Fernando Pessoa e seus principais heterônimos. - Por Arlete Deretti Fernandes
Fernando Pessoa foi descoberto e redescoberto várias vezes pelos não portugueses. Mas ele parece mergulhar sistematicamente no esquecimento, apesar de Roman Jakobson ter escrito:
«E imperioso incluir o nome de Fernando Pessoa no rol dos grandes artistas mundiais nascidos no curso dos anos oitenta: Picasso, Joyce, Braque, Stravinski, Kliébnikov, Le Corbusier. Todos os traços típicos desta grande equipe encontram-se condensados no grande poeta português».
Picchio, 1970, p.94.
Leila Perrone – Moisés, citou que Pessoa «é um sujeito que se perde em crise de identidade, poeta em crise de língua, gênio poético acuado num país que atravessava ele mesmo uma crise política e econômica. Pessoa era demais.»
Seu país não sabia o que fazer daquele grande poeta épico, um «supra - Camões,» chegando num momento em que a glória das navegações se perdia num passado distante.
Ele mesmo recebeu uma educação aristocrática, moralista e traumatizante e vivia numa pequena cultura traumatizante.
Fernando Pessoa enfrentou o peso da língua inglesa que fora sua dos cinco aos dezessete anos.
Foi educado num meio puritano e por isso trazia no corpo o excesso de suas tendências homossexuais. Excessivamente inteligente, inventivo e moderno, ele aparecia no marasmo português como uma aberração.
Por malograr as tentativas de ocultação ele transbordou em poesia.
Pessoa era multifacetado, dividido entre seus heterônimos, - outros nomes, outras pessoas, outros poetas.
Houve um esfacelamento da própria identidade. Ele escreveu muitas cartas. Escreveu a Gaspar Simões, dizendo que os heterônimos são personagens de um grande teatro. Mas não chega a dar idéia da instabilidade de seus heterônimos.
Fernando Pessoa foi descoberto e redescoberto várias vezes pelos não portugueses. Mas ele parece mergulhar sistematicamente no esquecimento, apesar de Roman Jakobson ter escrito:
«E imperioso incluir o nome de Fernando Pessoa no rol dos grandes artistas mundiais nascidos no curso dos anos oitenta: Picasso, Joyce, Braque, Stravinski, Kliébnikov, Le Corbusier. Todos os traços típicos desta grande equipe encontram-se condensados no grande poeta português».
Picchio, 1970, p.94.
Leila Perrone – Moisés, citou que Pessoa «é um sujeito que se perde em crise de identidade, poeta em crise de língua, gênio poético acuado num país que atravessava ele mesmo uma crise política e econômica. Pessoa era demais.»
Seu país não sabia o que fazer daquele grande poeta épico, um «supra - Camões,» chegando num momento em que a glória das navegações se perdia num passado distante.
Ele mesmo recebeu uma educação aristocrática, moralista e traumatizante e vivia numa pequena cultura traumatizante.
Fernando Pessoa enfrentou o peso da língua inglesa que fora sua dos cinco aos dezessete anos.
Foi educado num meio puritano e por isso trazia no corpo o excesso de suas tendências homossexuais. Excessivamente inteligente, inventivo e moderno, ele aparecia no marasmo português como uma aberração.
Por malograr as tentativas de ocultação ele transbordou em poesia.
Pessoa era multifacetado, dividido entre seus heterônimos, - outros nomes, outras pessoas, outros poetas.
Houve um esfacelamento da própria identidade. Ele escreveu muitas cartas. Escreveu a Gaspar Simões, dizendo que os heterônimos são personagens de um grande teatro. Mas não chega a dar idéia da instabilidade de seus heterônimos.
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