FLORBELA E O CEPTICO MONTAIGNE - Por Daniel Teixeira
Sobre a problemática da depressão e do decadentismo, resolvemos trazer aqui o grande pensador que foi Montaigne e ainda Marco Aurélio e outros que entretanto se possam vir a tornar necessários para o desenvolvimento de raciocínios. O objectivo de trazer tanto uns como outros tem alguns pontos comuns.
Para começar Montaigne pode ser visto em várias perspectivas:
de um lado Michel de Montaigne viveu uma época de crise social com transmutações dos sistemas económico sociais e com reflexos psicológicos importantes (aliás Montaigne poderá melhor ser visto como analista psicológico e antropo - cultural do que propriamente como filósofo nas concepções dos tempos modernos );
em seguida porque alguns dos textos de Montaigne se enquadram perfeitamente dentro do aspecto que temos vindo a tratar ( decadência, tristeza, suicídio, busca do Infinito, etc. ).;
por último, porque Montaigne é apontado como contendo nos seus escritos ( o qual veremos desde já ) muito das concepções defendidas pelos filósofos Estóicos. Florbela refere directamente os Pensamentos do estóico Marco Aurélio na introdução de um dos seus livros em prosa mais emblemáticos (aquele que dedica a seu irmão morto – « As máscaras do Destino ») e a sua atitude perante a morte (que não perante a tristeza) contém bastante conteúdo que poderá ser equiparado às concepções estóicas.
Mas comecemos por reconhecer Montaigne:
«Montaigne viveu numa época extremamente conturbada, da qual reflectiu algumas características fundamentais, especialmente as mais contraditórias. A primeira dessas características situa-se no plano económico, social e político das transformações que levaram à destruição da economia feudal da Idade Média e sua substituição pelas actividades manufactureiras e de comércio. A primeira metade do século XVI na França foi marcada por esse processo, notando-se cada vez maior participação do Estado nos assuntos económicos. A família de Montaigne constitui um exemplo típico dessa época em que a burguesia ascendeu ao primeiro plano da história social, sofrendo uma evolução que não se fez sem conflitos profundos.» (In Montaigne, Edição Nova Cultural, São Paulo, 1991).
Sobre Montaigne (de Montaigne) recolhemos dois aspectos que consideramos puderem ajustar-se àquilo que temos vindo a desenvolver sobre Florbela Espanca noutros trabalhos já neste jornal apresentados (para o efeito poderão consultar a minha página de índice dos meus trabalhos em http://www.raizonline.org).
Leia este tema completo a partir de 18/10/2010
Sobre a problemática da depressão e do decadentismo, resolvemos trazer aqui o grande pensador que foi Montaigne e ainda Marco Aurélio e outros que entretanto se possam vir a tornar necessários para o desenvolvimento de raciocínios. O objectivo de trazer tanto uns como outros tem alguns pontos comuns.
Para começar Montaigne pode ser visto em várias perspectivas:
de um lado Michel de Montaigne viveu uma época de crise social com transmutações dos sistemas económico sociais e com reflexos psicológicos importantes (aliás Montaigne poderá melhor ser visto como analista psicológico e antropo - cultural do que propriamente como filósofo nas concepções dos tempos modernos );
em seguida porque alguns dos textos de Montaigne se enquadram perfeitamente dentro do aspecto que temos vindo a tratar ( decadência, tristeza, suicídio, busca do Infinito, etc. ).;
por último, porque Montaigne é apontado como contendo nos seus escritos ( o qual veremos desde já ) muito das concepções defendidas pelos filósofos Estóicos. Florbela refere directamente os Pensamentos do estóico Marco Aurélio na introdução de um dos seus livros em prosa mais emblemáticos (aquele que dedica a seu irmão morto – « As máscaras do Destino ») e a sua atitude perante a morte (que não perante a tristeza) contém bastante conteúdo que poderá ser equiparado às concepções estóicas.
Mas comecemos por reconhecer Montaigne:
«Montaigne viveu numa época extremamente conturbada, da qual reflectiu algumas características fundamentais, especialmente as mais contraditórias. A primeira dessas características situa-se no plano económico, social e político das transformações que levaram à destruição da economia feudal da Idade Média e sua substituição pelas actividades manufactureiras e de comércio. A primeira metade do século XVI na França foi marcada por esse processo, notando-se cada vez maior participação do Estado nos assuntos económicos. A família de Montaigne constitui um exemplo típico dessa época em que a burguesia ascendeu ao primeiro plano da história social, sofrendo uma evolução que não se fez sem conflitos profundos.» (In Montaigne, Edição Nova Cultural, São Paulo, 1991).
Sobre Montaigne (de Montaigne) recolhemos dois aspectos que consideramos puderem ajustar-se àquilo que temos vindo a desenvolver sobre Florbela Espanca noutros trabalhos já neste jornal apresentados (para o efeito poderão consultar a minha página de índice dos meus trabalhos em http://www.raizonline.org).
Leia este tema completo a partir de 18/10/2010
Sem comentários:
Enviar um comentário