CORONEL FABRICIANO - Saudade / 058 - Que friiio! / 171 - Von Brown - 048 - Estado me processa por Cr$ 0,002!- BENEDITO FRANCO
Saudade: pensa que só em nosso idioma existe palavra que é só nossa?
«Para o povo boro, na Índia, onsay significa «fingir amar»; ongubsy, «amar de verdade» e onsia, «amar pela última vez». Entre os albaneses, cuja fixação por bigodes (sim, bigodes) ganha vocabulário preciso e diversificado: madh (bigode espesso), holl (fino), rruar (raspado), glemb (com pontas afiadas) e por aí vai. São mais de dez tipos, além de 27 termos dedicados a sobrancelhas.
A palavra bakkushan, do japonês, encontraria equivalências nas gírias machistas «raimunda» e «camarão», já que quer dizer «uma jovem que parece bonita vista de trás, mas pode não ser quando vista de frente».
A palavra - título tingo, que em rapanui (idioma polinésio da Ilha de Páscoa, território chileno ao sul do Pacífico) é «pedir emprestadas uma a uma as coisas da casa de um amigo até não sobrar nada» – esta serve para alguns vizinhos sem desconfiômetro...
Saudade: pensa que só em nosso idioma existe palavra que é só nossa?
«Para o povo boro, na Índia, onsay significa «fingir amar»; ongubsy, «amar de verdade» e onsia, «amar pela última vez». Entre os albaneses, cuja fixação por bigodes (sim, bigodes) ganha vocabulário preciso e diversificado: madh (bigode espesso), holl (fino), rruar (raspado), glemb (com pontas afiadas) e por aí vai. São mais de dez tipos, além de 27 termos dedicados a sobrancelhas.
A palavra bakkushan, do japonês, encontraria equivalências nas gírias machistas «raimunda» e «camarão», já que quer dizer «uma jovem que parece bonita vista de trás, mas pode não ser quando vista de frente».
A palavra - título tingo, que em rapanui (idioma polinésio da Ilha de Páscoa, território chileno ao sul do Pacífico) é «pedir emprestadas uma a uma as coisas da casa de um amigo até não sobrar nada» – esta serve para alguns vizinhos sem desconfiômetro...
058 - Que friiio!
Quando me mudei para São Paulo, inicialmente hospedei-me em um hotel no centro da cidade. Com emprego no Ipiranga, químico numa fábrica de óleo, mudei-me para uma casa mais perto da firma, cujo fundo, onde localizava meu quarto, dava para a loja Mesbla, na Avenida do Estado. Esse local era o primeiro local em São Paulo em que a enchente começava – e como havia enchente!... Um único pingo-d’água já inundava a frente da casa!
Num dos primeiros dias de hospedagem, comprei um jornal e o coloquei em cima do guarda roupa. A noite esfriou barbaridade. Depois de algum tempo dormindo, acordei-me apavorado com o friiio – o cobertor era um bicicleta: se puxasse para o lado da cabeça, descobriam-se os pés, e se cobrissem os pés, desprotegeria a cabeça. Lembrei-me do salvador da péssima situação: o jornal em cima do guarda-roupa!... Que decepção!... Os vidros da janela cheios de gelo, e nada de jornal no guarda-roupa... Que friio! Frio por todo lado do corpo – o corpo inteiro! Que noite longa! Pensei nos mendigos nas ruas... Telepatia ou mau pressentimento? Frio tão grande, que bateu recorde em muitos anos: menos um (-1) grau centígrado. Morreram quarenta e um moradores de rua.
A arrumadeira jogara o jornal no lixo!
No dia seguinte, papai foi visitar-me e, bem perto da fábrica, foi atropelado por um táxi. Encontrava-me na casa de meu concunhado Edson, médico, que recebeu a comunicação de que papai estava em um hospital. Encontramos o papai em um quartinho debaixo de uma escada, tremendo de friio e com .... cerebral. O Edson providenciou um apartamento e logo depois chegaram alguns de meus irmãos, que fretando um avião, levaram-no para Belo Horizonte.
Leia este tema completo a partir de 15/11/2010
Quando me mudei para São Paulo, inicialmente hospedei-me em um hotel no centro da cidade. Com emprego no Ipiranga, químico numa fábrica de óleo, mudei-me para uma casa mais perto da firma, cujo fundo, onde localizava meu quarto, dava para a loja Mesbla, na Avenida do Estado. Esse local era o primeiro local em São Paulo em que a enchente começava – e como havia enchente!... Um único pingo-d’água já inundava a frente da casa!
Num dos primeiros dias de hospedagem, comprei um jornal e o coloquei em cima do guarda roupa. A noite esfriou barbaridade. Depois de algum tempo dormindo, acordei-me apavorado com o friiio – o cobertor era um bicicleta: se puxasse para o lado da cabeça, descobriam-se os pés, e se cobrissem os pés, desprotegeria a cabeça. Lembrei-me do salvador da péssima situação: o jornal em cima do guarda-roupa!... Que decepção!... Os vidros da janela cheios de gelo, e nada de jornal no guarda-roupa... Que friio! Frio por todo lado do corpo – o corpo inteiro! Que noite longa! Pensei nos mendigos nas ruas... Telepatia ou mau pressentimento? Frio tão grande, que bateu recorde em muitos anos: menos um (-1) grau centígrado. Morreram quarenta e um moradores de rua.
A arrumadeira jogara o jornal no lixo!
No dia seguinte, papai foi visitar-me e, bem perto da fábrica, foi atropelado por um táxi. Encontrava-me na casa de meu concunhado Edson, médico, que recebeu a comunicação de que papai estava em um hospital. Encontramos o papai em um quartinho debaixo de uma escada, tremendo de friio e com .... cerebral. O Edson providenciou um apartamento e logo depois chegaram alguns de meus irmãos, que fretando um avião, levaram-no para Belo Horizonte.
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