sábado, 6 de novembro de 2010

José Varzeano - Miguel Angel de Leon

José Varzeano - Miguel Angel de Leon

Pequena nota
Este texto é uma cópia integral do que consta da 2ª edição (ainda por editar) do trabalho conhecido por monografia de Alcoutim, de que não sou o padrinho.
Devido a um melhor conhecimento, foi uma das Figuras que fiz questão de acrescentar aos indicados na 1ª.edição.
Não posso deixar de denunciar um artigo publicado na revista Magazine do Jornal do Algarve, de data que de momento não tenho hipóteses de precisar, que nem de perto nem de longe traduz o que foi efectivamente Miguel Angel de Leon.

O articulista limitou-se a compilar uma série de informações (oficiais) emanadas do opositor político de Miguel Angel de Leon e quando assim acontece cai-se nesse erro. Nesse artigo a figura é apresentada como um criminoso comum!
Depois de ter sido vilipendiado pelo poder político instituído, quando as posições políticas se inverterem, Miguel de Leon, certamente devido à sua posição politica, foi incapaz de usar a mesma terminologia.

Vinte anos sem enviar as contas atribui Angel de Leon à falta de saúde do Administrador, o que certamente não era verdade. São estes pequenos factos que fazem a diferença, nesta altura e agora pois dentro de poucos anos iremos ter esclarecimentos «claros» sobre muitas confusões sobre coisas que ninguém percebe.
Naturalmente que D. Miguel não foi um santo e cometeu erros facilmente identificáveis, mas o que podemos dizer e segundo as nossas conclusões é que lutou, afinal até à morte, pela melhoria dos mais desprotegidos e numa tenaz oposição ao conservadorismo local representado por muitas famílias ainda hoje existentes e conhecidas no concelho.
JV


Esta figura controversa é lembrada por muitos alcoutinenses de todo o concelho. Ainda que a diluição do seu nome se vá fazendo, é sem dúvida o personagem mais lembrado da sua época.
Miguel Angel de Leon nasceu em 1826 e viveu em Madrid até 1856. Dado como chegado a Alcoutim, onde se instalou, em 1860 e como sendo engenheiro de minas.

Em 16 de Outubro de 1861 manifesta a descoberta de um jazigo de antimónio e outros metais em terra de José Martins Capelo, no monte de São Martinho.

Cerca de um ano depois (1862.12.05) juntamente com Manuel António d´ Almeida, ambos residentes na vila, requer o registo da mina de antimónio existente nas Cortes Pereiras que se achava abandonada. Também é ele que em nome de José Isidro Guedes, Par do Reino e residente em Lisboa, manifesta uma mina de chumbo argentífero na Herdade da Misericórdia, de que é foreiro, Manuel Gato, do monte dos Tacões. Mais manifestos foram feitos.

Em 1867 é encarregado de levantar o paredão desde o Cais à Figueirinha, junto do Guadiana. Entretanto, requer a naturalização que lhe é concedida por decreto de 17 de Julho de 1871. Deverá ter começado, a partir daí, a sua acção política neste concelho, sempre em ritmo crescente.

Em 27 de Abril de 1874 encontramos a primeira referência escrita quanto à sua acção. Afirma o então Administrador do Concelho, João José Viegas Teixeira que (...) as prepotências e arbitrariedades que dizem por mim cometidas no exercício das minhas funções (...) o principal motor da crua guerra (...) é o célebre Miguel Angel de Leon. E continua o representante do Governo no Concelho: Aquele D. Miguel faz tudo isto para me desprestigiar a fim de ver se lhe é possível levar uma grande maioria na próxima eleição e conseguir por último ser eu demitido do meu lugar.

Leia este tema completo a partir de 08/11/2010

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