CORONEL FABRICIANO - 049 - Laqueadura de trompa; 034 - A Janela - BENEDITO FRANCO
Quem conhece o Inhotim está ganhando... e muito! Uma maravilha de Jardim Botânico, onde o paisagismo teve influência marcante de Roberto Burle Marx (1909-1994), na cidade de Brumadinho, MG, a 60 km de Belo Horizonte. O jardim mais bonito que já vi. Artes e mais artes expostas a céu aberto ou em galerias temporárias e permanentes, embora haja bastante arte contemporânea, a meu ver, muitas sem nada dizer e de mau gosto.
Arte contemporânea, na maioria das vezes, é o atestado de incompetência em arte – muita bobarte ou tapiarte...
049 - Laqueadura de trompa.
Tarde movimentada na rua: matar-se-ia um porco muito gordo... imenso, como nunca se tinha visto por lá. Toucinho valorizado bem mais que a carne - não havia ainda óleo de soja, ou outros óleos, para o uso diário, como hoje.
Havia o matador e o castrador de porcos - o castrador de porcas também existia e era profissão mais especializada; inexistiam os hormônios para que os animais engordassem - castrar, a arma eficaz.
O açougueiro - ou melhor, o matador de porcos - preparou as facas, o machado, para dar a pancada na fronte e para separar os ossos e costelas; as folhas de bananeira, as verdes para, no chão da rua sem calçamento, servir de assoalho e proteção contra a sujeira e lama formadas e as secas para chamuscar todo o pêlo; as panelas, ou latas de querosene, para ferver a água, e canecões para jogá-la fervendo em cima do porco - ou capado - e, com o raspar das facas, tirar-lhe a primeira pele chamuscada e o resto de pêlos. Fogão feito na rua mesmo, com três pedras, e facas amoladas numa pedra qualquer, encontrada ali por perto, ou as do fogão. Na época inexistiam, nem lá e nem nas redondezas, ruas pelo menos calçadas, muito menos asfaltadas - talvez na vila uma pessoa sequer conhecesse o asfalto.
Quem conhece o Inhotim está ganhando... e muito! Uma maravilha de Jardim Botânico, onde o paisagismo teve influência marcante de Roberto Burle Marx (1909-1994), na cidade de Brumadinho, MG, a 60 km de Belo Horizonte. O jardim mais bonito que já vi. Artes e mais artes expostas a céu aberto ou em galerias temporárias e permanentes, embora haja bastante arte contemporânea, a meu ver, muitas sem nada dizer e de mau gosto.
Arte contemporânea, na maioria das vezes, é o atestado de incompetência em arte – muita bobarte ou tapiarte...
049 - Laqueadura de trompa.
Tarde movimentada na rua: matar-se-ia um porco muito gordo... imenso, como nunca se tinha visto por lá. Toucinho valorizado bem mais que a carne - não havia ainda óleo de soja, ou outros óleos, para o uso diário, como hoje.
Havia o matador e o castrador de porcos - o castrador de porcas também existia e era profissão mais especializada; inexistiam os hormônios para que os animais engordassem - castrar, a arma eficaz.
O açougueiro - ou melhor, o matador de porcos - preparou as facas, o machado, para dar a pancada na fronte e para separar os ossos e costelas; as folhas de bananeira, as verdes para, no chão da rua sem calçamento, servir de assoalho e proteção contra a sujeira e lama formadas e as secas para chamuscar todo o pêlo; as panelas, ou latas de querosene, para ferver a água, e canecões para jogá-la fervendo em cima do porco - ou capado - e, com o raspar das facas, tirar-lhe a primeira pele chamuscada e o resto de pêlos. Fogão feito na rua mesmo, com três pedras, e facas amoladas numa pedra qualquer, encontrada ali por perto, ou as do fogão. Na época inexistiam, nem lá e nem nas redondezas, ruas pelo menos calçadas, muito menos asfaltadas - talvez na vila uma pessoa sequer conhecesse o asfalto.
A matança, gritos e berros!
Depois da pancada com o olho do machado, o porco gritava e berrava muito, desesperadamente, mas sucumbia, esperneando, e morria de pernas para o ar. Sangrado, o sangue guardado para o chouriço. Entrava em ação o fogo e logo após a água fervendo para lhe tirar o pêlo restante. Usavam-se a faca e o machado para abri-lo, cortando os ossos para separação ao meio e as bandas colocadas ao lado enquanto se preparava a barrigada. Bandas, as duas partes em que se dividia o porco, compostas do toicinho, da carne e dos ossos. Na barrigada separavam-se os rins para doá-los ao botequim mais próximo, servindo de salgadinho para as pinguinhas dos bebuns - prêmio aos sapos e espectadores!
Leia este tema completo a partir de 22/11/2010
Sem comentários:
Enviar um comentário