sábado, 8 de maio de 2010

Portugal - duas faces - Por Sandra Fayad

Portugal - duas faces - Por Sandra Fayad

Fui a Portugal. Saí com a sensação de saudade e alívio. Saudade dos amigos que me acolheram calorosamente, como se fosse um reencontro de amor. Alívio por ficar longe do mau - humor de algumas pessoas que deveriam prestar mais atenção à leveza dos ventos soprados a partir do Atlântico Sul.
Nas duas últimas matérias publicadas no Diário de Catalão de 28/04/2010 e 05/05/2010, conto 2/3 da aventura. A parte final está sendo negociada com a TAP.

A Admirável Face Portuguesa

Assim que voltamos ao Brasil, queríamos revelar as fotos e visualizar as imagens da filmadora para conferir se, de fato, haviam sido registrados os momentos mais importantes. Depois vieram as perguntas dos familiares e amigos.
«Melhor reunir o pessoal para contar tudo de uma só vez», pensei.
«Que nada! O povo quer mesmo é matar a curiosidade logo,» conclui.
E haja bis!
No nosso caso, aventuras inimagináveis foram de um ao outro extremo, sem nenhum exagero. E certo que alguns acontecimentos eram previsíveis; outros ultrapassaram as boas expectativas, mas, em relação a uma parte da viagem, conhecemos o que se poderia chamar de desastre. No primeiro momento vamos nos concentrar naquilo que foi bom porque Shirley e eu, sem falsa modéstia, somos pessoas positivas.

A Outra Face Portuguesa

«Em contraste com o amor fraterno e o amor erótico, que são amor entre iguais, a relação de mãe e filho é, por sua própria natureza, de desigualdade; nela, um necessita de toda a ajuda; o outro a dá. Por esse caráter altruísta, abnegado, é que o amor de mãe tem sido considerado a mais alta espécie de amor, o mais sagrado de todos os laços emocionais». (Erich Fromm, em A Arte de Amar)

Nas vésperas da data em que rendemos homenagens às Mães, cabe lembrar que, de fato, segundo o Dicionário Houaiss, Mãe é a que dá a luz; por derivação, é a pessoa que protege, ou aquilo que dá origem. Já Madrasta é a mulher do pai; no sentido figurado é mulher má, incapaz de sentimentos afetuosos e amigáveis. Na minha família, temos uma situação que não se enquadra nesses casos. Depois de muito matutar, achamos um meio para definir a nova esposa do pai da minha neta: Boadrasta. Não é que a expressão pegou?

1 comentário:

  1. Esta saga é impressionante!
    Jamais fui a Portugal; agora fico com o pé atrás. Sei que alguns patrícios não gostam da influência das novelas brasileiras por lá; talvez isso pode ter um certo sentido. Curiosamente, Portugal é o único país que teve colônias e, em se tratando do Brasil, os colonizadores são amados pelos colonizados. Isso deveria servir de consolo. Mas, amiga Sandra, não se pode dizer que faltou emoção no seu "tour" por lá.

    Um abraço do ACAS

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