domingo, 30 de maio de 2010

COLUNA UM - Daniel Teixeira - A curiosa questão dos empréstimos

COLUNA UM - Daniel Teixeira - A curiosa questão dos empréstimos

Na ante - anterior semana fiz, dentro dos meus conhecimentos, a apologia do senso comum aplicada aos «lucros» - quanto a mim não só exorbitantes como irreais - da banca.

Esta semana vou voltar ao senso comum para constatar apenas alguns aspectos da facilidade relativa com que se engolem - é o termo - as maiores atoardas a coberto de «minuciosos» estudos e de teóricos que na minha opinião, numa sociedade normal, nem sequer teriam direito de entrada numa sala com registo mínimo obrigatório de Q.I.

As sociedades, sejam elas quais forem, desenvolveram o sistema capitalista, porque realmente era incómodo andar na troca por troca do mercantilismo. Criou-se assim um espaço de virtualidade em que a mercadoria (antes trocada entre si por valores já convencionados) passou a ser representada por papel (a moeda, o titulo, o valor convencionado da coisa).
O risco da troca, coberto inicialmente pela primeira forma de compensação, era uma coisa boa, foi uma coisa boa, enquanto se manteve nos níveis da normalidade. Ou seja, enquanto os valores pedidos pelo chamado prémio tinham relação próxima com o risco corrido.

Quando o «mercado» começou a fixar os seus preços não de acordo com o risco corrido mas sim de acordo com os valores fixados por quem podia segurar a mercadoria do outro entrou-se na espiral embrionária que agora se conhece de forma não embrionária.

O preço do seguro fez subir o preço da mercadoria segurada muito para além do seu valor real e o descambar a partir daí, com pelo menos 300 ou 400 anos de «prática», foi fazendo tudo o resto.

Hoje, o juro, que é uma forma de prémio pelo menos parcialmente, sofre deste problema. Quem tem dinheiro para emprestar segue as regras do mercado e não vejo muita gente a jogar mão da consciência quando trata de resolver estas questões. Nem da consciência nem da racionalidade...

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