POESIA DE MARIO MATTA E SILVA - CULPAS - Idosa Indolência
CULPAS
1
Desamarraram-se os barcos
Cá dentro do meu peito
E tudo ficou à deriva…
Poisaram pombas nos charcos
E o tempo tomba desfeito
Sem outra alternativa.
2
Desataram-se as veias
Que me percorrem, fervilhando
Deixando o sangue em desordem…
Idosa Indolência
Caminha devagar, conta os passos
Coloca com cuidado a bengala
Atravessa a casa até à sala
E sentando-se, poisa seus cansaços.
E um idoso que conta os dias
E trás consigo a hora compassada
Fazendo da indolência assim respirada
Em contracções que afastam arrelias.
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