domingo, 21 de novembro de 2010

Hematofagia (primeira parte)- Conto por Roberto Kusiak

Hematofagia (primeira parte)- Conto por Roberto Kusiak

I- Hábito de alimentação daqueles animais que chupam sangue de outros animais. Representa uma forma especializada de ectoparasitismo. Hematófago: do grego Haima (de haimatos): «sangue» e Phagein: «comer». Destacam-se no rol dos parasitas, ou hematófagos, os pernilongos, piolhos, pulgas, carrapatos, sanguessugas, barbeiros, borboletas e morcegos das espécies Diaemus youngii, Desmodus rotundus e Diphylla ecaudata, conhecidos como vampiros, encontrados apenas na América Latina e no Sul do México.

A palavra Vampiro (do Sérvio: Vampir), surgiu por volta do século XVIII (também constante nos idiomas tcheco, russo, búlgaro e húngaro). De acordo com as lendas Eslováquias e Húngaras, a alma de um suicida deixava seu sepulcro à noite para atacar os humanos, retornando como morcego, antes do sol nascer.

Ainda de acordo com as lendas, suas vítimas também se tornavam vampiros. Assírios e Babilônios também contam sobre criaturas que sugavam sangue de humanos e animais de grande porte. Outros mitos pregam que as pessoas excomungadas, tornam-se vampiros, até que os sacramentos da Igreja os libertem. Crianças não batizadas, e o sétimo filho de um sétimo filho também se tornariam vampiros.

II

Vilson chega atrasado ao escritório de contabilidade, estava mal humorado, pois a noite passada não tinha sido das melhores. Senta-se na cadeira estofada e abre o jornal do dia. A manchete chamava a atenção: «Corpo de jovem é encontrado em um banhado, às margens do rio Caí, no terreno onde será implantada a Estação de Tratamento de Efluentes da Prefeitura Municipal. Segundo a polícia, a vítima, uma jovem aparentando vinte anos, pode ter sido morta em outro local.

Um detalhe chamou a atenção dos policiais, duas perfurações no pescoço e marcas pelo corpo nu da jovem, parecendo picada de insetos. Fato estranho e ainda inexplicável, segundo o inspetor Valter, foi a presença de algumas sanguessugas mortas próximo ao corpo. O IML removeu o corpo foi removido para a casa morte».

Vilson larga o jornal em cima da mesa e acende um cigarro, olha para o telefone e hesita. Desiste, ligaria mais tarde, de um orelhão para não deixar rastros.
- Bom dia Senhor Vilson.
- Vilson, apenas Vilson. Já falei um zilhão de vezes.
- E o costume. Aqui estão os contratos da empreiteira. Eles querem que façamos milagre. Já trago seu café.

Leia este tema completo a partir de 22/11/2010

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