sexta-feira, 18 de março de 2011

A rádio on line e a revolução da Internet - II - Por Se Gyn

A rádio on line e a revolução da Internet - II - Por Se Gyn

No chamado mundo virtual, para se chegar a qualquer lugar, bastam a vontade e um computador conectado à rede mundial de computadores. Na aldeia virtual, composta de computadores e usuários, não há dia, nem noite ou qualquer espécie de fronteira física. Boa parte das fronteiras são relativas à segurança ou privilégio de dados, barreiras de natureza cultural (língua, por exemplo), definições ideológicas, manifestações de crenças ou do comportamento ético e pessoal.

Na medida em que a Internet permitiu a interação, era natural que as pessoas fossem se agrupando e se articulando, motivadas por necessidades, vontades, gostos e, afinidades. As comunidades se estabeleceram primeiramente nas chamadas «listas de discussão». Mas, não demorou para que fosse percebida a demanda pois ambientes com mais possibilidades para tanto. E daí, vieram os chamados portais de relacionamento, tais como o Orkut, sucesso no Brasil e na India e , o Facebook, que tem a preferência dos americanos e europeus.

A Internet é um meio eclético, universal e praticamente ilimitado, em termos de comunicação, pois tudo se baseia na transferência, exibição e modificação de dados e, com as tecnologias que foram sendo desenvolvidas, é possível emular no meio virtual todas as mídias até hoje conhecidas, desde o livro, passando pelos jornais e revistas, considerando os equipamentos de edição e reprodução sonora e chegando às estações de rádio e televisão, com a diferença de que tudo o que é emulado não passa de formas diferentes de geração, «empacotamento» e exibição de bits e bites em computadores ligados em rede.

Quando falamos em estações e rádios de televisão e rádios virtuais, estamos nos referindo, na verdade, a portais e sites dotados de softwares que captam sons e imagens e os decompõem em pequenos pacotes de mensagens que são colocados em tráfego ou disponibilizados para acesso na web e depois, são remontados numa série previamente estabelecida num softaware (popularmente conhecido como player) de um computador receptor, o que resulta em som e imagens contínuas. Nada a ver, portanto, com a emissão de som ou som e imagem associados na atmosfera, a determinadas alturas e distâncias, mediante autorização para uso de frequências de rádio específicas, com determinado alcance.

Muitas empresas de comunicação tem sites onde o conteúdo de suas mídias são reproduzidos, no todo ou, em parte. Mas, estes costumam ser tratados, quase sempre, como uma ferramenta de alavancagem da audiência das mídias e empresas «físicas», por assim dizer. Como exemplo, podemos citar a revista Veja que disponibiliza na Internet boa parte do conteúdo da revista semanal, de circulação nacional. Também temos os sites de quase todas as rádios FM brasileiras, que mantem sites onde sua programação pode ser ouvida, ao vivo ou em arquivos disponibilizados depois da transmissão ao vivo (caso da Band News FM), e ainda os casos dos portais que mantem estações virtuais de televisão, caso do gigantesco portal UOL e o do jornal goiano Diário da Manhã, que chega a transmitir ao vivo, através de seu site, os jogos do campeonato goiano.

Não faltam profetas a anunciar, um dia após o outro, que a Internet vai eliminar as mídias que até pouco tempo, eram as mais populares, caso do rádio e televisão, o que considero um equívoco e um exagero. Da história recente, sabemos que o surgimento de uma mídia nunca eliminou a outra - a televisão, por exemplo, não eliminou o rádio (que não tinha eliminado o jornal), pois cada uma destas mídias chega ao público de uma maneira diferente, eis que o rádio permite a mobilidade do ouvinte, ao contrário da televisão, que exige relativa imobilidade e atenção visual do telespectador...

Leia este tema completo a partir de 21/03/2011

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