domingo, 7 de novembro de 2010

COLUNA UM - Daniel Teixeira - A função cultural dos processos jornal e rádio

COLUNA UM - Daniel Teixeira - A função cultural dos processos jornal e rádio

Tanto uma como outro dos elementos que fazem este conjunto RAIZONLINE (Jornal e Rádio) não pretendem ser, por vontade dos seus coordenadores - e nem tal seria possível e é fácil essa impossibilidade ser percebida no seguimento do que vou escrever - não pretendem, disse, um ou outro, ser um marco didáctico, professoral ou o que quer que seja naquele sentido da cátedra debitante de saberes.

A função pedagógica do conjunto RAIZONLINE faz-se por si mesma, através da actividade dos seus colaboradores e em pequena parte resultando também da composição ordenada dos textos ou palavras que são remetidos semana a semana.

Trata-se pois de uma pedagogia natural, naquele sentido em que se aprende - quem apreende e quem quer aprender - a saber de uns e outros, de formas de pensar diferentes, de significações, de formas de encarar as coisas, de possibilidades de conjunção interventiva, de complementaridade, enfim...uns e outros dando ou não conforme entenderem as mãos tendo como sendo um dos objectivos o conhecimento mútuo e nalguns casos o reconhecimento revolvendo e trazendo à superfície afinidades que o envernizado cultural secular foi e vai esbatendo.

O mundo felizmente não é igual nem segue os mesmos ritmos em todas as partes do globo (nem em nenhuma - diga-se) e uma das grandes lições que pode ser captada na leitura do Jornal Raizonline e na audição da Rádio Raizonline será precisamente - para além da constatação desta inevitabilidade e desta realidade dispersa e de tendência dispersante - o facto de se constatar que, apesar de tudo o que foi dito neste parágrafo existe um factor comum (a língua - a mesma língua) que facilitando o agregar de vontades torna também mais lento o processo de desagregação da solidez comum e pode até contrariá-lo naqueles pontos em que se constata (por via dessa mesma linguagem e sentir comuns) a vantagem da sua não alteração substancial.

Ora este processo de contradição de uma tendência desagregadora tem o seu campo de excelência no âmbito do cultural: não porque os cultos sejam génios (ou porque o campo cultural seja para génios) mas porque por via cultural as coisas são já naturalmente mais estáveis: para o bem e para o mal ainda se fala hoje de Sócrates e Aristóteles (25 séculos depois), se lêem as poesias de Safo, Homero, Eurípedes, etc...e por este caminho mesmo centenas e mesmo milhares ficaram pelo caminho com tanto ou mais valor do que estes...não se sabe o que não se sabe mesmo!

Leia este tema completo a partir de 08/11/2010

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