Coluna: Antônio Carlos Affonso dos Santos. ACAS, o Caipira Urbano.- O Velho Kimura
Quando eu tinha 22 anos de idade e trabalhava numa metalúrgica em Osasco, fui convidado por um colega de origem nipônica a ir almoçar na casa dele num domingo; pois seu pai estaria completando 70 anos de idade e pediu para que cada filho trouxesse um amigo para almoçar. Meu colega sempre dizia da inteligência e sabedoria do pai, que ele era muito quieto e que, de quebra, gostava imensamente de cozinhar.
Claro que aceitei o convite. No outro dia, meu colega me perguntou se eu gostava de «paella», comida espanhola. Disse a ele, que só conhecia por ouvir falar e nem sabia dos ingredientes. Ele me disse que seu pai iria preparar para todos, uma imensa paella no domingo.
Ainda me adiantou que paella era uma comida de certa forma parecida com feijoada, só que usavam arroz, ao invés de feijão preto e que, além de carnes, continha também peixes e crustáceos; os chamados frutos do mar. Eu lhe perguntei se também tinha camarões; ele afirmou positivamente. Disse a ele que qualquer comida que tinha camarão só podia ser boa. E assim foi...
No domingo, dez e meia da manhã, lá estava eu na casa dos Kimura, em Taboão da Serra (à época eu morava na periferia de Osasco).
O velho Kimura era um homem simpático, generoso e sorridente. Tratava a todos os convidados que iam chegando com muita afeição.
Perguntava: -você é convidado de quem?
Feito isso, sorria e agradecia pela presença. Eu estava lá, de certo modo constrangido em meio a mais cinco convidados, pois meu colega, o filho do velho Kimura havia ido buscar encomenda no mercado Central de São Paulo e não havia voltado; portanto eu não conhecia nenhuma daquelas pessoas e nem elas a mim.
Quando eu tinha 22 anos de idade e trabalhava numa metalúrgica em Osasco, fui convidado por um colega de origem nipônica a ir almoçar na casa dele num domingo; pois seu pai estaria completando 70 anos de idade e pediu para que cada filho trouxesse um amigo para almoçar. Meu colega sempre dizia da inteligência e sabedoria do pai, que ele era muito quieto e que, de quebra, gostava imensamente de cozinhar.
Claro que aceitei o convite. No outro dia, meu colega me perguntou se eu gostava de «paella», comida espanhola. Disse a ele, que só conhecia por ouvir falar e nem sabia dos ingredientes. Ele me disse que seu pai iria preparar para todos, uma imensa paella no domingo.
Ainda me adiantou que paella era uma comida de certa forma parecida com feijoada, só que usavam arroz, ao invés de feijão preto e que, além de carnes, continha também peixes e crustáceos; os chamados frutos do mar. Eu lhe perguntei se também tinha camarões; ele afirmou positivamente. Disse a ele que qualquer comida que tinha camarão só podia ser boa. E assim foi...
No domingo, dez e meia da manhã, lá estava eu na casa dos Kimura, em Taboão da Serra (à época eu morava na periferia de Osasco).
O velho Kimura era um homem simpático, generoso e sorridente. Tratava a todos os convidados que iam chegando com muita afeição.
Perguntava: -você é convidado de quem?
Feito isso, sorria e agradecia pela presença. Eu estava lá, de certo modo constrangido em meio a mais cinco convidados, pois meu colega, o filho do velho Kimura havia ido buscar encomenda no mercado Central de São Paulo e não havia voltado; portanto eu não conhecia nenhuma daquelas pessoas e nem elas a mim.
Olá meu querido caipira. Estou aqui lendo teu texto e acho que estou a ficar velha...já nem me apetece fazer barulho, só ficar quietinha no meu canto...
ResponderEliminarCara Arlete, que Fada és: nós todos envelhecemos; dom natural da vida!
ResponderEliminarMas, também ficamos mais experientes, ainda que ultimamente penso nas desvantagens de sermos experientes; você sabe de quê estou estou falando (a falar).
Por outro lado, muitas vezes a experiência nos faz prever um acontecimento futuro, portanto podemos mudar de rota; a menos que estejamos apalermados. Segundo a "história oficial", o descobrimento do Brasil por Cabral teve a ver com certa mudança de rota: creio que valeu alguma coisa, pois não? Ainda outro dia assisti uma entrevita na TV brasileira com o primeiro ministro José Sócrates e ele disse que os brasileiros que nos últimos dez anos fazem parte da população de Portugal levaram um pouco de luz e alegria, dentre outras coisas, à Portugal da Fada das Letras. Eia, pois Fada, sus voai, sus correi. Esta luta pela lusofonia será árdua; sempre. Mas, alguns brasucas estarão arregaçando mangas e dando as mãos aos lusos, para juntos com pessoas da América, da Ásia, da África, da Europa e da Oceania, possamos fazer a festa lusófona.
Seja feliz, bem o mereces!