sábado, 26 de fevereiro de 2011

Poesia de Arlete Piedade - Catedral; Noite de chuva; Reféns da liberdade

Poesia de Arlete Piedade - Catedral; Noite de chuva; Reféns da liberdade

Catedral

O universo infindo é a catedral onde rezo.
No azul do céu está desenhado teu olhar,
na voz do vento, ouço Deus a quem peço
que desça um anjo em breve pra me levar.

A dor dolorosa dessa saudade me sufoca,
as promessas feitas, que deixei por cumprir.
Na negra noite, um espírito gentil me toca
e vejo esse rosto amado em sonhos a sorrir!


Noite de chuva

Bate a chuva forte, na vidraça quebrada
do velho casarão na curva do caminho,
na negra e tenebrosa noite de trovoada,
que amedronta o pobre homem sozinho.

Enregelado encolhe-se debaixo do cobertor
esburacado, na cama sem a companheira,
falecida há tanto tempo, que com a velha dor
se acostumou, como uma eterna bebedeira.

Reféns da liberdade

Que os povos possam viver, dignamente!
Lutar por viver com os bens essenciais!
Pão na mesa e um futuro onde somente,
a aptidão, garanta o respeito entre iguais!

Nossos pais, levaram-nos p'ra a cidade,
aspirando dar-nos, vidas melhoradas!
Somos todos reféns p'la liberdade!
Queremos comida e não temos NADA!

Leia este tema completo a partir de 28/2/2011

2 comentários:

  1. Bonitos poemas e tão adequados à realidade actual! Gostei imenso, querida amiga, Arlete Piedade.
    Beijinhos
    Cremilde

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  2. Todos os três são lindos, nem outra coisa esperava da querida Poeta Arlete Piedade.
    Adorei todos!!! Parabéns!!!
    Beijinhos,
    Maria

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