A COLUNA DE JORGE M. PINTO - CASOS AO ACASO - PISO SALARIAL - LICENÇA SEM... CONHECIMENTO
-Antes da nascença do Quadro Administrativo os cargos a ele correspondentes foram inicialmente providos por indivíduos oriundos do Exército (Oficiais e Sargentos). Posteriormente foram gradualmente substituídos por profissionais optantes pela carreira depois, claro, de submetidos a concurso para aspirantes, de onde partiram para o percurso normal da escala hierárquica.
(De aspirante administrativo a administrador de concelho ou circunscrição, quando completada a carreira consumia-se um lapso de tempo de 20, 30, 40 e até mais anos de serviço de total devoção, muitos se tendo deixado ficar pelas categorias intermédias quer por falta de vagas de acesso, por recusa de prestação das necessárias provas de concurso, quer por nestas simplesmente não terem obtido a necessária e competente aprovação)..
Entre os administradores de 1ª classe de todas as províncias ultramarinas, por excepcionais qualidades do serviço demonstradas (escolha, portanto) eram feitos os Intendentes e destes os Inspectores Administrativos. Ao posto de Governador de Distrito, só vieram a chegar verdadeiras excepções - do meu conhecimento apenas duas - em todo o ultramar.
LICENÇA SEM... CONHECIMENTO
- No extremo sudeste de Angola, mesmo sobre a fronteira com a antiga Rodésia, existia um posto –LUIANA de seu nome - que se situava largas dezenas de quilômetros depois de passadas as portas do fim do mundo (nome por que ficaram conhecidas duas raquíticas laranjeiras ladeando os trilhos - que não a estrada - que serviam de pista para ligar o posto à sede da circunscrição e esta à capital do distrito.
Ao LUIANA, - praticamente sem população mas com área administrativa imensa que apenas existia para garantir a ocupação territorial - só ia quem ao Luiana quisesse ir e sujeitar-se a percorrer intermináveis trilhas em que a distância se medida por horas de viagem e não por quilômetros.
Por estas trilhas, fazer em automóvel -só 4x4- médias de 15 quilometros / hora, era bater record’s.
Os profundos sulcos por onde rodavam os pneus, obrigavam o veículo às curvas e lhe davam direcção independentemente da vontade do respectivo condutor. Sair deles nem sempre era tarefa fácil. Necessário era forçar, e muito, a direcção, e não raro à força do braço era necessário juntar o peso do próprio tronco para lograr obter o resultado requerido.
-Antes da nascença do Quadro Administrativo os cargos a ele correspondentes foram inicialmente providos por indivíduos oriundos do Exército (Oficiais e Sargentos). Posteriormente foram gradualmente substituídos por profissionais optantes pela carreira depois, claro, de submetidos a concurso para aspirantes, de onde partiram para o percurso normal da escala hierárquica.
(De aspirante administrativo a administrador de concelho ou circunscrição, quando completada a carreira consumia-se um lapso de tempo de 20, 30, 40 e até mais anos de serviço de total devoção, muitos se tendo deixado ficar pelas categorias intermédias quer por falta de vagas de acesso, por recusa de prestação das necessárias provas de concurso, quer por nestas simplesmente não terem obtido a necessária e competente aprovação)..
Entre os administradores de 1ª classe de todas as províncias ultramarinas, por excepcionais qualidades do serviço demonstradas (escolha, portanto) eram feitos os Intendentes e destes os Inspectores Administrativos. Ao posto de Governador de Distrito, só vieram a chegar verdadeiras excepções - do meu conhecimento apenas duas - em todo o ultramar.
LICENÇA SEM... CONHECIMENTO
- No extremo sudeste de Angola, mesmo sobre a fronteira com a antiga Rodésia, existia um posto –LUIANA de seu nome - que se situava largas dezenas de quilômetros depois de passadas as portas do fim do mundo (nome por que ficaram conhecidas duas raquíticas laranjeiras ladeando os trilhos - que não a estrada - que serviam de pista para ligar o posto à sede da circunscrição e esta à capital do distrito.
Ao LUIANA, - praticamente sem população mas com área administrativa imensa que apenas existia para garantir a ocupação territorial - só ia quem ao Luiana quisesse ir e sujeitar-se a percorrer intermináveis trilhas em que a distância se medida por horas de viagem e não por quilômetros.
Por estas trilhas, fazer em automóvel -só 4x4- médias de 15 quilometros / hora, era bater record’s.
Os profundos sulcos por onde rodavam os pneus, obrigavam o veículo às curvas e lhe davam direcção independentemente da vontade do respectivo condutor. Sair deles nem sempre era tarefa fácil. Necessário era forçar, e muito, a direcção, e não raro à força do braço era necessário juntar o peso do próprio tronco para lograr obter o resultado requerido.
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