Conto Infantil / Juvenil de Cremilde Vieira da Cruz (Avómi) - Quando as alforrecas vão à Praia
Havia muitos sombreiros na praia, muitos meninos divertidos a brincar à beira-mar e, ao largo, os barquinhos eram tantos, que os peixes estavam admirados com o movimento.
A alforreca Traquina que andava por ali, disse à alforreca Patareca, a sua maior amiga:
- Não sei que movimento é este! Que atrevimento, virem aqui desinquietar-nos! São os barcos que não param de andar de um lado para o outro, são as pessoas que vêm mergulhar e agitam as águas...
- Deixa lá, amiga! – Exclamou a alforreca Patareca. – Nós já estamos habituadas à agitação do mar e até gostamos de brincar com as ondas. Por isso, não me faz diferença nenhuma. Para além disso, a praia está tão colorida com aqueles chapéus de várias cores, que até acho engraçado. As pessoas estão felizes e divertem-se muito a saltitar de um lado para o outro, a passear na praia, a ir da areia para o mar onde tomam banho e, algumas até fazem construções na areia da praia, que são uma beleza. Algumas pessoas nadam tão bem, que até parece que vivem no mar, mas há muita gente que não sabe nadar.
- Que pena tenho das pessoas que não sabem nadar! – Disse a alforreca Traquina.
- Também eu, disse a alforreca Patareca - Já tenho ido mesmo à beira da praia e, para me divertir, agarro-me às pernas das pessoas, mas não sei porquê, elas começam a gritar e a coçar as pernas!... Porque será?
- Não faço a mais pequena ideia! – Disse a alforreca Traquina – Naturalmente, por qualquer razão, não gostam de ti! - Um dia destes, hei-de ir também à beira-mar, farei o mesmo que tu costumas fazer, para ver se as pessoas reagem da mesma maneira. Olha, não é tarde nem é cedo, vai ser agora mesmo! Espera aí um bocadinho, que já venho dizer-te o que aconteceu.
A alforreca Traquina dirigiu-se à beira-mar, convencida que as pessoas iriam ficar deliciadas, mas mal lá chegou... Pumba!... – Agarrou-se às pernas de um senhor que andava todo satisfeito a nadar. O senhor ficou tão aflito, que quase se ia afogando, porque começou a espernear em vez de nadar, e já estava a ir para o fundo, quando veio o nadador salvador socorrê-lo. O alvoroço ao redor da praia, foi tal, que a pobre alforreca fugiu, cheia de medo, e quando chegou ao pé da amiga disse:
- Nem queiras saber o que acaba de me acontecer, minha amiga! Julgava eu que iria divertir-me e, afinal, apanhei um susto!... Não é que me agarrei à perna de um senhor e ele ficou tão assustado e gritou tanto que até veio outro senhor que eu não sei quem é, para o ajudar a sair da água!
- Sinceramente, não sei o que se passa. As pessoas não devem conhecer-nos, por isso, pensam que queremos fazer-lhes mal, não achas?
- Sei lá! – Disse a alforreca Patareca – Mas lá que é estranho, é. Havemos de descobrir. Amanhã de manhã, hei-de ir à beira-mar e se estiverem pessoas a tomar banho, não lhes tocarei, mas perguntarei porque é que gritam, quando nós queremos brincar com elas.
Leia este tema completo a partir de 21/2/2011
Havia muitos sombreiros na praia, muitos meninos divertidos a brincar à beira-mar e, ao largo, os barquinhos eram tantos, que os peixes estavam admirados com o movimento.
A alforreca Traquina que andava por ali, disse à alforreca Patareca, a sua maior amiga:
- Não sei que movimento é este! Que atrevimento, virem aqui desinquietar-nos! São os barcos que não param de andar de um lado para o outro, são as pessoas que vêm mergulhar e agitam as águas...
- Deixa lá, amiga! – Exclamou a alforreca Patareca. – Nós já estamos habituadas à agitação do mar e até gostamos de brincar com as ondas. Por isso, não me faz diferença nenhuma. Para além disso, a praia está tão colorida com aqueles chapéus de várias cores, que até acho engraçado. As pessoas estão felizes e divertem-se muito a saltitar de um lado para o outro, a passear na praia, a ir da areia para o mar onde tomam banho e, algumas até fazem construções na areia da praia, que são uma beleza. Algumas pessoas nadam tão bem, que até parece que vivem no mar, mas há muita gente que não sabe nadar.
- Que pena tenho das pessoas que não sabem nadar! – Disse a alforreca Traquina.
- Também eu, disse a alforreca Patareca - Já tenho ido mesmo à beira da praia e, para me divertir, agarro-me às pernas das pessoas, mas não sei porquê, elas começam a gritar e a coçar as pernas!... Porque será?
- Não faço a mais pequena ideia! – Disse a alforreca Traquina – Naturalmente, por qualquer razão, não gostam de ti! - Um dia destes, hei-de ir também à beira-mar, farei o mesmo que tu costumas fazer, para ver se as pessoas reagem da mesma maneira. Olha, não é tarde nem é cedo, vai ser agora mesmo! Espera aí um bocadinho, que já venho dizer-te o que aconteceu.
A alforreca Traquina dirigiu-se à beira-mar, convencida que as pessoas iriam ficar deliciadas, mas mal lá chegou... Pumba!... – Agarrou-se às pernas de um senhor que andava todo satisfeito a nadar. O senhor ficou tão aflito, que quase se ia afogando, porque começou a espernear em vez de nadar, e já estava a ir para o fundo, quando veio o nadador salvador socorrê-lo. O alvoroço ao redor da praia, foi tal, que a pobre alforreca fugiu, cheia de medo, e quando chegou ao pé da amiga disse:
- Nem queiras saber o que acaba de me acontecer, minha amiga! Julgava eu que iria divertir-me e, afinal, apanhei um susto!... Não é que me agarrei à perna de um senhor e ele ficou tão assustado e gritou tanto que até veio outro senhor que eu não sei quem é, para o ajudar a sair da água!
- Sinceramente, não sei o que se passa. As pessoas não devem conhecer-nos, por isso, pensam que queremos fazer-lhes mal, não achas?
- Sei lá! – Disse a alforreca Patareca – Mas lá que é estranho, é. Havemos de descobrir. Amanhã de manhã, hei-de ir à beira-mar e se estiverem pessoas a tomar banho, não lhes tocarei, mas perguntarei porque é que gritam, quando nós queremos brincar com elas.
Leia este tema completo a partir de 21/2/2011
É certo querida amiga Cremilde - é uma história verdadeiramente interessante este seu conto! Gostei muito!!!
ResponderEliminarBeijinhos, Maria