domingo, 16 de maio de 2010

POESIA DE MARIA DA FONSECA - Canção Triste - Eclipse Solar - Noite sem Lua

POESIA DE MARIA DA FONSECA - Canção Triste - Eclipse Solar - Noite sem Lua

Canção Triste

Depois da chuva, eu seguia
Apressada, saltitante.
Levava também receio
Da tempestade distante.

Porém, como por encanto,
Ergueu-se no espaço a voz
De uma estranha mulher,
Cantando pra todas nós.

Uma bela melodia
Soava no ar lavado.
Era apelo dolorido
Dum coração magoado.

Eclipse Solar

Nossa Lua surpreendente,
Nunca sabemos de ti!
Sempre volúvel, formosa,
Há pouco estavas ali.

Deixaste uma noite escura
Sem gozar tua presença,
Pra de manhã te instalares
Frente ao Sol, em recompensa.

Impões-te assim, Lua amiga,
De outra forma e dimensão.
Em vez dum luar brilhante,
Vens dar-nos outra ilusão.

Noite sem Lua

A noite tão linda e escura
Invade toda a paisagem.
A Lua não está presente.
Corre tépida uma aragem.

O mar grande continua,
Mas agora não o vejo,
Está fundido com o céu.
A praia sente o seu beijo!

As traineiras 'stão pousadas
Nesse mar de imensidão.
Suas candeias acesas,
São astros na escuridão.


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