sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Miriam de Sales Oliveira - Biografia e Conto : A Liberdade é Azul

Miriam de Sales Oliveira - Biografia e Conto : A Liberdade é Azul


Miriam de Sales Oliveira nasceu em Salvador, Bahia.
Professora formada pela Escola Normal da Bahia e pela Faculdade de Filosofia da Bahia,. escritora por vocação, pesquisadora e estudiosa de Historia e Literatura.

Fez vários cursos livres dessas matérias na Fundação Calouste -Gulbenkian, em Lisboa, no Instituto Histórico e Geográfico da Bahia, na Fundação Cultural do Estado da Bahia e no Museu Carlos Costa Pinto.

Como pedagoga especializou-se em Piaget e Maria Montessori, ministrando cursos sobre esses mestres em várias escolas particulares de Salvador.
Seus trabalhos literários são ecléticos, um passeio por vários temas, porém, todos com uma boa dose de humor.

Escreve para vários sites e para jornais contando com cerca de 900.000 leitores.

A Liberdade é azul!

Começo da manhã, um radioso sol de primavera. Pontos cheios, os velhos ônibus apinhados, todas as suas cadeiras desconfortáveis ocupadas por passageiros sonolentos e largados. Muitos cochilavam, apesar do barulho do cunversê, dos celulares tocando enfurecidos e dos falsos mendigos e pedintes atacando os «otarianos»,que repartiam com eles seu suado dinheirinho. E mais, a temperatura de 35º.

Junte a tudo isso, os neo-malucos de Edir Maiscedo a ler a bíblia em altos brados, ameaçando com o fogo dos infernos os descrentes, tipos sem coração que relutavam a entrar para o rebanho e pagar os sagrados dízimos.

Subindo a Contorno, eis que surge a vista deslumbrante do mar da Bahia. Amplo, vasto, azul, livre!
Os passageiros respiraram fundo a brisa marinha.

Chegando á Avenida Centenário, o coletivo parou no ponto do Shopping Barra, onde saltaram alguns, um visível ar de alívio no rosto.
Mas, subiu outro tanto e nada mudou; só o calor que aumentou para 40º.

O ponto da Airosa Galvão estava lotado; desceram três, subiram dez.
O ônibus despontou em frente ao Cristo. Uma brisa brejeira, brincalhona, alegre, reconfortou os massacrados passageiros.
A visão do mar, do verde da grama e das pessoas felizes que caminhavam rumo à praia, como que acalmou os passageiros.
De repente, o cobrador solta um grito aflito:

-Pára! Pára!
Assalto, foi o pensamento de todos.
E, o cobrador, enlouquecido, fera ferida, aos berros:
-Pára! Pára!
Assustado, o motorista freou.

Leia este tema completo a partir de 11/10/2010

1 comentário:

  1. Seja bem vinda Miriam...a liberdade é azul, não importa o tempo que dure, mas a intensidade que é vivida...
    Um beijo enorme

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