sábado, 22 de maio de 2010

Poesia de Roberto Kusiak - Até que o divórcio nos separe - Premonições

Poesia de Roberto Kusiak - Até que o divórcio nos separe - Premonições

Até que o divórcio nos separe

é sempre assim
Um primeiro olhar
Um sorriso marfim
Um primeiro palpitar
Começa assim o fim

é sempre assim
A neve derrete
Anjos e querubins
A alma se aquece
Começa assim o fim

Premonições

Foi na chuva.
Foi na noite.
Foi num beco.
Foi no escuro.
Foi molhado e com frio.
Foi lá, escondido de mim mesmo.
Na penumbra.
Que chorei a falta de você.

Devo confessar que quando escrevi este poema, isso quando tinha apenas catorze anos, e já se passaram vinte e cinco anos, não tinha noção exata do que significava. Ontem me dei conta de que meu tão sonhado mundo havia desmoronado. Ontem, saí à noite, na chuva, tentando encontrar um caminho que me levasse para qualquer lugar longe de mim. Vaguei pelas ruas molhadas e frias, pelas poças de mim que ficavam pelo caminho a cada passo que meus pés, descalços de qualquer razão coerente, davam na tentativa insana de encontrar o sentido e a razão de meu fracasso.


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