sábado, 27 de novembro de 2010

POESIA DE ARLETE PIEDADE -  Sublime; Neblina; Novembro da vida

POESIA DE ARLETE PIEDADE - Sublime; Neblina; Novembro da vida

Sublime

Queria poder sentir-te comigo esta noite
E a sublime intensidade da nossa paixão
Exacerbados sentimentos como açoite
Sensações partilhadas como penhor de união.

Tua voz ressoa acariciante na minha mente
Na memória os vibrantes momentos unidos
No corpo dolorido o limite é somente
Viver as emoções na voragem dos sentidos.


Neblina

Vejo uma pedra desgastada pelo tempo
Um ribeiro tranquilo a caminho do mar
A lua leitosa, nadando no firmamento
Uma noite de inverno, prestes a terminar

Raios de sol lutam para romper as neblinas
Aves escuras esvoaçando fumacentas
Pérolas de água orlam linhas de aranha, finas
Trovões se anunciam prenunciando tormentas

Novembro da vida

E novembro nas vidas e anunciadas
Estão as chuvas que curam mágoas
Aguas que correm do céu nocturno
Acariciando nossos rostos ardentes
Refrescando os corpos rodopiantes
Cansados de lutas ás vezes, inúteis!

Vidas que se desgastam acumulando
Toxinas no corpo! – Acumulando na alma
Emoções por viver! – Prisões impostas
Por costumes, herança, de antepassados!
Só nos é concedida uma oportunidade?
Ou as crenças que nos falam, são verdade?

Leia este tema completo a partir de 29/11/2010

2 comentários:

  1. Creio que a poetisa esteja na melhor fase da vida para escrever tão doloridos (e verdadeiros) versos, falando do amor e da vida. Fase intimista, que já se pressentia noutras obras anteriores e que é muito bem vinda e que nos remete à análise de nossos conceitos e de nossas ações como seres humanos.
    Ave Arlete, que fada és!

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