domingo, 31 de outubro de 2010

Coluna de Abílio Lima

Coluna de Abílio Lima

Neste jornal Abílio Lima desenvolve a parte noticiosa e informativa dos eventos que têm lugar a nível comunitário relacionados directa ou indirectamente com Portugal ao mesmo tempo que prestará os esclarecimentos que lhe forem solicitados sobre agricultura, programas comunitários, formas de candidatura a programas comunitários e de uma forma geral tudo o que esteja relacionado com a agricultura e a União Europeia.

Agenda europeia da semana.

3 de Novembro: O objectivo da proposta de directiva sobre resíduos radioactivos é criar um quadro jurídico europeu para a gestão do combustível usado e dos resíduos radioactivos.

3-4 de Novembro: Reunião anual das redes de informação europeia nas instalações da Representação da Comissão Europeia em Portugal.

3 a 5 de Novembro: Expolingua 2010, com a União Europeia como convidada de honra.

4 a 7 de Novembro: Evento «Europa Social», Ponta Delgada, Açores.

5 de Novembro: A conferência sobre energia da Geórgia será uma ocasião para discutir o potencial de trânsito da energia da Geórgia no âmbito de projectos de transporte da energia a partir da Bacia do Cáspio para a Europa.

7-9 de Novembro: Visita a Portugal do Comissário Europeu da Saúde e Protecção dos Consumidores, John Dalli.

9 de Novembro: Comissão adopta o pacote «alargamento» de 2010 que inclui um documento de estratégia, os pareceres sobre os pedidos de candidatura do Montenegro e da Albânia e sete relatórios de acompanhamento sobre os outros países candidatos e potenciais candidatos.

9 de Novembro: Comissão apresenta um plano para uma política comercial renovada da UE a fim de contribuir para revitalizar a economia europeia.

9 de Novembro: Inauguração da exposição das obras dos vencedores do concurso de desenhos sobre a igualdade entre homens e mulheres.

10 de Novembro: Comissão apresenta a sua nova estratégia para a política europeia da energia até 2020.

10 de Novembro: Comissão apresenta o quinto relatório sobre a coesão económica, social e territorial que traça um primeiro quadro da futura política de coesão após 2013.

10 de Novembro: Comissão lança uma consulta sobre o futuro da política de desenvolvimento. O objectivo da Comissão é acelerar a realização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio e reduzir mais rapidamente a pobreza.

10 de Novembro: A algumas semanas da cimeira UE - Africa, a Comissão apresenta várias propostas sobre os meios de reforçar a cooperação a longo prazo com a África, que se inscrevem numa reflexão de conjunto sobre o futuro da ajuda ao desenvolvimento.

10 de Novembro: Apresentação do 5.º relatório de coesão, nas instalações da Representação da Comissão Europeia em Portugal.

Leia este tema completo a partir de 01/11/2010

COLUNA UM - Daniel Teixeira - Diferenças com ou sem justificação (II)

COLUNA UM - Daniel Teixeira - Diferenças com ou sem justificação (II)

Na semana passada fiquei de dar pelo menos uma continuidade ao assunto então posto na minha discussão e que tratava singelamente da diferença de um comportamento num dado campo ou num campo abrangendo duas opções, a saber, porque havia diferença entre públicos de rádio e de jornal Raizonline. Quem estiver a ler-me pela primeira vez pode clicar no numero anterior e nesta mesma página.

A coisa, a diferença, o estudo da diferença, não é transcendente, diga-se de passagem, quer dizer, não morre ninguém nem há quem possa ficar nem leve nem seriamente lesionado devida a este facto, mas a curiosidade é sempre uma mola impulsionadora e há quem, como eu, não goste de perguntas sem respostas.

Salvo erro foi o Einstein (normalmente vai-se buscar sempre um génio a quem se atribuem os lugares comuns que se vão dizendo de nossa popular lavra) que disse, ele, que a humanidade não se colocava questões para as quais não tinha já resposta. Um pouco discutível esta afirmação, diga-se, porque em principio se se tem a resposta já não se trata de uma questão naquele sentido do insondável humanóide: é uma questão do género «quem foi o primeiro rei de Portugal?» ou einsteiniamente falando porque é que a velocidade da luz tem de ser constante (?): não há luzes metaforicamente de bicicleta, de moto, de jaguar?

Bem regressando à seriedade do tema nós não conhecemos bem (e quem conhece?) os nossos leitores: sabemos que eles nos lêem, graças â meticulosidade dos motores de busca e dos contadores de visitas sabemos os seus tempos de permanência nas nossas páginas, sabemos donde vêm (por vezes...!! - eu, através de um contador, sem ter saído de casa já «estive» uma série de tempo em Londres) sabemos quais as páginas mais visitadas, agora sabemos quais as leituras autor a autor (em número), enfim, sabemos tudo em números que pessoalmente não me dizem assim tanto e acabam por não dizer quase nada sobre as características individuais de cada um de nós. E mal seria que dissessem...

Tínhamos de facto essa expectativa, quer dizer, pensámos inicialmente quando se tratou de pensar e falar sobre ter também uma rádio em paralelo sonoro ao escrito do jornal que havia essa possibilidade, quer dizer que era fortemente provável que os nossos leitores passassem a ser nossos ouvintes e que através desta conjugação se conseguiria obter uma vantajosa complementaridade.
Lembro-me de ter falado bastante nisso e devo ter escrito por aqui alguma coisa sobre isso não sei quando : seria normal, pelo menos num campo, o da poesia, que viéssemos a prestar um bom serviço através do sonoro. A poesia em principio fez-se para ser dita e não exclusivamente escrita e tem uma beleza diferente quando dita e aliás tenho presente toda a história das tertúlias e dos saraus poéticos desde a famosa Marquesa de Alorna, pelo menos.
A epistolografia também foi bastante bem servida pela voz, pela recitação e uma parte substancial das canções actualmente na sua maior parte já nos baús não teria nascido sem esta ligação e complementaridade que funciona em dois planos: há boas canções que dão (resultam) em excelentes poemas e vice versa acabando por serem as duas coisas.


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O GRILO - Conto por Liliana Josué

O GRILO - Conto por Liliana Josué

Lininha tinha uma bisavó que lhe contava muitas histórias: umas verdadeiras, outras inventadas.
Mas ouvir a bisavó Madalena, era sempre uma aventura que mantinha os seus grandes olhos castanhos suspensos e abertos como dois girassóis de pétalas negras.
Era uma menina de seis anos, sossegada, dona de ondulantes cabelos negros e formas infantis bem redondinhas. Ainda via o chão muito perto de si.

- Vó-vó Madalena… vó-vó Madalena…
- Diz Lininha, que me queres?
- O vó, já fiz os trabalhos da escola, vens ver televisão comigo!?
- Amor, estou a ler um livro tão interessante. Preferia ficar aqui tranquila na minha leitura.
- Vozinha, anda comigo, eu gosto mais de estar ao pé de ti, fazes-me companhia e às vezes até dizes coisas engraçadas sobre os meus programas.
- Pois é minha querida, já não sou do tempo dos cabelos espetados e brincos no nariz, mas também não me considero uma velhota «careta», até gosto de certas coisas - . E riram-se ambas com gosto.
- Pronto, vamos fazer um acordo: Eu faço-te companhia na sala e tu vês o programa baixinho, assim estou junto de ti e posso continuar com a minha leitura. Queres assim?
- Quero sim vó… anda… vamos, que está mesmo a começar.
- Certo, lá vou, mas antes disso: lembrei-me que ainda hoje não me leste a tua lição.
- Ó vó… mas eu já fiz os trabalhos todos, sério!
- Acredito meu amor, mas gostava de te ouvir ler, que queres, é um prazer que me dás! Retorquiu Madalena num tom carinhoso que só os idosos sabem fazer.
A menina ficou um pouco confusa, não queria desagradar à bisavó, mas também não lhe apetecia ler novamente a lição do «Grilo cantor».
Calou-se por momentos, seguidamente argumentou: - Vó, então é assim: eu leio e depois vens ver o meu programa, sim?
Madalena concordou.
Acabada a leitura, ainda um pouco soletrada, mas aceitável, a bisavó em lugar de se levantar do sofá florido, ainda vistoso, começou a falar com uma expressão profunda no rosto: - Está-me a vir à lembrança, uma história que se passou comigo, faz muito tempo. Isto por causa da tua lição de leitura.

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Crónicas «Ver e Sentir» - Por Cristina Maia Caetano - (LXIX)

Crónicas «Ver e Sentir» - Por Cristina Maia Caetano - (LXIX)

Num pequeno lago, uma pitoresca ponte de madeira, permitia graciosamente o livre acesso a dois primorosos recantos de um lindo bosque. Encostada à dita pontezinha, deixei-me surpreender pelos belos tons vermelhos, rosas e amarelos no céu desenhados anunciado um inesquecível pôr-do-sol. Deliciada, olhava atentamente para todos os «vivos coloridos», que lindos e distintos ângulos, recantos e cantos preenchiam. Ao ritmo da minha compassada respiração, sentia a brisa do entardecer saudando e refrescando todo o meu ser.

Agradecido, o meu cabelo suavemente abanava e rodopiava, demonstrando bem, como tão convidativo aquele «ventinho» era. Atentamente, observava como todos os seres «respondiam» a esta brisa, a esta verdadeira dádiva natural. Lentamente, as copas das árvores mexiam-se e abanavam-se num sonoro «obrigado» e, as flores, como espirituosamente pareciam sorrir e sorrir. No lago, peixinhos nadavam velozmente e, nas árvores passarinhos pulavam de galho em galho, cantarolando animadamente. Certamente, agradeciam o dia perfeito que tinham acabado de ter. Certamente, gozavam o momento da luz do entardecer. Certamente, que muito sábios tais passarinhos eram.

Compenetrada em tais cuidadosas considerações e observações, reparei ainda, que junto de mim, uma elegante borboleta, toda ela em tonalidades violetas, pousava suavemente num dos rebordos da ponte. Num ápice, compreendi que a borboleta estava ali para mim. Sim, senti que ela me chamava. Sim, era um delicado, mas poderoso sinal. De devagarinho, a borboleta pulou para o galho mais próximo, parecendo pacientemente ficar à minha espera. Quando perto cheguei, esvoaçou novamente, pulando graciosamente de galho em galho, de árvore em árvore. Até que... Finalmente, a borboleta sossegou. Tinha chegado ao destino!

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Poesia de Arlete Piedade - Dia de chuva; Só passado; Amor final 

Poesia de Arlete Piedade - Dia de chuva; Só passado; Amor final

Dia de chuva

Acordei de madrugada e chovia lá fora
O anúncio de inverno, bate na janela
Aconcheguei-me esquecendo a hora
Nos macios e quentes lençóis de flanela

Fechei os olhos sonolenta e pensativa
Recordando o passado longe e distante
Esforcei-me por imaginar na tentativa
De reviver nossas emoções, num instante

Mas não é só o corpo que cansado, recusa
Também o coração onde se aninha o amor
E a mente que só para ti, está reservada

Só passado

Quando só o passado se faz presente
E o presente se dilui em cinza e nada
Quando o futuro já nos é indiferente
Se anuncia , próximo o fim da estrada!

Quando já nos imaginamos a partir
E não apetece por nada mais lutar
E todos são mais jovens e sem fingir
Nossas fraquezas olham a disfarçar....


Amor final

Ainda nos corações envelhecidos há amor?
Ainda nos corpos cansados, nasce o palpitar
Do sangue que enfraquecido e sem calor
Nas veias enrijecidas, teima em circular

Vidas mal vividas e incapazes de mudança
Presas numa via de sentido único sem desvio
Já mortos e ainda sobrevivos sem esperança
Suicídios anunciados, só presos por um fio

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Poesia de Joaquim Sustelo - CONTRASTES; E FOSTE…; MEDITANDO…

Poesia de Joaquim Sustelo - CONTRASTES; E FOSTE…; MEDITANDO…

CONTRASTES

Da noite escura nasce a madrugada
Da madrugada nasce um claro dia
O Sol surgindo, à terra enregelada
Traz o calor que tudo anima e cria

Do calor nasce a sombra desejada
E vem na sombra aragem e frescura
Frescura, ela há na fonte que encantada
Verte água fresca, cristalina e pura

O Mundo se completa no contraste...
O frio e o calor, o escuro, o claro,
O total desinteresse... a amizade...


E FOSTE…

E foste como se fosse
Parte da luz dos meus olhos
Ficando eu nos escolhos
Que a tua ausência me trouxe

Na mente esse olhar tão doce
Esse sorriso tão puro
Mas essa Paz que procuro
Lá foi contigo... afastou-se

MEDITANDO…

Caía a tarde... o Sol já se escondia
E em cúmplice local por tão silente
Foi onde se encontrou então a gente
Na beleza de mais um fim de dia

Houve de amor palavras, sintonia...
Trocaram-se alguns beijos com ternura
Dois corpos se colando na procura
De se fundir em um, como magia

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A COLUNA DE JORGE M. PINTO - CASOS AO ACASO - Parte V - DIVERSOS

A COLUNA DE JORGE M. PINTO - CASOS AO ACASO - Parte V - DIVERSOS
Português de Portugal & Português(?) do Brasil ? Ou, mais efectivamente, Português & Brasileiro !

Aí,... Aqui,... Lá ....Acolá,... E Aí ?
- No seu linguajar característico, o bahiano além de empregar com exagerada freqüência o «aí»”, que sai em qualquer altura em qualquer frase com inusitada constância, tem um vocabulário muito próprio, que a estranhos só a convivência vai ensinando.... As mais das vezes, é necessário mesmo meter tradutor.

Por exemplo: para pedir alguma coisa, a qualquer balcão, de qualquer tipo de loja, ao amigo, conhecido etc, fazem-no da seguinte forma:
- Tem pregos aí? - Me dá um cigarro aí ? - Vende esse carro aí ?
Evidente que merecerá ouvir como respostas:
- Tenho, sim, mas os meus pregos, além de estarem alí, são de ferro, zinco, alumínio....
- Os meus cigarros são .....,....... ou........Vais aceitar, mesmo assim?
- O carro, não vendo (ou vendo) aí, aqui em qualquer ou lugar nenhum....

Das tais que «exigem tradutor» já fui confrontado com pelo menos duas situações perfeitamente lapidares :
UMA – Qué arco... tárc’.ou qué qui mói ?
- Cuma ?
OUTRA – Num bule nem trisca porque se não póca o v’rido sujo de calvão !
(A grafia emprestada pretende estar o mais proximo possível ao som emitido. Nada tem a ver com coisa nenhuma senão com isso mesmo.)
TRADUÇÃO
DE UMA – Quer álcool... talco... ou quer que molhe ? (Pergunta o barbeiro após escanhoar o cliente. Sem entender perfeitamente, este pergunta: - - Como ?).
DA OUTRA – Não mexe nem toca porque senão quebra o vidro sujo de carvão !
OBS: O póca empregue no 2º caso, tem o significado de partir, quebrar, e constituiu-se no neo-verbo regular PÓCAR da 1ª conjugação. Com as flexões normais deste tipo de palavras, diz-se póca, pócar, pócou, vai pócar por substituição de pócará ( Iiiiiiiii, onde cheguei!. Melhor é parar por aqui, antes que saia asneira !)
Julgo, entretanto, saber qual seja a proveniência do neologismo.
Pelo que entendo, a palavra terá nascido do vulgar ESPOCAR (o mesmo que pipocar, estourar, explodir) que se emprega mais frequentemente ao se falar de foguetes -(fogos de artifício!).
Por comodidade e sintetização, partindo de ESPOCAR ou de PIPOCAR , e por simples abreviação se tez o PÓCAR. Será ?
Já o paulista usa o «lá» com a mesma doentia insistência com que o bahiano emprega o «aí».
Há dias, os torcedores não sei já de qual claque de futebol, por fúteis razões, teriam sido espancados por guarda(s) metropolitano(s) – ou do metropolitano -. Vi e ouvi um garoto de 16 alentados anos, mostrar às câmaras de TV alguns dos hematomas que «ganhara» nas costas braços e pernas, assim relatar o ocorrido:
«Eu estava lá, quando aparece lá o segurança lá, que sem razão lá, me começa a bater lá...enquanto eu me defendia lá... »
Se não foram exactamente estas as suas palavras, pouco lhes faltará ou pouquíssimo terão de mais...

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sábado, 30 de outubro de 2010

MARIO VARGAS LLOSA (Um Autor Universal) - Por Arlete Deretti Brasil Fernandes- UM NOBEL PARA A AMERICA LATINA

MARIO VARGAS LLOSA (Um Autor Universal) - Por Arlete Deretti Brasil Fernandes- UM NOBEL PARA A AMERICA LATINA

O escritor Mario Vargas Llosa é um dos autores que mais marcaram, nas últimas décadas, a literatura latino-americana, através de sua aguda percepção da complexa sociedade peruana.
Com 74 anos, foi um dos protagonistas do chamado «boom latino-americano», junto com outros grandes nomes, como o colombiano Gabriel Garcia Marquez, o argentino Júlio Cortazar e o mexicano Carlos Fuentes.

Admirado por sua descrição das realidades sociais, no plano político suas posições de direita suscitaram hostilidades em um meio intelectual que tende, majoritariamente para a esquerda.
Llosa disse certa vez: «Os latino-americanos são sonhadores por natureza e temos problemas para diferenciar o mundo real e a ficção. E é por isto que temos tão bons músicos, poetas, pintores e escritores, e também governantes tão horríveis e medíocres».

Nascido na sulista cidade de Arequipa, em 28 de março de 1936, em uma família de classe média, foi educado por sua mãe e avó materna, em Cochabamba, na Bolívia, e depois voltou ao Peru. Após seus estudos na Academia Militar de Lima, obteve uma licenciatura em Letras e deu, muito jovem, os primeiros passos no jornalismo.

Instalou-se, pouco depois em Paris, onde casou-se com sua tia Julia Urquidi, quinze anos mais velha do que ele, e que inspiraria mais tarde o livro Tia Júlia e O Escrevinhador, e exerceu várias profissões: tradutor, professor de espanhol e jornalista da Agencia France - Presse. Depois de romper com Urquidi, casou-se com sua prima -irmà, Patrícia Llosa, com quem tem três filhos.

Vivendo grande parte dos anos 1960 em Paris, Llosa se deixou cativar pelo esplendor cultural e político que dominava o país. Desde pequeno sonhava com Paris. Estava convencido de que, se não fosse a Paris, jamais seria um escritor relatou em uma entrevista à AFP, em 2009, em sua casa de Madri, onde viveu metade do ano.

«Foram para mim, anos formidáveis: gozava tanto da atmosfera, do ambiente intelectual... Paris ainda era uma cidade aberta, na qual a pessoa se sentia em casa desde o momento em que chegava.»

Pouco tempo depois de chegar a Paris, entrou para a Agencia France - Presse.
Posteriormente trabalhou na Rádio televisão Francesa, à noite, o que lhe dava mais tempo para escrever. No final dos anos 60 foi para Londres, porque queria morar na Inglaterra.


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Página de Arlete Deretti Brasil Fernandes - Crónica: O LIMOEIRO - Poema: Quero-te Assim.

Página de Arlete Deretti Brasil Fernandes - Crónica: O LIMOEIRO - Poema: Quero-te Assim.

O LIMOEIRO

Este limoeiro já foi um delicado arbusto que nasceu espontâneo no canto do jardim.
Com as podas transformou-se numa árvore forte e esparramou seus ramos, fazendo sombras e ocupando um grande espaço.

Seus frutos, que são muitos, sempre foram distribuídos aos vizinhos.
Um de seus galhos, com muito viço, alcançou o espaço da rua, começando a atrapalhar a passagem de automóveis. Teve que ser cortado. O pior de tudo, o que me impede de executá-lo, são os ninhos de jurití e de outros passarinhos que abriga.

Nossa cidade - ilha tem o privilégio de possuir áreas de preservação e outras ilhas menores próximas, que abrigam ninhais. Assim, vemos aqui passar belos pássaros, como a gralha azul, que eu imaginava sobreviver somente no planalto, tendo-se em vista que são plantadoras das pinhas, as sementes comestíveis das araucárias.

POEMA : Quero-te Assim.

Como a chegada da fresca manhã e o
Despontar do luminoso sol que se espera.
O perfume das flores, que chega com a primavera.
A luz que ilumina o caminho, por onde devo passar.

Como o vinho que me inebria e me deixa leve,
A dança, e eu a deslizar entre teus fortes braços,
Ouvindo a melodia, enlevo passo a passo.
Enamorados mais uma vez, num terno abraço.

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Telma Ellos - Biografia e Poesia - Poemas de Telma Ellos : O Amor é isso; Escondido

Telma Ellos - Biografia e Poesia - Poemas de Telma Ellos : O Amor é isso; Escondido



Biografia

Nascida em Jequié , interior da Bahia. Filha de militar não reconhecida , parava numa garagem para ouvir o ensaio da banda que havia ali com uns jovens de cabelos compridos. O som da guitarra a atraia sempre.
Foi estudante num convento de freiras onde era escolhida para cantar musicas românticas e religiosas em eventos do convento de onde foi expulsa tempo depois por consequência de se embriagar com licores de s.joão pela 1 vez e ultima pois não gostou da experiencia.

Poemas de Telma Ellos

O Amor é isso

Quando amamos, respeitamos o outro e desejamos o outro feliz, ainda que distante de nós
Posso fazer...
Renascer o amor dentro de mim
Porque o amor tudo suporta
E espera que
Um dia venha se encontrar
E sentir-se feliz,
Mesmo quando distante
Posso fazer renascer o amor,
Porque o amor supera o ódio
E a natureza se completa


Escondido


Onde andas, amigo?
Estás sumido, arredio.
Por falta de tempo
Ou para não ser interrompido?
Já que tens tanto a falar
E pouco a receber,


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AUTOCINETRIP - CINEMA , RESENHAS E CRITICA - Como Cães e Gatos 2

AUTOCINETRIP - CINEMA , RESENHAS E CRITICA - Como Cães e Gatos 2

A franquia de espionagem 007 é claramente a maior inspiração de Como Cães e Gatos 2: A Vingança de Kitty Galore. Seus créditos iniciais estilosos e com música sensual abusam da marca registrada de James Bond.

Como o filme é destinado ao público infantil, às várias referências podem ser encaradas como um prêmio aos pais que acompanharem os pequenos espectadores no cinema. Por causa do público-alvo, a fita só terá cópias dubladas no circuito brasileiro.

Com isso, não se poderá perceber a participação de Roger Moore na voz de um dos cachorros. O ator inglês foi quem mais vezes interpretou James Bond no cinema, com sete filmes na carreira. Seu personagem chama-se Tab Lazenby, com o mesmo sobrenome de seu antecessor como intérprete do famoso agente secreto britânico. Outros personagens de Como Cães e Gatos 2 contêm alusões a 007 e outros filmes.

Os animais na tela envolvem-se em cenas de ação e outras estripulias. Para que tudo isso seja realizável, a produção mistura animais treinados, computação gráfica e animatronics. Na maioria das vezes o resultado é satisfatório, mas alguns bonecos criados para emular gatos são bem esquisitos.

No final, Cães e Gatos 2 é uma boa opção de diversão em família. Os efeitos da projeção 3D são competentes, mas não essenciais para se aproveitar o título.


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Coluna: Antônio Carlos Affonso dos Santos. ACAS, o Caipira Urbano. - PIRAPORA DO BOM JESUS E BOM JESUS DE PIRAPORA

Coluna: Antônio Carlos Affonso dos Santos. ACAS, o Caipira Urbano. - PIRAPORA DO BOM JESUS E BOM JESUS DE PIRAPORA

DADOS DA CIDADE

Pirapora do Bom Jesus é uma cidade pequena e calma, às margens do Rio Tietê. A cidade fica num vale encravada entre grandes montanhas da serra do Ivoturuna. Fundada em 25 de maio de 1730, a cidade desenvolveu-se notadamente com os faiscadores de ouro e depois com a agricultura. Atualmente, o Rio Tietê está bastante poluído neste trecho. O Rio Tietê corta o centro velho da cidade e por vezes, pode-se observar tapetes de espuma sobre suas águas. Este fato ocorre devido a proximidades da cidade, da Barragem de Pirapora do Bom Jesus. Essa barragem, tem por finalidade acumular água, para atender a Usina Hidroelétrica de Rasgão, inaugurada em 1925, que se situa pouco mais abaixo e que produz energia elétrica para a cidade e até para outras usinas.

As águas poluídas do Tietê, quando passam pelos seus vertedouros ou pela sua tubulação interna de descarga, acabam por produzir muita espuma, proveniente da contaminação da água por dejetos domésticos, notadamente detergente, usado em alta escala na maior cidade do hemisfério sul do planeta; São Paulo, que fica à montante e despeja diariamente algumas toneladas deste produto, utilizado em todas as casas dos 16 milhões de pessoas.
O resultado da contaminação ambiental pode ser vista diariamente, sendo que este autor já presenciou pessoalmente um dia em que a ponte que cruza o rio e que fica no centro velho da cidade estava revestida de espuma; convém que o leitor atente de que a ponte fica, no mínimo cinco ou seis metros acima do nível normal do Rio Tietê naquele ponto.

Portanto, vocês podem imaginar o grau de poluição atual, que não só pode ser observado, mas também pode ser sentido pelo olfato, pois o mau cheiro, por vezes, é nauseante.
Já a Serra do Ivoturuna que cerca a cidade, é tombada pelo Conselho Nacional do Patrimônio Histórico, o CONDEPHAAT e seu nome em Tupi, significa «Montanha Negra» ; nome esse dado pelos índios, devido à cobertura de vegetação de tonalidade escura, que em determinadas épocas do ano chegava a escurecer a paisagem do entorno do povoado. A Serra do Ivoturuna possui nascentes de água e cachoeiras, inclusive vertentes (fontes) que abastecem o município.(...)

ARTISTAS PIRAPORENSES FAMOSOS

Não necessariamente eles nasceram em Pirapora do Bom Jesus, mas suas histórias ficaram (e ficarão) ligadas eternamente à cidade.

ADO BENATI

Sem dúvida, o artista mais conhecido que passou por Pirapora, foi o Ado Benati. Ele nasceu em Taquaritinga (SP) em 23/09/1908 e morreu em Pirapora do Bom Jesus (SP) em 04/11/1962.
Ele começou a carreira artística compondo emboladas e cantando em programas de calouros; o «must» da época. Em 1939 passou a atuar na Rádio Educadora Paulista de São Paulo, com o regional de Caxangá (um tipo de banda da época). Mais tarde passou a atuar como contratado pela rádio Difusora de São Paulo.
Fez fama quando por volta de 1947 criou o personagem Zé do Mato; neste mesmo ano teve gravada por Tonico e Tinoco, sua primeira composição: a moda de viola «Destino de um Caboclo».
Um de seus maiores sucessos foi a música «Bom Jesus de Pirapora», onde o poeta narra de modo comovente, a saga que uma senhora teve que passar para chegar à Pirapora de Bom Jesus e o milagre conseguido.
Mesmo nos dias atuais, se pode ouvir esta música no serviço de alto falantes da cidade. Ado Benati publicou também livros e escreveu peças de teatro, que à época eram montadas em circos pelo interior do Brasil afora. (...)

GERALDO FILME

Outro artista famoso é o sambista Geraldo Filme (nascido em São João da Boa Vista, em 1928 e morreu em São Paulo, em 1995), que já mereceu até um documentário num curta metragem do cinema nacional.
Geraldão conheceu com a avó, os cantos de escravos que influenciaram sua formação musical. Embora haja outros pais do «samba paulista», sem dúvida, Geraldo Filme se não foi o pai, foi o seu antecessor.
A casa onde o Geraldo Filme se reunia com o pessoal de Pirapora para compor e cantar samba, ainda está de pé, mantida pela prefeitura local, passando a se chamar «Espaço Cultural Samba Paulista Vivo Honorato Missé».
O local abriga uma exposição permanente sobre o Samba Paulista e o cotidiano da cidade, além de ser palco de manifestações artísticas e eventos. De São João da Boa Vista pra Barra Funda, daí até Pirapora, de volta ao Brás, Glória, Peruche e finalmente pro Bexiga.
Vendendo marmitas; preparadas pela mãe, versando e dando pernadas (passava bom tempo nas rodas de samba e de «tiririca» [capoeira], que os carregadores improvisavam no Largo da Banana, na Barra Funda), Geraldo Filme de Souza cresceu e se formou nas ruas de São Paulo.
Ainda garoto encontrou na música sua forma de expressão, sendo respeitado como compositor e intérprete. Geraldão da Barra Funda, como era conhecido, teve papel importantíssimo no desenvolvimento do carnaval e das escolas de samba de São Paulo.

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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

GENTILEZA: A dama do Terceiro Milênio! - Por Adm. Marizete Furbino

GENTILEZA: A dama do Terceiro Milênio! - Por Adm. Marizete Furbino

«Palavras gentis podem ser curtas e fáceis de falar, mas os seus ecos são efetivamente infinitos.» (Madre Teresa de Calcutá)
Na era do terceiro milênio, relacionar-se de maneira autêntica, educada, sincera, cordial, respeitosa, amável, simpática, paciente, delicada, cortês, solidária, afável e gentil, tendo como pilar a empatia, a polidez e o apreço por todos que nos rodeiam, é o grande trunfo.

Ressalto que, no mundo dos negócios, é preciso reconhecer que esta dama do terceiro milênio, denominada gentileza, além de ter vez e voz onde quer que esteja, conduz o profissional ao destaque, permitindo que o mesmo faça a diferença.

Desse modo, o profissional do terceiro milênio deve ser gentil com todos dentro da organização em que atua, indiferente de quem seja e da posição que ocupa; portanto, desde o porteiro até a diretoria todos devem e merecem ser tratados com gentileza.

No mesmo sentido, uma empresa gentil além de enobrecer-se, atrai, conquista, fideliza, retém e mantém todos os stakeholders, porque contagia todos os envolvidos, conduzindo-os a somar habilidades, esforços, conhecimentos e talentos em prol de uma mesma sintonia, alcançando assim, resultados além do esperado; assim, a gentileza, além de propiciar um ambiente de trabalho agradável e harmonioso, contribui também no sentido do profissional despertar, criar valores, pensar e repensar sua práxis, exercendo o exercício de sua função de forma prazerosa, se doando e se entregando de corpo e alma, fazendo parcerias, criando, fidelizando, compartilhando e mantendo «laços», firmando vínculos advindos da integração, do comprometimento e do envolvimento, o que contribui e muito para além da eficiência, alcançar a eficácia, obtendo como resultado, o rebento denominado sucesso, em tudo que se propõe a fazer.

Igualmente é de notório conhecimento que pequenos gestos de gentileza fazem toda a diferença, uma vez que esses possuem o poder de transformar o ser humano, a empresa e o mundo, pois trazem consigo uma verdadeira magia, capaz de encantar as pessoas ao seu redor, capaz de mudar todo um contexto; assim, além de atenuar momentos difíceis carregados de tensão e de mal-estar, é bem capaz de converter qualquer comportamento hostil em cordial, capaz de converter a desumanização em humanização e isto faz bem não apenas à alma das pessoas, mas à empresa como um todo. Desta maneira, além de gerar bem-estar, possui o poder de render bons “frutos” a todos os envolvidos; por conseguinte, é de suma importância cultuar e colocar em nossa práxis esta grande virtude denominada gentileza.

Leia este tema completo a partir de 01/11/2010

CORONEL FABRICIANO - 031 - Os Puxa-sacos; 059 – Os animais – a Kelly - BENEDITO FRANCO

CORONEL FABRICIANO - 031 - Os Puxa-sacos; 059 – Os animais – a Kelly - BENEDITO FRANCO

Tatiana completou um ano e, logo a seguir, dezessete dias após, nascia a Fernanda - chamada pela Tati de «Neném» – duas paulistanas. Três meses depois, procurávamos, a mãe e eu, o bico da Nanda. Pedimos à Tati para nos ajudar a procurá-lo. No mesmo instante, ela tirou da boca o seu bico, entregou-me e me disse:
- Bico da Neném.
- Não... é o seu.
- Bico da Neném! retrucou - e nunca mais aceitou bico. Quando lhe ofereciam, dizia:
- Bico da Neném.
Pena! - criança usando bico, além de lindo, para mim é o símbolo da inocência.

031 - Os Puxa-sacos

Palácio do Morumbi

Trabalhava no DAEE, São Paulo, que, além do controle da energia elétrica, através da Cesp, e água, executava algumas obras, como correção de rios, tratamento e uso das águas. e a cada obra terminada convidavam-nos para a inauguração. Muitas vezes, realizavam-se as festas no Palácio no Morumbi, Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo – e como havia festas! E de tanto ir lá, era conhecido dos guardas, entrando e saindo com meu carro, como funcionário público, sem maiores problemas. Uma das coisas interessantes: a liberdade em todas as dependências do Governo; quantas e quantas vezes andei tranqüilamente por todo o Palácio, inclusive indo ao apartamento do governador. Hoje, a segurança...
... e o cordão dos puxa-sacos cada vez...
O mais impressionante do visto em tudo isso foram os louvaminheiros, verdadeiramente os lictores que precediam os políticos, com seus encômios, os encomiastas modernos, - ou, rasgando o verbo, os puxa-sacos palacianos - rodeavam os políticos, louvaminhando-os, turibulando-os e lisonjeando-os como autênticos cachorrinhos ou cercando-os como formiguinhas em um grão de açúcar caído no chão.


059 – Os animais – a Kelly

Aprovada a Ficha Limpa (um engodo, um logro!), vamos lutar para o Voto em Aberto e o fim da Imunidade Parlamentar, dois cancros de nossa pobre e enganosa política! E esses caras ainda se dizem nossos representantes!...
Política seria poliética - poli = muito, pluralidade + ética? Parece e é... Pelo menos em Brasília é!
Estudava Ciências Exatas na Universidade de Coronel Fabriciano, e tive, como trabalho da aula de biologia, o comportamento de uma cachorra durante e depois de parir os filhotes, aproveitando que a Kelly, a cachorra lá de casa, tivera uma farta ninhada.

As observações levaram-me a constatar que a Kelly, uma cachorra pastor-alemão, tinha o hábito de amamentar os filhotes exatamente quando batiam os sinos da Igreja de São Sebastião, para indicar cada hora. De hora em hora, com uma precisão suíça, dava a primeira badalada da hora e ela, já na espreita, entrava no ninho – diante de sua presença perto do ninho, não adiantava os filhotes reclamarem que ela não adiantava seu relógio...

... deu polícia!...

Mudei-me para Caratinga, MG, onde montei um laboratório de análises clínicas, quase um posto avançado de coleta de material para o laboratório de Fabriciano, e lá entrei na Faculdade da cidade, mas no curso de Matemática. A Kelly foi comigo.

Um dia a Kelly sumiu. Procurei por toda cidade e nada de encontrá-la. Um mês depois, um colega de faculdade falou-me que a tinha visto no quintal de um hotel no centro da cidade. Lá fui eu e parei o carro exatamente em frente ao portão do quintal do hotel – ela se encontrava presa em um pátio interno a uns vinte metros de distância da rua.

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COLUNA POETICA DE MARIA PETRONILHO - Agora; Breve; De marcha à ré

COLUNA POETICA DE MARIA PETRONILHO - Agora; Breve; De marcha à ré

Agora

Agora
passamos às vezes
pelas veredas fechadas
em busca de outros tempos.
pegamos nossos sorrisos
e alongamos os braços
para tentar que eles voem


Breve

invejo
aquele que morre
de um só tiro
no peito.
caiu,
qual sonho
desfeito
era
e mais não é
teve sorte!

De marcha à ré

vamos
ávidos
famintos

de marcha à ré
vemos
negros
espelhos

de marcha à ré
encobrimos
os ventos e mares
antes
descobertos

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TOM COELHO - Ingredientes para o Sucesso

TOM COELHO - Ingredientes para o Sucesso

«Futuro é o período de tempo em que nossos negócios prosperam, nossos amigos são verdadeiros e nossa felicidade está garantida.»
(Ambrose Bierce)

Enquanto consultor, tenho tido a oportunidade de conhecer e estudar a realidade de empresas diversas, seja no porte ou na atividade econômica, concluindo que invariavelmente a distância entre o sucesso e o fracasso é mensurada pela qualidade da gestão. Desta experiência, posso afirmar que o êxito no mundo corporativo passa necessariamente pelos quesitos abaixo relacionados.

1. Propósito definido. Toda organização deve ser capaz de responder à seguinte questão: Qual é o seu negócio? Empresas de cosméticos vendem beleza, a expectativa das mulheres de se tornarem mais belas e atraentes. Companhias de transporte aéreo vendem economia de tempo, a promessa de fazer o usuário chegar mais rapidamente ao seu destino. Indústrias de freios e pneus vendem segurança. O que vende a empresa na qual você trabalha?

2. Valores e visão compartilhados. Os valores praticados (e não os meramente declarados) por uma empresa expressam seu DNA e sua personalidade. Definem o perfil de quem pode e deve vestir a camisa da corporação. E a visão, quando comungada pelos colaboradores, indica a trajetória a ser seguida. Os valores determinam o ponto de partida, e a visão, a estação de chegada.

3. Foco no cliente e na rentabilidade do negócio. O cliente é, há tempos, o fiel da balança. Do alto de sua subjetividade e infidelidade, sentencia quem capitula ou permanece no mercado, simplesmente decidindo onde e como gastar seus recursos. Mas que não se perca de vista a obrigatoriedade de a empresa ser lucrativa, e mais ainda, rentável. Este é o único caminho para a perenidade.

4. Metas factíveis, planejamento e monitoramento sistemáticos. Administrar uma empresa não é fruto do acaso. É um processo que demanda a determinação de metas específicas, quantificadas, ousadas e possíveis de serem alcançadas, traçadas dentro de um planejamento estratégico e continuamente monitoradas.

5. Produtos, serviços e atendimento excepcionais. Produtos e serviços (e todo produto é um serviço em última instância) estão comoditizados, cada vez mais similares em forma, conteúdo, design e funcionalidade. Mas há um grande diferencial competitivo: a qualidade do atendimento. Este é o único fator possível de fidelização de clientes. E o primeiro a impor uma fronteira entre preço e valor.

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Miriam de Sales Oliveira - A lenda do Arco-Iris - (Mitologia árabe)

Miriam de Sales Oliveira - A lenda do Arco-Iris - (Mitologia árabe)

Em nome de Allah, clemente e misericordioso...
No principio dos tempos tudo era branco. Os mares, os desertos áridos, as montanhas imensas, o céu infinito, tudo. Nestes tempos tão remotos, que nem habitam mais a memória dos homens, só o arco-íris tinha permissão de Allah para ser colorido. E quando ele aureolava o céu, mostrava aos mortais a sua beleza incomparável. Todos se quedavam embasbacados. Mas, havia uma coisa muito estranha. O arco-íris tinha uma sombra. Uma sombra colorida, belíssima, estonteante, formada por dezenas de cores visíveis e invisíveis. Roxo, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil, violeta. Era como um abraço de luz circundando a Terra.

Um djin bondoso chamado Sete - Luzes, com pena dos homens pediu ao Onipotente que lhe desse de presente a sombra do arco-íris, aquela magnífica sombra tecida de luz e caprichosas cores.
E Allah, na sua bondade e misericórdia, deu-lhe a sombra cobiçada.

Louco de felicidade, Sete - Luzes apanhou a sombra e começou a tirar suas cores e esparzi-las pelo mundo. Como um pintor febril, coloriu a sua tela, enchendo-a de vida, claridade e cor. O djin apanhou um pouco do azul que atirou para o firmamento e o céu se transformou num véu de pura safira; cobriu de verde as florestas, desde o tom claríssimo até o verde profundo das matas virgens; com o azul tingiu as montanhas mais altas e distantes e com o cinza ,criou o mar tempestuoso.

Em dias calmos o mar recebeu as nuances de verdazul que o torna único.

As flores resplandeceram de luz, afogadas no ouro do amarelo, no rosa suave, o calmo lilás, o vermelho radioso das rosas perfumadas. Todas as crianças do mundo sorriam e batiam palmas.

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Introdução ao texto sobre Florbela Espanca - Por Daniel Teixeira

Introdução ao texto sobre Florbela Espanca - Por Daniel Teixeira

Pequena nota: há dias fui perguntado por um leitor e colaborador nosso quase textualmente «o que tinha eu a ver com Florbela Espanca» uma vez que regularmente escrevia aqui textos sobre ela. Para eliminar essa curiosidade confessada e alguma que esteja ainda inconfessadamente expressa devo esclarecer que escrevi há cerca de 3 anos um conjunto de textos correspondendo a cerca de 400/500/600 páginas físicas (livro) não só sobre Florbela Espanca como sobre o saudosismo, o sebastianismo e o messianismo português.

Um tema que sempre me interessou e que me transportou por autores desde o Sec. V A.C. até à actualidade (de três anos). Desses textos, sempre incompletos, tenho vindo a fazer repescagens e correcções, optando por colocar aqui aqueles que mais relacionados estão com o campo da literatura (por isso tanta Florbela e tanto saudosismo literário) não vendo eu qual o interesse que possa despertar entre os leitores deste jornal uma dissertação sobre os costumes em Dobu ou entre os Iroqueses ou sobre as correntes económicas que têm influído na nossa vivência e que também fazem parte do pacote escrito há 3 anos.

Assim, resolvi trazer aqui hoje a primeira introdução à parte recuperada do conjunto sobre saudosismo, sebastianismo, messianismo que refere mais especificamente Florbela Espanca, com a intenção quase confessada aqui de retomar o fio à meada mesmo que isso implique a repetição da publicação neste jornal de algumas partes.

Introdução

Antes de mais seria bom esclarecer que o autor deste ensaio resolveu iniciar este ensaio sem grandes pretensões, fazendo uma pequena resenha. Depois, através das diversas consultas que foi fazendo (quer em escritos escritos quer em escritos na Net) chegou à conclusão que que o tema era de tal forma envolvente que dificilmente se poderia ficar pelo curto ensaio...depois, achou estranho que a maior parte dos textos que tinha lido e leu fizessem incidir a qualidade e a forma da poesia Florbeliana num plano que a tornava subsidiária da sua vivência pessoal (isto numa tradição que vem desde Camões):

ou seja, segundo estas concepções a poesia resulta da vida do poeta, o que é extremamente mutilador das qualidades pessoais de qualquer poeta que seja visto nesta perspectiva. O poeta pobre, ou com uma vivência pobre, fará, assim poesia pobre. Veremos, quando chegar a altura a preocupação de Fernando Pessoa quanto a estes aspectos.

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Crónicas de Haroldo P. Barboza - Sem escol(h)a.

Crónicas de Haroldo P. Barboza - Sem escol(h)a.

Como diz o velho ditado: estamos no mato sem cachorro. Nem mesmo as pulgas do mesmo!
Nos últimos 100 anos o povo não aprendeu (não foi ensinado) a identificar os melhores candidatos aos cargos públicos pela ficha corrida dos mesmos. Ainda se deixa levar pelas promessas do tipo: «Se eu vencer as eleições, ao final do meu mandato terei construído 171 escolas novas por ano, 171 postos de saúde, 171.000 postos de trabalho por mês, 171.000 casas por trimestre, 171 % de aumento para professores, médicos e policiais. E vou reduzir os gastos públicos em 171 %! Nenhum corrupto fará parte de meu governo!»

Então nos deparamos com duas «excelentes» opções para entregar o comando da nação.
Uma corrente que no passado se esforçou para privatizar todas as empresas nacionais. Chegou ao cúmulo de tentar trocar o nome Petrobras para Petrobrax. Efetuou leilões (doações) onde o valor correspondia a 10 % do preço do conglomerado a ser entregue. O comprador obtinha empréstimo no banco destinado a suprir moradias para os brasileiros com prazo a perder de vista. E os cofres da nação eram entupidos com moedas podres. E depois era anunciado que aposentados não podiam ter reajustes paralelos à inflação pois a Previdência estava no vermelho.

A outra corrente já preserva tais instituições para usar como cabide de empregos para os correligionários que ajudam a manter o caos social atual. Uma turma que apoia os invasores de terras e destruidores de laranjais impunemente. Que não elucida a morte de Prefeito paulista. Que já deve estar articulando o braço urbano da entidade baderneira para invadir residências com aspecto de «abandonadas» pelo fato do jardim não ser tratado durante 3 meses. Que promete o Eden assim que o combustível for retirado debaixo da camada de sal.

Infelizmente não temos uma 3ª. opção onde possamos enxergar alguém que tenha de fato levantado umas 20 escolas no Município onde foi Prefeito. Ou que tenha erguido 50 postos de saúde aparelhados no Estado onde foi Governador. Que tenha recuperado instalações propositalmente abandonadas para perderem credibilidade. Que tenha valorizado o trabalho de seus profissionais públicos dedicados. Que tenha desentupido os esgotos sem se preocupar em colocar placas do seu feito. Que tenha devolvido melhoras sociais em troca dos elevados impostos. Que tenha criado oportunidades para nossos jovens sem esperanças e guiados pelas drogas. Que não tenha mudado de sigla partidária ao longo de sua caminhada nem tenha feito acordos lesivos aos cofres com figuras corruptas que transitam livres debochando da impunidade que a Lei(?) lhes concede.

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Horário de verão - Por Abílio Pacheco

Horário de verão - Por Abílio Pacheco

Escrevi no twitter e no facebook que nesse início de horário de verão todos acertassem os ponteiros e que o norte agora está atrasado até nos relógios. Não é que eu seja contra ou não goste. Mesmo morando numa região em que o horário não vigora, é possível sentir seus efeitos positivos. Posso assistir a um filme mais cedo. Quando tem futebol, a partida encerra mais cedo. Assisto aos noticiários matutinos também mais cedo. De verdade, o dia continua do mesmo tamanho, mas é possível aproveitá-lo melhor.

Entretanto incomoda-me a sensação de atraso. Sensação que existe de quando em quando durante o ano, mas que fica mais forte durante o horário de verão. Afinal, até a virada de ano vai acontecer primeiro no sul e sudeste. Regiões onde chegam primeiro novidades culturais, inovações, tecnologias etc. A própria atividade intelectual parece mais avançada e é um assombro quando se consegue fazer por aqui algo semelhante ao que se faz por lá. Isso sem contar preços e qualidades de produtos e serviços.

Como disse, a sensação de atraso ocorre o ano todo, mas durante o horário de verão existe um elemento a mais: o tempo, o relógio. Ou no plural. Para onde viramos tem um relógio uma hora adiantado. Já acertei o relógio de meu pc quatro vezes, embora fabricado na zona franca de Manaus, ele não sabe que aqui não é o Sudeste. Meu notebook foi menos teimoso, mas o relógio de parede, que é analógico, misteriosamente apareceu adiantado em uma hora. Como a pilha acabou, ao acertá-lo ligaram a tv e viram o horário no relógio da TV a cabo.

Fui à reitoria da universidade e lá estava a secretária de um setor dizendo que ia para o almoço. Eram onze e quinze, mas o relógio do pc adiantou-se por conta e ela não se deu conta, senão por minha insistência. Os caixas dos bancos funcionam conforme horário de verão, daí não adianta a placa exposta indicando o horário de funcionamento de 6:00 às 22:00. Eles abrem às 6:00 (horário do norte) e fecham às 22:00 (no horário do sul).

Os emails então? E as atualizações de sites e blogs? E o horário das mensagens de texto recebidas por celular? Tudo, tudo, tudo no tal horário de verão. Que se realmente fosse bom duraria o ano todo. Como em outros países em que existe diferença de fuso mas há respeito à diversidade de horário existentes no país. O cidadão pode protocolar um documento onde estiver que o horário que vai valer é o do local onde está o cidadão.

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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Dois Contos - Por Emerson Wiskow - A chinesa e o suicida fracassado - Vizinhos de quarto

Dois Contos - Por Emerson Wiskow - A chinesa e o suicida fracassado - Vizinhos de quarto

A chinesa e o suicida fracassado

O telefone tocou pela primeira vez naquela noite. Atendi. Era engano. Apesar de estarmos na primavera, fazia uma noite terrivelmente quente e abafada. Os loucos e os imbecis estavam a solta por toda a cidade.
Voltei para onde estava e acendi um cigarro. Espiei lá fora. Tudo parecia quieto, calmo, abandonado. O céu estava limpo, com aqueles olhinhos piscando, piscando...
Uma chinesa enfiada em um vestido vermelho colado ao corpo, pés minúsculos, de boneca, com cabelos negros e submissa ao extremo. A chinesa, perdida aqui, dentro deste forno em forma de sala e quarto, também acendeu um cigarro, tragou e lançou a fumaça ao ar.

Vizinhos de quarto

Não lembro bem como aconteceu a coisa, foi logo na primeira noite. Tudo começou com uma grande gritaria no quarto ao lado. «Bom, pelo menos alguém está se divertindo», pensei.
Virei para o lado e tentei dormir, minutos depois ouvi mais barulho. Algo que parecia ser um copo acabara de se estilhaçar na parede, bem ao lado da minha cama. Depois, mais gritos, palavrões, e o som de alguém sendo jogado contra parede, seguido de umas duas ou três pancadas secas (que deduzi serem socos desferidos em uma cabeça).
Era uma mulher que gritava e pelo jeito, levava a maior surra. Logo após a coisa acalmou-se e então finalmente consegui dormir. No dia seguinte cruzei por uma bonita mulata carnuda no corredor do prédio, ela olhou-me com o canto dos olhos e seguiu de cabeça baixa.
Girei o pescoço para olhá-la quando passou por mim e senti o lastro do perfume que ela havia deixado atrás de si. Percebi logo que era a vizinha do quarto ao lado. Intuição. Intuição, e claro, um roxo no seu braço esquerdo também ajudou-me a perceber. No rosto, nada de marcas.
A noite, novamente, no meio da madrugada acordei com o mesmo pandemônio no quarto ao lado. Gritos, coisas quebradas e pancadaria. A mulata levava porrada. Levava porrada e gritava: «Eu vou continuar...» «Eu não vou parar...», a mulher não baixava a cabeça enquanto apanhava.

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Poesia de Rolando Revagliatti - Poemas do seu livro Infamélica - Infamélica - No me agradaba - A mi amante - Quien me gusta - Omisión - Adela - Yo - N

Poesia de Rolando Revagliatti - Poemas do seu livro Infamélica - Infamélica - No me agradaba - A mi amante - Quien me gusta - Omisión - Adela - Yo - Nada es imposible

Pode ver a obra completa em pdf.

Infamélica

Infamélica y yo
socios en la aventura
poética
limítrofe
liquidante
Ella más famélica que infame
y yo
al revés.


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No me agradaba

No me agradaba creer
que podría vivir
sin mí
Y otra cosa:
Estrictamente
no la maté:
sólo permití que su muerte
sucediera.

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Poesia de Raquel Luisa Teppich - Los inmigrantes ; Sabrás ; La magia de nuestro amor.; Madrugada lacerante

Poesia de Raquel Luisa Teppich - Los inmigrantes ; Sabrás ; La magia de nuestro amor.; Madrugada lacerante

Los inmigrantes

Inmigrantes en búsqueda
de nuevos rumbos.
Tristezas y alegrías
En sus despertares.

Inmigrantes precursores,
de mundos nuevos.
Vertiendo raíces
de amor.

Con aroma
a gardenias
en su nueva tierra.


Sabrás

¡¡¡Te amé vida!!!
Tus ojos me embriagaron
de ti, en nuestro primer instante.
Nada pudo ser más que tú,
mi gran amor.

Deslumbramiento arrebatado.
Temí no ser correspondida
Pero tu sonrisa de ángel
estremeció mi cuerpo
y
nos estrechamos
con las amarras de nuestra pasión
dejando atrás,
amores no correspondidos.


La magia de nuestro amor.

Acurrucados en nuestro lecho
De cálidas violetas,
Invocando lapsos vividos.

Me amabas y yo aún te sigo amando.
Rey de mi existir
Y
Dueño de mí…

Me perpetúo en la época,
En la cual,
Nuestras miradas
Se hechizaban
Y
Nuestros cuerpos y almas
Fueron volcanes…
Embriagados por la fragancia
Arrebatadora de nuestras quimeras…


Madrugada lacerante

Amargo amanecer,
noticia aterradora,
caos emocional.

Cruza el hemisferio
destruye,
sin respuestas.


Naturaleza
apiádate
y aplaca tu ira.

Vidas y proyectos
truncos.
Victimas sin regreso.

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domingo, 24 de outubro de 2010

COLUNA UM - Daniel Teixeira - Diferenças com ou sem justificação

COLUNA UM - Daniel Teixeira - Diferenças com ou sem justificação

Como todos devem saber ou pelo menos calcular o Jornal Raizonline e agora também a Rádio Raizonline são os meus dois hobbies preferidos. Não que não tenha outros mas de uma forma geral todos eles se podem enquadrar dentro da perspectiva global destes dois em cima: gosto de ler, de ouvir música, de conversar com as pessoas, de ver cinema, teatro e tudo o mais que esteja relacionado com cultura em geral e...de uma forma também geral tudo isso e mais que aqui não cabe é compatível com a primazia dada a estes dois hobbies acima citados: Jornal Raizonline e Rádio Raizonline.

De uma certa forma também posso ser considerado o «pai» do projecto mas isso tem lugar apenas se se não entender que as coisas já existem em potência e que a nós (a mim neste caso) me coube unicamente utilizar essa potência existente.

Na verdade, tal como há mais mundo para além daquele que percebemos à nossa volta e que tentamos adivinhar servindo-nos do nosso conhecimento e da nossa experiência com este que conhecemos, projectando uma ideia daquilo que poderá ser ou ainda fazendo como os filósofos antigos (e muitos modernos) tentando arranjar uma explicação para o facto das coisas serem como são, o certo parece também ser que existe sempre pelo menos um pouco de empirismo em cada projecção que se faz, seja ela assumida conscientemente ou não assumida de forma directa.

Também existe assim, na sequência do dito atrás, um conjunto de coisas dispersas, potências divagantes ou viajando, se se quiser que mesmo de forma aleatória ou pouco constante se encontram em determinados espaços e acabam por fazer nesses mesmo espaços com que dadas coisas aconteçam ou criam condições para que elas possam ter lugar de forma mais facilitada.
Todo o nosso projecto (projectos) se baseiam nestes princípios simples do encontro por vezes inesperado entre seres humanos que comungam num dado espaço, que fazem trocas entre si, sejam elas comunicacionais sejam elas outras.

Leia este tema completo a partir de 25/10/2010

COLUNA DE ABILIO LIMA - Agenda europeia da semana.

COLUNA DE ABILIO LIMA - Agenda europeia da semana.

Agenda europeia da semana.

25-26 de Outubro: Encontro internacional «Língua portuguesa e culturas lusófonas num universo globalizado» - Fundação Gulbenkian.

26 de Outubro: Comissão propõe uma organização mais rápida e mais previsível da reacção da UE às catástrofes.

26 de Outubro: Comissão anuncia a assinatura do contrato para a vertente «Operações» de Galileo, programa europeu de navegação por satélite.

26 de Outubro: Apresentação do livro «Lei Internacional da Pobreza» - Sururu Produções, nas instalações da Representação da Comissão Europeia em Portugal.

27 de Outubro: Comissão adopta o seu programa de trabalho para 2011.

27 de Outubro: Comissão estabelece uma série de medidas em dois relatórios (relatório europeu sobre a cidadania e pacto para o mercado único) para aumentar a confiança no mercado único, reforçando a economia e os direitos dos cidadãos.

27 de Outubro: Comissão apresenta a primeira avaliação intercalar de 30 projectos de infra­estrutura europeus prioritários.

27 de Outubro: Conferência anual do Centro Comum de Investigação - «Serviços climáticos feitos à medida?»

27 de Outubro: Comissão organiza conferência para examinar os desafios dos serviços de retalho e identificar futuras prioridades.

28 de Outubro: Comissão apresenta comunicação sobre a renovação da política industrial, com vista a assegurar o relançamento económico, o desenvolvimento sustentável e uma utilização mais eficaz dos recursos. A Comissão apresenta igualmente o relatório sobre a competitividade 2010 e um relatório consagrado às políticas e desempenhos em matéria de competitividade nos Estados-Membros.

3 de Novembro: O objectivo da proposta de directiva sobre resíduos radioactivos é criar um quadro jurídico europeu para a gestão do combustível usado e dos resíduos radioactivos.

3-4 de Novembro: Reunião anual das redes de informação europeia nas instalações da Representação da Comissão Europeia em Portugal.

3 a 5 de Novembro: Expolingua 2010, com a União Europeia como convidada de honra.

Leia este tema completo a partir de 25/10/2010

POESIA DE ARLETE PIEDADE - Volta a casa ; Dias nostálgicos ; Li no jornal

POESIA DE ARLETE PIEDADE - Volta a casa ; Dias nostálgicos ; Li no jornal

Volta a casa

Tantos os acontecimentos estranhos
Previstos há milénios pelos antigos
Para estes tempos do presente
Que nos fazem reflectir com seriedade
E pensar onde andará a verdade
Será a nossa mãe terra a causadora
Ou não será ela a maior sofredora
Por tantos desvarios dos seus filhos?

Dias nostálgicos

Há dias assim, plenos de nostalgia
Em que as recordações ganham vida
E as saudades são palpáveis e gritam
Ecos do passado encerrados no peito
Quando o passado se sobrepõe
E o futuro é uma mancha de dias
Presente feito de sombras ténues

Li no jornal

No meio de tantas páginas impressas
De crimes de filhos que matam mães
De pais que violam filhas amedrontadas
De idosos assaltadas e espancadas
De assaltos a bancos de arma em punho
De contos do vigário e políticos corruptos...
Olhei, li e alegrei-me com a tua acção!

Paraste o autocarro no meio da ponte
Indiferente ao trânsito engarrafado
E aos passageiros talvez atrasados
E ás mães e aos bebés adormecidos...

Leia este tema completo a partir de 25/10/2010

Chegada ao futuro - Conto de Arlete Piedade

Chegada ao futuro - Conto de Arlete Piedade

O pequeno carro avançava pela estrada recentemente asfaltada, talvez na sequência da construção das rotundas que em lugar dos antigos cruzamentos, obrigavam agora os carros a desenharem um semi-circulo, ou até um circulo completo, em volto do núcleo ajardinado, como um pequeno monte que tivesse surgido ali de geração espontânea.
Dentro do carro, um Opel Corsa vermelho escuro com a tinta desbotada pelo sol, a sua condutora seguia com a sua condução quase automatizada, em ritmo monótono, só quebrado pela passagem de mais uma rotunda.

A volta da estrada negra com o alcatrão novo e os traços brancos pintados de fresco, os campos estendiam-se, para lá dos montes e dos vales, onde se adivinhava as águas do rio a caminho do seu confluente. Aguas já tantas vezes poluídas pelas descargas da fábricas de curtumes, agora encerradas. Águas agora finalmente limpas!

A beira da estrada, as velhas oliveiras desfilavam uma a uma, enquanto as filas mais afastadas pareciam entretidas num vira, ou talvez um fandango, quem sabe um corridinho...não, não, corridinho não, exclamou a condutora do Opel em surdina! Vou devagar não dá para dançar o corridinho, pois, é isso, nada contra os dançadores de corridinhos!
E não é que tinham azeitonas, as velhas oliveiras...imagens de infância, o pai a apanhar as azeitonas, o cheiro do ar a outono, a chuva, as couves com feijões e miolos de pão de milho, as sardinhas assadas...os panos de serapilheira estendidos no chão e as azeitonas a caírem lá dentro, verdes e negras, com ramos agarrados...os risos da irmã, a voz da mãe quase jovem...

Agora podia ter ido ver se as velhas oliveiras, tinham azeitonas para apanhar...fazia jeito os litros de azeite, o ano ia ser de vacas magras, cada vez mais magras, mais cintos para apertar, se ela usasse cinto é claro. Uma saudade atroz dilacerou o peito, e as lágrimas marejaram os olhos enevoando a visão da fita de alcatrão. Os incêndios do verão tinham queimado os olivais que o pai comprara, antes de ir repousar para sempre na terra fria.

Fez a curva apertada antes de entrar na vila e uma visão surgiu de há quarenta anos atrás, e um som a acompanhava. Talvez uma motocicleta, talvez um amor de adolescência, sim era ele! O amor que o pai reprovou, e que ela não esqueceu em quarenta anos de traumas antigos! Recordou o dia em que a motocicleta acompanhava o autocarro em que ela regressava da escola, a casa, ao final do dia, por aquela mesma estrada, então esburacada, agora asfaltada!
E a praia fluvial, destruída pelo tornado onde trocavam olhares na quinta-feira de ascensão, lá atrás dos montes á beira-rio!

Leia este tema completo a partir de 25/10/2010

Alimentação – Tradição versus Modernidade - Por Arlete Piedade

Alimentação – Tradição versus Modernidade - Por Arlete Piedade

A propósito do Festival Nacional de Gastronomia que está a decorrer em Santarém (ver aqui também) até ao dia 1 de Novembro, sob o signo de «Tradição e Modernidade», e que teve o seu início no dia 16 de Outubro, data consagrada como Dia Mundial da Alimentação, senti que era pertinente e necessário, escrever sobre os temas da gastronomia, alimentação e nutrição e a relação entre elas.

Achei curioso e não sei se foi coincidência ou não, o facto do início do Festival Nacional de Gastronomia ocorrer no Dia Mundial de Alimentação. Vou tentar desenvolver cada tema em separado, procurando em seguida, os pontos de contacto entre cada um.

Começando pela Gastronomia, pode ser considerada uma arte dedicado ao prazer de comer, ou melhor de saborear, abrangendo não só a culinária, como as bebidas, os materiais utilizados na alimentação, assim como todos os aspectos culturais associados, incluindo a apresentação das refeições. Nesta podem ser considerados vários aspectos, como o tipo de louças, talheres, toalhas, vestuário de quem serve, mobiliário, decoração e espectáculos de música e dança.

Assim um gastrónomo, (gourmet em francês), pode ser ou não também cozinheiro, e, ou provador de bebidas, ou apenas um profundo conhecedor e apreciador da arte da gastronomia, sendo englobada nesta, a culinária, a vinicultura e de uma maneira geral todas as técnicas de preparação, apresentação e combinação dos alimentos, sejam eles sólidos ou líquidos, com vista a retirar o máximo prazer dos mesmos, usando uma combinação dos cinco sentidos humanos.
Com efeito, o alimento tem que ser agradável ao paladar, mas também ao olfacto, á vista, e ao toque. Se pudermos associar também um som agradável, melhor ainda. E como fazer isso? Pois através da música e dos espectáculos musicais. Na verdade desde os tempos antigos, que as festividades, são assinaladas com banquetes e variedades, desde os senhores feudais com os seus trovadores e tocadores de alaúde, bem como na antiguidade com os tocadores de harpa, até ao presente, onde recordo apenas como exemplo, as festas de casamentos, onde não pode faltar comida e bebida em abundância e diversidade, bem como musica e dança.
Tudo isto faz parte da cultura dos povos, e foi parte importante da evolução humana ao longo dos tempos. Com efeito desde que o homem descobriu como cultivar a terra e domesticar os animais, que deixou de ser nómada, e passou a ter comida com mais abundância, combinando os alimentos e aprendendo a cozinhar. Também houve a necessidade de aprender a conservar os alimentos durante mais tempo, através da adição de substancias, tais como sal, resina e ervas aromáticas.

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sábado, 23 de outubro de 2010

Paixão: A Força que impulsiona! - Por Adm. Marizete Furbino

Paixão: A Força que impulsiona! - Por Adm. Marizete Furbino

«Não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.»
(Madre Teresa de Calcutá)
E sabido que dedicação, zelo, empenho, comprometimento, envolvimento, motivação, energia, alegria, entusiasmo e eventuais dividendos, advêm da paixão pelo que fazemos. Se tivermos paixão pelo que nos propusermos a fazer não sentiremos nosso trabalho como um fardo, pois teremos prazer em exercer nossa função. Assim, sentir paixão pelo que fazemos constitui hoje um diferencial.

Insta mencionar que o ter advém do ser; pensando assim, o profissional tem maior probabilidade de conquistar e manter uma carreira sólida no mercado quando, além de ter paixão pelo que faz, realiza um «casamento» com a empresa em que se propõe a trabalhar; assim, atuará como um verdadeiro intra-empreendedor, verdadeiro profissional e parceiro da empresa, com muita paixão, muita garra, muito entusiasmo, muito respeito, comprometimento e envolvimento, se doando e se entregando de corpo e alma em prol da organização; por conseguinte, conquistará seu espaço no mercado, tendo maior chance de realizar-se profissionalmente.

Admite-se que, além dos títulos que estarão presentes em seu currículo, agir de forma estritamente profissional, tendo paixão pelo que se faz, sabendo se relacionar com todos os envolvidos, também se tornou um diferencial, o que permite ao profissional permanecer no mercado por um período mais longo de tempo, pois quando o profissional age com profissionalismo, além de agir baseando-se na transparência das ações, na ética, na justiça, na verdade e na honestidade, despende maior energia comprometendo-se e envolvendo-se o bastante em prol da busca constante pela excelência no exercício de sua função, observando - se uma sede permanente e insaciável em querer ser sempre um exímio profissional, zelando e cuidando de seu nome e, por conseqüência, obtendo-se maior eficiência e eficácia nas ações, conquistando maior produtividade, atuando em favor da minimização de tempo e custo e da maximização de resultados.

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CORONEL FABRICIANO - 147 – Nem reza das brabas!; 031 - Israel - São Paulo -  BENEDITO FRANCO

CORONEL FABRICIANO - 147 – Nem reza das brabas!; 031 - Israel - São Paulo - BENEDITO FRANCO

Ficha Limpa: O concurso de tantas vozes do povo exprime verdadeiramente aquela que se pode chamar a «Sinfonia de brasilidade»!... Mas existe deputado e existe senador para calar essa sinfonia...
Você entendeu nossa seleção de futebol, indo para a Copa, vestida de luto?... Até o ônibus, em Brasília, era preto!
Incrível como as TVs, em suas previsões de tempo, agora no tempo de friiio, só dêem as temperaturas máximas – e a gente doido para saber a mínima... e se vai preparar os casacos, as blusas de lã, os cuecões... Dá pra entender?
NB.: «a gente doido» = mineirês...

147 – Nem reza das brabas!

Lá pelo final da década de quarenta, o povo entrou na onda de romarias e mais romarias para ver e receber as benções do Seu Vigário de Urucânia, MG, o Santo Padre Antônio. Com sua morte, em início da década de 50 – e agora mais perto de Deus - novamente a onda das romarias, para ver e tocar no túmulo de um novo Santo que surgia.
Péssimas as estradas de terra. Nem se sonhavam com as de asfalto, não havendo ônibus, a maria-fumaça e os caminhões chegavam até lá, com muitas dificuldades e muitos sacrifícios de seus passageiros.
Falavam-se em pessoas que largavam as bengalas e as muletas; acabavam-se as tosses dos tuberculosos; os corações entravam na linha – tanto os apaixonados quanto os de más batidas ou desritmados; os loucos varridos voltavam orientando as famílias... Milagres em quantidades e em qualidades, para santo nenhum botar defeito!
A onda passou, mas...
Mais ou menos em 1965, no túmulo do Padre Antônio começou a minar água. E água benta, ou o suor do Santo Padre, era o que acreditavam os pobres crédulos de quaisquer coisas. Os incréus, além de descrer, zombavam e troçavam dos pobres romeiros, mandando-os levar um pinico para coletar o xixi do Padre.

031 - Israel - São Paulo

Nesta semana o Banco Central aumentou os juros em 0,75%. Isso dará aos bancos duas vezes mais dinheiro que todo o aumento pleiteado pelos aposentados... e bastou uma rubrica do presidente do BC!! Dá pra acreditar?...
O projeto de nosso aumento já passou pela Câmara e pelo Senado e o Lula reluta em assinar!... Dá pra acreditar?

031 - Israel - São Paulo

São Paulo, cidade sem água. Israel também.
Israel, formado por judeus de todo o mundo, vindos quase sempre de países ricos. Como recebe dinheiro desses países, principalmente dos EUA, montou equipes para solucionar todos os seus problemas. Um deles é a água - a região é praticamente um deserto.

Israel, reunindo grande e competente equipe de hidrólogos e engenheiros, resolveu o problema da água otimizando a captação e o uso, montando uma adutora que corta todo o país, recebendo e deixando água onde é possível e necessário; a adutora vai de menos 360 metros abaixo a 360 metros acima do nível do mar, mais ou menos.

Aproveita água dos pequenos rios que tem, do mar e até mesmo do esgoto. Agua usada com parcimônia, técnica e sabiamente.

Essa equipe de hidrólogos e engenheiros foi fazer um estudo sobre a água na Grande São Paulo e região - trabalhei com ela no Departamento de Agua e Energia Elétrica – DAEE – da Secretaria de Obras do Estado de São Paulo.

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POESIA DE MARIA DA FONSECA - A lembrar Camões; Jubileu de Cristo Rei; E Cantarei a Beleza

POESIA DE MARIA DA FONSECA - A lembrar Camões; Jubileu de Cristo Rei; E Cantarei a Beleza

A lembrar Camões

Sou das muitas que, em criança,
Se prenderam a Camões.
Vibrei com o seu sentir,
Chorei co’as desilusões.

Sonhava ser a donzela
Por quem tanto ele sofria.
Ser a musa inspiradora,
Era minha fantasia.

O Senhor me destinou
Um fado bem diferente.
Mas voltei a recordá-lo
Aquando da Pátria ausente.

Meu amado eu encontrei
Nesse País tão distante.
Não me encantou com poemas
Mas co’um coração amante.

Jubileu de Cristo Rei

Nossa Senhora de Fátima,
Imagem da Capelinha,
Visitas esta Lisboa
Toda tua e também minha.

Entre saudações, caminhas,
Do povo por Ti amado,
Que canta e Te dá louvor
Por ter sido abençoado.

As crianças vão alegres
Mas os pais preocupados,
Necessitam Teu amparo
Nestes tempos conturbados.


E Cantarei a Beleza

Gostar dos versos que escrevo
É um gosto que me apraz.
Reviver o meu enlevo,
A minha impressão fugaz.

Dizes pra não desistir,
A minha Mestra também.
Eu penso não insistir
No mesmo estilo, porém.

Sonho adoptar outra forma
Sem contagem, sem ter rima,
Deixar de cumprir a norma
Enquanto a musa me anima.


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Poesia de Ilona Bastos - RETRATO DO MEU AMOR; ENCANTO E DESENCANTO ; HOUVE UM TEMPO...

Poesia de Ilona Bastos - RETRATO DO MEU AMOR; ENCANTO E DESENCANTO ; HOUVE UM TEMPO...


RETRATO DO MEU AMOR

Olho o teu rosto jovem e audaz,
Fito os teus olhos ternos, meigos,
Que a verdade contam sem receios.
Penso em ti, longe de mim, tão só,
Vejo-te em sonhos, olhando em paz
O verde molhado dos outeiros…

Toco-te a boca, que cerras, sem falar,
Miro-te o queixo, erguido, valoroso.
Sei-te distante, na estrada, a rodar
Veloz na chuva, que tomba sem repouso.

ENCANTO E DESENCANTO

Todos passaremos pelo encanto
e pelo desencanto.
Perguntaremos pelo esplendor
que já partiu.
Veremos a luz e as trevas.
Cantaremos, saudosos, o passado,
desalentados do presente.
Imaginaremos que só o tempo ido é belo
e o aqui e agora puramente tristeza.
Esqueceremos, cegos, que este presente
será o passado feliz.

HOUVE UM TEMPO...

Houve um tempo em que o tempo não tinha fim.
Percorriam-no jogos, corridas e risos pelo jardim,
Ou as rodas de uma dança de criança, de um triciclo,
Um ciclo de fitas animadas, livros de contos de fadas,
Baladas, romances de príncipes e princesas encantadas…

Houve um tempo de inocência, em que a aventura
Sorria, espreitando, em cada esquina, e era ventura
As pistas descobrir, e do mistério desvendar a solução,
Na convicção de quem é vencedor na luta pelo bem
E tem, em si, a ambição de ser gigante - ser alguém!

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Conto Infantil / Juvenil de Cremilde Vieira da Cruz (Avómi) - UMA FAMILIA FELIZ

Conto Infantil / Juvenil de Cremilde Vieira da Cruz (Avómi) - UMA FAMILIA FELIZ


UMA FAMILIA FELIZ

A Cabrinha Branca chegou a casa com um grande molho de ervas para os filhos e disse ao marido:

- Hoje estou cansada.

- O mulher - disse o marido - eu bem te disse que iria procurar as ervinhas tenras para os nossos filhos, mas tu és teimosa! Vai já descansar debaixo daquele castanheiro que faz boa sombra, e dorme uma soneca. Não te preocupes, que eu cuido dos filhos e não deixarei que te vão incomodar. Não quero que fiques doente, mulher! Vê se tomas juízo e não te armes em valentona, pois as forças têm limites. Bem te tenho avisado, mas não queres crer no que te digo! Vá, vai lá e não te preocupes, que eu cá me arranjo.

A Cabrinha Branca estava muito cansada, porque, para arranjar as ervinhas tenras para os filhos, tinha feito uma longa caminhada, uma vez que ali perto não havia senão ervas muito amarelas e rijas que cresciam à volta das pedras e não serviam para alimentar os Cabritinhos que eram muito novinhos e tinham deixado há pouco de se alimentar com o leite da mãe.

O homem - disse a Cabrinha Branca - tu também estás cansado. Ficaste este tempo todo a cuidar dos filhos que são irrequietos e, de certo, andaste atrás deles serra abaixo, serra acima, preocupado não viesse por aí o Lobo Mau e comesse os nossos filhinhos. Eu bem te conheço!

Na verdade, o Bode Malhado estava exausto, mas não quis dizer à mulher. Nem sequer tencionava dizer-lhe que, se a dada altura não tivesse dado uma corrida enorme, um lobo grandalhão teria mesmo apanhado e comido, pelo menos um dos cabritinhos, o Castanhinho que era o mais irrequieto e teimoso e fugia a cada instante. Claro que, o Malhadinho ia sempre atrás do irmão, pelo que também corria perigo.

- Não estou nada cansado. - Disse o Bode Malhado - Pensas que sou algum fraquitolas? Vai lá descansar, não percas tempo. Sabes que daqui a pouco anoitece e durante a noite teremos que nos revezar a fazer vigília, não vá aparecer por aqui algum lobo. Se descansares agora, o primeiro turno será teu, enquanto eu descanso um bocado.


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Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - O CANTO DA GAIVOTA; ASSIM...

Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - O CANTO DA GAIVOTA; ASSIM...

O CANTO DA GAIVOTA

Ao suspirar do granizo,
O Pico,
De seu nome Pico Ruivo,
De seu ser Beleza Verde,
Acorda gélido.
As cascatas fazem sua descida,
Cristalinas.
Os riachos deslizam vale abaixo,
Cantantes.
O Pico observa,
Lá do Pico
Que o sol tingiu de Ruivo.
Ao longe,
Por entre nuvens grávidas,
Outro Pico,
De seu nome o Areeiro,
De nuvens brancas deitadas,
Madeixas escorridas brancas
Nos ombros das Serras aladas.

ASSIM...

Assim,
Sem uma flor...
- Que direi dos gestos do mar
Quando me viu partir?

Assim,
Sem o aroma da maresia,
Sem o murmúrio das ondas...

- Que direi dos abraços que me deram?

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Poesia de João Furtado - Choro por ti França!; FRANCISCO COSTA ALEGRE (Acróstico)

Poesia de João Furtado - Choro por ti França!; FRANCISCO COSTA ALEGRE (Acróstico)

Choro por ti França!

Choro por ti minha querida e amiga França
Tu que já foste esteio prima da Liberdade
Hoje xenófoba te apresentas com intensidade,
Tu que ao mundo liberdade mostraste-a como divisa!

Ontem muitos dos teus filhos Ciganos
Mandas-te sair com os pais Húngaros
E hoje com pouco e muito poucos humanos
Pedes para até nomes mudar... Quais futuros?

FRANCISCO COSTA ALEGRE
(Acróstico)

Foi com orgulho e muito alegria e grande
Respeito que recebi hoje a tua mensagem
As tuas mil obras atestam quão és, amigo meu,
Nobre Poeta e excelente escritor
Culto em todas as facetas e muito estimado
Imagino e creio estar certo que és e
Serás sempre um marco na história
Corrente e futuro das maravilhosas Ilhas
Os Poetas Del Mundo te recebem de braços abertos!

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Poesia de João Furtado - ELA VOLTOU PARDAL; O Regresso do Pardal

Poesia de João Furtado - ELA VOLTOU PARDAL; O Regresso do Pardal


ELA VOLTOU PARDAL

Pardal ela, a minha amada voltou
O meu amor esta de volta
E com ela a minha devota
Filha, a Nuna também regressou!

Para e escuta amigo pardal
Hoje sou eu a falar e a cantar
Ouvi-te durante meses a tagarelar
Hoje vamos trocar de papel, que tal?

Psiu, por favor, amigo, silêncio absoluto
Estou feliz e hoje muito me contento
Comigo próprio, sei qual o teu intento
Queres me fazer perder impar momento...


O Regresso do Pardal

Finalmente regressas pardal
E belas notícias trazes enfim
Das entranhas surgem os mineiros

Meses em cativeiro forçado
A altas temperaturas vividas
A esperança não esmoreceu!

A alegria do teu canto
Pela acção nobre de resgate
Me contagia e me faz sorrir!

Finalmente o homem
Nas muitas desgraças
Dá uma razão de se ter razão!

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Crónicas de Carlos Funghi - Convocação ; Votar e Desvotar

Crónicas de Carlos Funghi - Convocação ; Votar e Desvotar

Convocação

Estão convocados todos os brasileiros que ainda se sentem com saúde e disposição para a grande tarefa de salvar nosso país, antes que tampem o caixão.
Estão convocados os velhos, para que com sua experiência auxiliem onde os mais novos certamente irão quebrar a cabeça com coisas que ainda não aprenderam.
Estão convocados os de meia idade, por ainda poderem contar com energia física e capacidade em empreender, o que sem dúvida será mais que necessário no Brasil novo.

Estão convocados os jovens, por sua força e fé no futuro; esses o principais interessados na grande messe, afinal serão eles os herdeiros do que fizermos.
Estão desconvocados: Os políticos, os banqueiros, as torcidas organizadas e os traficantes, como também os empresários selvagens. Todos esses serão reaproveitados, pois apesar de tudo eles também são brasileiros, mas somente depois de passarem por uma reciclagem total em escolas novas que surgirão, onde aprenderão ética, responsabilidade, sociabilidade e respeito.
Estão convocadas as crianças e os poetas, para que continuem espargindo pureza e encantamento. A presente convocação é de caráter urgente, visto que os Estados Unidenses já estão colocando em seus livros de geografia que a floresta amazônica é deles.
Estão igualmente convocadas outras classes que aqui não foram citadas nominalmente, desde que sintam amor e orgulho por esse nosso sofrido Brasil e que sem dúvida poderá vir a ser nosso de direito e de fato.
Num primeiro momento para que a faxina ética surta os desejados efeitos, precisamos desligar a televisão no horário das novelas e fecharmos os estádios de futebol por um período, a fim de repensarmos o que de mais urgente o país precisa.

Votar e Desvotar

Meu amigo e vizinho, o poeta Diovvani Mendonça postou um comentário em minha crônica «Convocação», sugerindo escrever alguma coisa sobre votar e desvotar.
Segundo ele, quando um candidato está em campanha para tentar se eleger faz um monte de promessas as quais o eleitor acreditando nele vota e fica esperando. Depois o «danado» se eleito só pensa em seus interesses.
Sugere o amigo em que se crie um sistema no qual o eleitor depois de verificado que o «danado» não cumpriu nadicas de nada do prometido, possamos desvota-lo!
Muito boa a sugestão meu caro poeta, mas fico pensando em que artifícios poderíamos nos amparar para que essa idéia pudesse vingar.
Os «danados» certamente arranjariam meios ilícitos de fraudar o novo sistema, são mestres nas fraudes que é sua profissão. Estamos num mato sem cachorro, e talvez até sem mato que estão vendendo até os matos. Se eles fossem virtuais seria fácil, você imaginou que delícia poder deletá-los todos?
Eu iria pedir para mim o Collor. Depois do serviço, chegando a casa e após tomar uma sopa gostosa poder dizer para a patroa: - Ô bem, agora estou ocupado estou deletando «elle».
Começaria bem devagar: Primeiro aqueles olhos de cão raivoso, um a um, bem lentamente. A cada frustração sentida, a cada falcatrua do «danado», um pedacinho deletado.
Depois o nariz de ave de rapina, arrancar aquele topete insidioso, ai que delícia.
Queria ver depois outro dando um trato no Sarney, puxando fio a fio aquele bigode limpa-trilhos de Maria Fumaça.

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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O caso da traulitada - Reflexão de Michel Crayon

O caso da traulitada - Reflexão de Michel Crayon

Eu estava deitado, quer dizer, na posição horizontal, mas não estava numa cama embora devesse estar porque já eram horas. Não sei exactamente que horas eram, quer dizer, não sei ao minuto ou mesmo à hora, mas que era tarde, era. Aliás e lembro-me bem disto, o clarim do quartel vizinho já tinha tocado havia uma data de tempo a anunciar a hora de recolher, que é aí por volta das 10,30 da noite e eu estava ali, deitado, havia uma eternidade.

Embora também reconheça que o tempo passa mais devagar quando não se sabe o tempo, quer dizer, quando se espera ou mesmo quando não se espera já nada, pelos meus cálculos talvez fosse para aí uma hora da manhã, mais coisa menos coisa. Os homens do lixo passam por volta da uma, perto da minha casa, que não devia ser muito longe, e não tinham passado ainda ali, mas deveriam estar a chegar, pensei eu.

E lá estava eu deitado, no chão frio naquela noite de Outono que já ameaçara chuvada pelo menos duas ou três vezes deitando uns pingos de aviso. E isto, tanto o frio como a chuva mesmo pequena eu achei estranho, porque em princípio deveria ser verão. De facto vestia umas calças daquele tipo ganga, com divisória ao meio da perna que dá para fazer dois tamanhos de perna e tinha uma camisa aos quadradinhos, de manga curta, daquelas fininhas, de saldo ainda por cima.

Não caí por mim mesmo, não estava com os copos, coisa que não faço, mas estava deitado e alguma coisa ou alguém me tinha deitado abaixo. Teria eu tropeçado e caído mesmo mal!? A rua era escura como breu, tinha uma calçada daquelas que não vêm calceteiro há séculos e a chuva molha parvos que caíra tinha-a deixado molhada o suficiente para fazer brilhar o solo cada vez que passava um carro nas ruas perpendiculares.

E em princípio deveria ser Verão, repito, deveria haver gente em barda passeando pela rua, mesmo àquela hora, porque era sexta-feira ou sábado, não sei bem, mas era um dia de movimento e fora esse movimento que me levara até ali.

Durante o tempo em que estive assim, deitado, tentei deslindar a coisa mas a cabeça doía-me muito, do lado direito de quem me visse de frente e do meu lado esquerdo. Devo ter levado alguma traulitada, tinha pensado, mas não me lembrava de nada, mesmo nada.

Tinha entrado na rua, isso lembrava-me e era certo senão não estaria ali, tinha-me despedido de alguém de que não me lembrava quem era e estava a ver agora melhor que nunca como era escura aquela rua.

Nem sequer me recriminei por isso, por ter tentado atalhar caminho indo por aquela rua, estava simplesmente cansado, mesmo estando deitado, e embora não sangrasse, não via sangue nem no corpo nem nas mãos, sentia-me imobilizado, sem razão aparente. Acho que me sentia sobretudo mais deprimido do que cansado: estava naquela situação em que não nos aparece um solução porque não nos esforçamos para a encontrar e eu não tinha, simplesmente, vontade de me esforçar. Estou deitado - devo ter pensado - vou tentar que o tempo me deixe recompor e depois logo se vê.

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O MEDO DO ENVELHECIMENTO E O FANTASTICO TERRENO - Por Carlos Carito

O MEDO DO ENVELHECIMENTO E O FANTASTICO TERRENO - Por Carlos Carito

Citando livremente Piero Camporesi em «O Pão Selvagem» que por sua vez cita também livremente uma compilação dos trabalhos do médico Gabrielle Fallopio (1523 – 1562) numa recolha das suas obras feita em 1578 ( de recordar que Fallopio foi o primeiro a descrever órgãos essenciais : a osteologia craniana, o ouvido interno e as trompas de Falopio ) vive-se, no Sec. XVI, em Itália, uma sociedade vampiresca de obcecados, fugindo do tormentoso sentido da brevitas vitae e do medo da morte, que tenta desesperadamente prolongar a vida sugando sangue jovem, abrindo e fechando veias do próprio corpo e do dos outros, possuída ( a sociedade ) de uma cultura corporal nevroticamente sensível á circulação interna dos humores e convencida da superioridade absoluta do bom sangue humano, cuja «maravilhosa virtude», se destilado em alambique, não só cura todas as enfermidades mas também retarda a morte e restitui a juventude.

Ainda continuando a recolha que fizemos para este efeito seguem-se um conjunto de citações : «Não existe coisa nem alimento que seja mais conforme á alimentação humana do que a carne humana» – observava Girolamo Manfredi, médico – astrólogo bolonhês do final do Sec. XV. No seu livro intitulado Il Perché – que foi traduzido do latim em 1588 em Veneza, por Ventura di Salvator este considera - a (...) uma «Obra muito útil e muito necessária expurgada das coisas que pudessem ofender o pudor do leitor».

De notar que esta preferência pela carne humana se baseava em princípios dietéticos destinados a não desequilibrar os humores internos que são de origem ancestral, e, logo, a prolongar a vida não a abreviando. A carne humana preferida, seria, pois, aquela de indivíduos suficientemente sãos, onde os desequilíbrios humorais não estivessem - pelo menos visivelmente - presentes.

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Conspiração - Conto por Roberto Kusiak

Conspiração - Conto por Roberto Kusiak

Palácio do Javali, 24 de agosto de 1954.

O inverno rigoroso finalmente se rendia para um dia ensolarado. As pastagens ainda estavam secas, queimadas pelas geadas intensas que castigaram os pampas. O gado na pradaria aos poucos se recuperava, graças à silagem estocada nos enormes galpões da fazenda. Os pessegueiros já davam sinais de que em breve a primavera coloriria outra vez aquelas coxilhas com seu verde exuberante, pontilhado de pingos roxos das azedinhas. Algumas cotias já rondavam os jardins, um pouco tímidas. Ao longe, o quero-quero tentava despistar um chimango que rondava seu ninho.

Deitado em sua rede, sorvia um chimarrão na cuia uruguaia, sua preferida, enfeitada com um bocal de prata para acompanhar a bomba, encomenda que havia feito dois meses antes. Tinha o pensamento longe que, vez que outra, era quebrado pelo relinchar dos potros no alto da coxilha.

A situação no país estava lhe tirando o sono. Sabia em seu íntimo que havia uma conspiração contra si. «Coisa da elite café-com-leite, que não aceita a liberdade que dei ao povo, à nação, rompi grilhões, dei direitos nunca antes almejados pelo sofrido povo. Os militares. Há dedo dos militares nessa história. Já mataram o Alcântara. O Manoel está certo, vou precisar das forças do exército do sul. Se pensam que me entregarei aos comunas, estão enganados».

Jarbas veio lhe trazer outra chaleira com água quente para que continuasse a apreciar seu «mate», cevado com erva da própria fazenda.
- Deseja mais alguma coisa, senhor?
- Peça para o Antenor encilhar o Ruano. Avise também o Libório para dar uma espiada lá no Cantão. Desconfio que tenha algum comuna rondando por aí.

- Sim senhor. O Manfredo lhe mandou um telegrama reafirmando seu apoio. Ele está vindo para cá. O restante dos Ministros continua mantendo a sua renúncia.
- Eles não vão me derrubar, Jarbas. Estão enganados. Um taura não se entrega tão fácil numa peleia. Não podemos se entregar pros home de jeito nenhum.
- Com sua licença, senhor.

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Poesia de Sanio Aguiar Morgado - OS POETAS; PROJECTO ; UM AMOR

Poesia de Sanio Aguiar Morgado - OS POETAS; PROJECTO ; UM AMOR


OS POETAS

Nós não precisamos
dos poetas, só de
economistas, técnicos
de reservas cambiais,
os mercados flutuantes
e todos os índices.

Estes salvarão o mundo,
igualarão ricos e pobres
e acabarão com a fome.
Os poetas serão expulsos,
perseguidos e queimados,
principalmente os amantes.


PROJECTO

Estes desenhos inacabados,
alguns até já coloridos,
é o projecto da minha vida,
mas que não foi concluído.

Foram feitos de ilusões,
com muito amor e paixão,
a alma pura e inocente
que não é a realidade.

UM AMOR

Quero o amor dividido,
metade para mim
e outra para você.

Um amor sereno,
sem mágoas, sem rancor
e sem veneno.

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A desvalorização do sexo, constatada em pesquisa científica - o que você acha, leitor? - Por Se Gyn

A desvalorização do sexo, constatada em pesquisa científica - o que você acha, leitor? - Por Se Gyn

Uma colega me enviou a notinha abaixo, que achei interessante.
«Fazer compras (e ganhar desconto) tem o mesmo efeito que a excitação sexual, diz estudo.
Uma pesquisa inglesa sugere que obter um desconto nos seus produtos de consumo favoritos tem, no cérebro, o mesmo efeito que a excitação sexual.»
Achei referência do texto em questão no link da revista Epoca, no Twiter, abaixo:
http://twitter.com/RevistaEpoca/status/24515119014
Aparentemente, parecer ser uma grande bobagem - e, olhe lá, originada na velha Inglaterra!

Mas, levando em conta o resultado supostamente apurado pela tal pesquisa, o problema decorrente é um só:

100% de compra, e algo próximo de 0% de sexo. Pelo jeito, tem gente que já esqueceu disso e, vem tentando justificar. Mas, alto, lá!, que muita gente que ainda prefere às coisas à moda antiga.
Não sei se já repararam nisso - mas, é cada vez mais frequente as referências e informações sobre a substituição do bom e velho fuque - fuque por variedades diversas de sexo virtual e, outras atividades que, supostamente, dão prazer igual ou até mais recompensador que ele.

Pois, é. Cada vez mais, parecem estar cada vez mais evidentes os sinais de que uma grande mudança ocorrendo, em relação ao sexo - e, não vem exatamente da mudança dos costumes, mas, talvez, na mudança geral da mentalidade humana, que também se refere a algo que é considerado algo instintivo.

Para onde a coisa está indo, não sei. Mas, o fato é, que o sexo, que era considerado uma prática ligada ao relacionamento humano e à sobrevivência da espécie e, ainda, uma forma de eternização de cada ser humano, mais e mais, parece ser desvalorizado ou, pelo menos, encarado de uma forma diferente - ou menos importante, em relação ao seu suposto valor.

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POEMAS EM DUETO COM JOSE GERALDO MARTINEZ - MARTINEZ & LARA CARDOSO - RENDIÇÃO...RENDIDA...

POEMAS EM DUETO COM JOSE GERALDO MARTINEZ - MARTINEZ & LARA CARDOSO - RENDIÇÃO...RENDIDA...

RENDIÇÃO...

José Geraldo Martinez

Mulher, em teus pés dobro os meus joelhos!
Debruço neles minha rendição...
Ao teu amor não convém qualquer apelo,
apenas que eu me entregue na palma de tuas mãos!

E com estes dedos que acariciam meus cabelos...
Jamais em riste os fizeste condenador!
Sempre no perdão que pronunciaste,
os teus lábios fluíam só amor.

Amada minha...
Es um anjo por mim proclamado!
Nunca um homem por esta terra é tão feliz...
Jamais um outro é tão amado!

RENDIDA

Lara Cardoso

Cerro os olhos à tua procura,
tento imaginar-te lá fora...
Abro-me à tua espera
envolta em loucura
só a alma sorri sincera;

Nunca houve amor igual
é o teu abraço que espero,
um beijo sensual
e, enquanto esta paixão não se cura,
para esta dor não há final

Hoje sou a mulher...
não a mais pura
nem a angelical
de todas as criaturas
a que realmente te quer

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POEMAS DE JOSE GERALDO MARTINEZ - QUE ME LEVE...; Rendição...; NADA SOU!

POEMAS DE JOSE GERALDO MARTINEZ - QUE ME LEVE...; Rendição...; NADA SOU!

QUE ME LEVE...

Que me leve esta dança
onde minha mente possa ir e um corpo
humano jamais conseguiria!
Sobre o mar até onde a vista alcança,
nas ondas chegando em melodia...

No horizonte onde sol descansa,
beijando os trigais dançarinos...
Pelas estradas que serpenteiam
cortando riachos pequeninos!


Rendição...

Mulher, em teus pés dobro os meus joelhos!
Debruço neles minha rendição...
Ao teu amor não convém qualquer apelo,
apenas que eu me entregue na palma de tuas mãos!

E com estes dedos que acariciam meus cabelos...
Jamais em riste os fizeste condenador!
Sempre no perdão que pronunciaste,
os teus lábios fluíam só amor.

Amada minha...
És um anjo por mim proclamado!
Nunca um homem por esta terra é tão feliz...
Jamais um outro é tão amado!

NADA SOU!

Meu corpo um dia foi teu,
meus suspiros e gemidos
e quando de tuas horas com Morpheu,
os sonhos mais proibidos!

Também foram meus beijos
quentes, loucos e molhados!
( Puros e devassos)
Todos os teus desejos em
meu corpo saciado!

Minha pele, o sal do meu suor...
Cada parte minha!
A alma inteirinha, inteirinha...
A imensidão de um louco amor!

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