sábado, 23 de outubro de 2010

Crónicas de Carlos Funghi - Convocação ; Votar e Desvotar

Crónicas de Carlos Funghi - Convocação ; Votar e Desvotar

Convocação

Estão convocados todos os brasileiros que ainda se sentem com saúde e disposição para a grande tarefa de salvar nosso país, antes que tampem o caixão.
Estão convocados os velhos, para que com sua experiência auxiliem onde os mais novos certamente irão quebrar a cabeça com coisas que ainda não aprenderam.
Estão convocados os de meia idade, por ainda poderem contar com energia física e capacidade em empreender, o que sem dúvida será mais que necessário no Brasil novo.

Estão convocados os jovens, por sua força e fé no futuro; esses o principais interessados na grande messe, afinal serão eles os herdeiros do que fizermos.
Estão desconvocados: Os políticos, os banqueiros, as torcidas organizadas e os traficantes, como também os empresários selvagens. Todos esses serão reaproveitados, pois apesar de tudo eles também são brasileiros, mas somente depois de passarem por uma reciclagem total em escolas novas que surgirão, onde aprenderão ética, responsabilidade, sociabilidade e respeito.
Estão convocadas as crianças e os poetas, para que continuem espargindo pureza e encantamento. A presente convocação é de caráter urgente, visto que os Estados Unidenses já estão colocando em seus livros de geografia que a floresta amazônica é deles.
Estão igualmente convocadas outras classes que aqui não foram citadas nominalmente, desde que sintam amor e orgulho por esse nosso sofrido Brasil e que sem dúvida poderá vir a ser nosso de direito e de fato.
Num primeiro momento para que a faxina ética surta os desejados efeitos, precisamos desligar a televisão no horário das novelas e fecharmos os estádios de futebol por um período, a fim de repensarmos o que de mais urgente o país precisa.

Votar e Desvotar

Meu amigo e vizinho, o poeta Diovvani Mendonça postou um comentário em minha crônica «Convocação», sugerindo escrever alguma coisa sobre votar e desvotar.
Segundo ele, quando um candidato está em campanha para tentar se eleger faz um monte de promessas as quais o eleitor acreditando nele vota e fica esperando. Depois o «danado» se eleito só pensa em seus interesses.
Sugere o amigo em que se crie um sistema no qual o eleitor depois de verificado que o «danado» não cumpriu nadicas de nada do prometido, possamos desvota-lo!
Muito boa a sugestão meu caro poeta, mas fico pensando em que artifícios poderíamos nos amparar para que essa idéia pudesse vingar.
Os «danados» certamente arranjariam meios ilícitos de fraudar o novo sistema, são mestres nas fraudes que é sua profissão. Estamos num mato sem cachorro, e talvez até sem mato que estão vendendo até os matos. Se eles fossem virtuais seria fácil, você imaginou que delícia poder deletá-los todos?
Eu iria pedir para mim o Collor. Depois do serviço, chegando a casa e após tomar uma sopa gostosa poder dizer para a patroa: - Ô bem, agora estou ocupado estou deletando «elle».
Começaria bem devagar: Primeiro aqueles olhos de cão raivoso, um a um, bem lentamente. A cada frustração sentida, a cada falcatrua do «danado», um pedacinho deletado.
Depois o nariz de ave de rapina, arrancar aquele topete insidioso, ai que delícia.
Queria ver depois outro dando um trato no Sarney, puxando fio a fio aquele bigode limpa-trilhos de Maria Fumaça.

Leia este tema completo a partir de 25/10/2010

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