Texto sobre Florbela Espanca - Parte I - FACTORES ECONOMICOS, SOCIAIS E PSIQUICOS NO TEMPO DE FLORBELA - Por Daniel Teixeira
Pequena nota: conforme disse já no último número e primeiro nesta série há dias fui perguntado por um leitor e colaborador nosso quase textualmente «o que tinha eu a ver com Florbela Espanca» uma vez que regularmente escrevia aqui textos sobre ela. Para eliminar essa curiosidade confessada e alguma que esteja ainda inconfessadamente expressa devo esclarecer que escrevi há cerca de 3 anos um conjunto de textos correspondendo a cerca de 400/500/600 páginas físicas (livro) não só sobre Florbela Espanca como sobre o saudosismo, o sebastianismo e o messianismo português.
Um tema (este do saudosismo, sebastianismo e messianismo português)que sempre me interessou e que me transportou por autores desde o Sec. V A.C. até à actualidade (de três anos).
Desses textos, sempre incompletos, tenho vindo a fazer repescagens e correcções, optando por colocar aqui aqueles que mais relacionados estão com o campo da literatura, por isso tanta Florbela e tanto saudosismo literário.
Não vendo eu qual o interesse que possa despertar entre os leitores deste jornal uma dissertação sobre os costumes em Dobu ou entre os Iroqueses ou sobre as correntes económicas que têm influído na nossa vivência e que também fazem parte do pacote escrito há 3 anos, vejo-me no entanto forçado para dar seguimento ao que prometi no último número a seguir o correr do que foi escrito na altura que inclui algumas destas partes que digo acima puderem não ter interesse ser referidas aqui mas que têm mesmo de entrar sob risco de subverter de tal forma o trabalho que teria de o refazer quase por inteiro coisa para a qual não tenho neste momento a disponibilidade necessária.
FACTORES ECONOMICOS, SOCIAIS E PSIQUICOS NO TEMPO DE FLORBELA
«O significado do discurso não é simplesmente a mensagem conscientemente enunciada. Todo discurso é dito de uma determinada forma. Ele é regido por um como - que não é dito, que está nas entrelinhas, no pathos... E é justamente aqui, ao nível do não - articulado, que se encontra o sentido do discurso».
Kierkegaard
No período vivido por Florbela Espanca assistimos, em termos sócio económicos sobretudo no período final do Sec. XIX e início do Sec. XX a uma sequência de grandes movimentos de expansão industrial e mercantil (potenciados de alguma forma pelas recentes descobertas científicas) e ainda à crise dos confrontos produtivos com reflexos em todo o tecido social.
A sociedade dominada pelo feudalismo, vencido nominalmente e politicamente mas ainda presente em termos ideológicos e culturais sobretudo em meios rurais e nas próprias cidades rurais onde o impacto da industrialização e da ideologia do capitalismo ainda se fazia sentir de uma forma fraca, (ver que a própria Florbela como ser vivente resulta de um costume feudal - sancionado pela burguesia - de concubinagem) trabalhava, o feudalismo e a sociedade mercantil, com pequenas produções ou com produções tendencialmente ajustadas às necessidades.
Leia este tema completo a partir de 15/11/2010
Pequena nota: conforme disse já no último número e primeiro nesta série há dias fui perguntado por um leitor e colaborador nosso quase textualmente «o que tinha eu a ver com Florbela Espanca» uma vez que regularmente escrevia aqui textos sobre ela. Para eliminar essa curiosidade confessada e alguma que esteja ainda inconfessadamente expressa devo esclarecer que escrevi há cerca de 3 anos um conjunto de textos correspondendo a cerca de 400/500/600 páginas físicas (livro) não só sobre Florbela Espanca como sobre o saudosismo, o sebastianismo e o messianismo português.
Um tema (este do saudosismo, sebastianismo e messianismo português)que sempre me interessou e que me transportou por autores desde o Sec. V A.C. até à actualidade (de três anos).
Desses textos, sempre incompletos, tenho vindo a fazer repescagens e correcções, optando por colocar aqui aqueles que mais relacionados estão com o campo da literatura, por isso tanta Florbela e tanto saudosismo literário.
Não vendo eu qual o interesse que possa despertar entre os leitores deste jornal uma dissertação sobre os costumes em Dobu ou entre os Iroqueses ou sobre as correntes económicas que têm influído na nossa vivência e que também fazem parte do pacote escrito há 3 anos, vejo-me no entanto forçado para dar seguimento ao que prometi no último número a seguir o correr do que foi escrito na altura que inclui algumas destas partes que digo acima puderem não ter interesse ser referidas aqui mas que têm mesmo de entrar sob risco de subverter de tal forma o trabalho que teria de o refazer quase por inteiro coisa para a qual não tenho neste momento a disponibilidade necessária.
FACTORES ECONOMICOS, SOCIAIS E PSIQUICOS NO TEMPO DE FLORBELA
«O significado do discurso não é simplesmente a mensagem conscientemente enunciada. Todo discurso é dito de uma determinada forma. Ele é regido por um como - que não é dito, que está nas entrelinhas, no pathos... E é justamente aqui, ao nível do não - articulado, que se encontra o sentido do discurso».
Kierkegaard
No período vivido por Florbela Espanca assistimos, em termos sócio económicos sobretudo no período final do Sec. XIX e início do Sec. XX a uma sequência de grandes movimentos de expansão industrial e mercantil (potenciados de alguma forma pelas recentes descobertas científicas) e ainda à crise dos confrontos produtivos com reflexos em todo o tecido social.
A sociedade dominada pelo feudalismo, vencido nominalmente e politicamente mas ainda presente em termos ideológicos e culturais sobretudo em meios rurais e nas próprias cidades rurais onde o impacto da industrialização e da ideologia do capitalismo ainda se fazia sentir de uma forma fraca, (ver que a própria Florbela como ser vivente resulta de um costume feudal - sancionado pela burguesia - de concubinagem) trabalhava, o feudalismo e a sociedade mercantil, com pequenas produções ou com produções tendencialmente ajustadas às necessidades.
Leia este tema completo a partir de 15/11/2010
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