sábado, 5 de março de 2011

Especial Carnaval - UM POUCO DE HISTORIA DO CARNAVAL - Por Arlete Deretti Fernandes

Especial Carnaval - UM POUCO DE HISTORIA DO CARNAVAL - Por Arlete Deretti Fernandes

UM POUCO DE HISTORIA DO CARNAVAL

A etimologia da palavra Carnaval sempre foi de interesse dos estudiosos. Uma hipótese existente é que se origina de «carrum navalis», que era um barco alegórico com o qual os romanos abriam alguns festejos. Animais bem enfeitados o carregavam e sobre este barco iam homens e mulheres nus e cantando obscenidades. Não havia distinção de classe ou idade, romanos e escravos diziam o que queriam, a quem queriam, em absoluta e total libertinagem, isto segundo Petrônio, no século I d.C.

A origem do Carnaval se perde em hipóteses. Seu surgimento já foi relacionado com cerimônias do ano agrícola que existiu entre os povos da arqueocivilização européia. Outros já afirmam que surgiu entre os antigos egípcios, nas alegres festas a Isis(a lua), e de Apia, (o boi sagrado).

Também supõem-se outra significação da palavra, que é carnem levare, (adeus à carne), pelo período de abstinência da Quaresma, que começa na 4ª-feira de cinzas. Esta localização temporal da festa é devido ao catolicismo, que determinou que o domingo de Carnaval deve ocorrer sempre sete semanas antes da Páscoa. Acontece que, festas semelhantes ao Carnaval foram encontradas entre os mais diversos povos da antiguidade e em muitas épocas.

O Carnaval sempre foi zombeteiro e licencioso. O catolicismo nunca o tolerou e na impossibilidade de evitá-lo, regularizou-o. Na Espanha medieval as flores lhe emprestavam poesia. Contam-se que, na França até Napoleão gostava de mascarar-se e participar da folia carnavalesca. Na Itália realizavam-se as festas dos mascarados, a partir de um tema mitológico. No final do século XIX o carnaval europeu definhava.

O Carnaval no Brasil

No Brasil, foram os portugueses que trouxeram o carnaval para a Colônia. O primeiro foi realizado em 1641, pelo Governador Correia de Sá e Benevides, com uma série de festas pela subida ao trono de D. João IV, o restaurador da monarquia portuguesa. Este primeiro carnaval contou com blocos e préstitos. As festas foram abertas pelo Governador , que desfilou pelas principais ruas da cidade do Rio de Janeiro à frente de 116 cavaleiros com compridas capas brancas, dando vivas a D. João IV. A partir daí a folia continuou por uma semana, com combates simulados, corridas de argolinhas e blocos de pessoas fantasiadas e mascaradas.

Só mais tarde o carnaval brasileiro passou a ter cunho popular e a ser realizado periodicamente. Aos poucos incorporou figuras folclóricas de origem negra e portuguesa. No princípio do século XIX o carnaval se resumia no entrudo. Havia verdadeiras batalhas em que as armas eram fulige, goma, água, farinha, ensopando e sujando pessoas, famílias e ruas inteiras. O costume era tão divulgado que, conta-se que D. Pedro II gostava de atirar limões de cheiro (um frágil envólucro de cera, em formato de limão, contendo água) e bacias de água nos nobres que frequentavam a Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro.

A violência do entrudo era tanta que muitas famílias nem ousavam sair às ruas durante o carnaval. Foi inutilmente proibido pelas autoridades. Com o tempo o entrudo foi declinando e apareceram os confetes e as serpentinas. As primeiras máscaras surgiram em 1834, feitas de cera muito fina e de papelão. Nesse tempo já era desenvolvida pela imprensa uma campanha a favor de um carnaval no estilo das festas européias, principalmente venezianas. A partir daí começaram a surgir os bailes de mascarados nos salões, e as famílias passaram a freqüentar estas festas.

Leia este tema completo a partir de 07/03/2011

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