Lung Boonmee raluek chat de Weerasethakul ganha Palma de Cannes - Recolha e composição de Afonso Santana
Os prémios das principais categorias já foram entregues na capital europeia do cinema, distinguindo concorrentes de três continentes distintos (Europa, Africa e Asia), como o filme «Lung Boonmee raluek chat» (Meu Tio), do tailandês Apichatpong Weerasethakul, a ganhar a Palma de Ouro da 63.ª edição do Festival de Cinema de Cannes.
O realizador, de 39 anos, é apontado pela crítica como autor de filmes experimentais e singulares, marcados pelo sobrenatural.
«Na selva, montanhas e vales, as nossas vidas passadas reaparecem-me sob a forma de um animal ou de outra maneira», diz no início do filme o personagem principal, o tio Boonmee, um idoso que sente aproximar-se o final da sua vida.
Padecendo de insuficiência renal aguda, prepara-se para a morte, conversando com a irmã e retomando a actividade de apicultor. Os fantasmas surgem-lhe então, uns com forma humana, outros com forma animal, e o tio Boonmee prepara-se para a sua última viagem, sinónimo de Apichatpong Weerasethakul para a reencarnação.
Para além do carácter sempre discutível de qualquer escolha, o palmarés do júri presidido por Tim Burton teve o mérito de lembrar que há uma variedade real do cinema contemporâneo que importa reconhecer e celebrar. Vale a pena, por isso, recordar que, de fora dessa palmarés, ficaram títulos como «Hors-la-Loi», de Rachid Bouchareb (Argélia), «La Princesse de Montpensier», de Bertrand Tavernier (França), e «Sol Enganador 2 - O Êxodo», de Nikita Mikhalkov (Rússia). Para além das inevitáveis diferenças, que une esses três filmes? Pois bem, uma cedência fácil à pompa de um academismo usado e cansado.
Os prémios das principais categorias já foram entregues na capital europeia do cinema, distinguindo concorrentes de três continentes distintos (Europa, Africa e Asia), como o filme «Lung Boonmee raluek chat» (Meu Tio), do tailandês Apichatpong Weerasethakul, a ganhar a Palma de Ouro da 63.ª edição do Festival de Cinema de Cannes.
O realizador, de 39 anos, é apontado pela crítica como autor de filmes experimentais e singulares, marcados pelo sobrenatural.
«Na selva, montanhas e vales, as nossas vidas passadas reaparecem-me sob a forma de um animal ou de outra maneira», diz no início do filme o personagem principal, o tio Boonmee, um idoso que sente aproximar-se o final da sua vida.
Padecendo de insuficiência renal aguda, prepara-se para a morte, conversando com a irmã e retomando a actividade de apicultor. Os fantasmas surgem-lhe então, uns com forma humana, outros com forma animal, e o tio Boonmee prepara-se para a sua última viagem, sinónimo de Apichatpong Weerasethakul para a reencarnação.
Para além do carácter sempre discutível de qualquer escolha, o palmarés do júri presidido por Tim Burton teve o mérito de lembrar que há uma variedade real do cinema contemporâneo que importa reconhecer e celebrar. Vale a pena, por isso, recordar que, de fora dessa palmarés, ficaram títulos como «Hors-la-Loi», de Rachid Bouchareb (Argélia), «La Princesse de Montpensier», de Bertrand Tavernier (França), e «Sol Enganador 2 - O Êxodo», de Nikita Mikhalkov (Rússia). Para além das inevitáveis diferenças, que une esses três filmes? Pois bem, uma cedência fácil à pompa de um academismo usado e cansado.
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