portos da Europa.
Outro reduzido número de europeus, residentes, eram mercadores e com as suas residências e armazéns na orla dos rios: Chao Praiá, Pasak e Lopburi é de prever que tenham fugido, em embarcações, para Banguecoque, na altura do pandemónio e do clamor das gentes que viam membros de suas famílias a serem assassinadas e os haveres extinguidos pelo fogo ou roubados, no meio daquela orgia incendiária.
Leia este tema completo a partir de 28/2/2011
Banguecoque : Bangkuntien : Tailândia
Os avós de Paula Cruz, nasceram, no «Ban Portuguete» (Aldeia dos Portugueses), em Aiutaá. Seus pais e ela viram a luz do dia no portuguesíssimo, Bairro de Santa Cruz, em Thomburi; do lado oposto de Banguecoque e junto à margem esquerda do grande rio Chao Praiá.
PAULA CRUZ (Uma ilustre luso - tailandesa no Reino do Sião)
A antiga capital do Reino do Sião, dos templos, budistas, forrados a folha de ouro, numa noite, no princípio do mês de Abril, do ano de 1767, foi incendiada e pilhada pelas tropas invasoras do Reino do Pegú.
Junto à margem do rio Chao Prya (Chao Praiá), havia cerca de 250 anos uma comunidade luso - tailandesa tinha sido formada, num terreno de 2 quilómetros de comprimento e de trezentos metros de largura.
Em absoluta paz, serena, mais de duas mil almas, de mistura de sangue português e siamês foram assistidas, espiritualmente, pelos missionários do Padroado Português do Oriente, em três paróquias: S. Francisco (dos Franciscanos) S. Domingos (dos Dominicanos) e a de S. Paulo (dos Jesuítas).
Naquela terrível noite de Abril, entre gritos de dor os residentes siameses fogem apavorados, entre os arrozais e florestas, em várias direcções, para assim, se livrarem da soldadesca peguana.
São vagas as informações em cima do número de pessoas que integravam a comunidade luso - tailandesas no «Ban Portuguete» mas pela existência, e dimensão da área, de três igreja, seriam mais de duas mil almas.
Segundo relatos, ainda hoje, de residentes, católicos, tailandeses (que vivem e morrem no Ban Portuguete) de geração - em - geração ficou, na memória, o facto de que a comunidade luso - tailandesa e a chinesa foram as últimas a renderem-se ao exército do Pegú.
E para que tal tivesse acontecido uma meia dúzia de soldados, birmaneses, entraram no «Ban Portuguete» hasteando uma bandeira branca, para negociarem a rendição e, com eles a mensagem do comandante de que nada de mal seria feito aos residentes.
Comunidades do ocidente, além da portuguesa, chinesa, japonesa e malaia eram diminutas. Havia uma, pouco numerosa, de origem holandesa cuja dimensão da área (actualmente em escavações) a descoberto, seriam de pouco mais de umas cinquenta pessoas que se empregavam nos armazéns da Companhia das Indias Orientais, na administração e na carga e descarga da mercancia chegada da Batávia (Indonésia) ou a comprada no Reino do Sião, principalmente a prata do Japão e vendida pela comunidade japonesa para despachar e mercanciar nos portos da Europa.
Outro reduzido número de europeus, residentes, eram mercadores e com as suas residências e armazéns na orla dos rios: Chao Praiá, Pasak e Lopburi é de prever que tenham fugido, em embarcações, para Banguecoque, na altura do pandemónio e do clamor das gentes que viam membros de suas famílias a serem assassinadas e os haveres extinguidos pelo fogo ou roubados, no meio daquela orgia incendiária.
Leia este tema completo a partir de 28/2/2011
Exmos. Senhores,
ResponderEliminarTenho o prazer de conhecer pessoalmente essa genial pessoa, historiador nato sobre os assuntos da presença portuguesa no Reino do Sião.
Este artigo é mais um relato real, dos seus vastos conhecimentos e da sua riquissima biblioteca.
Parabéns a vós por ter um colaborador de tão alto n+ivel, e parabéns também ao meu estimago amigo José Martins.