sábado, 9 de outubro de 2010

Crónicas de Haroldo P. Barboza - Hiato gaiato - Engolir percevejos ou votar nulo?

Crónicas de Haroldo P. Barboza - Hiato gaiato - Engolir percevejos ou votar nulo?

Hiato gaiato

Durante o período de tortura da propaganda eleitoral imposta aos indefesos habitantes, temos elementos para efetuar algumas considerações pertinentes.

Com todos os veículos (rádio e tv) ocupados no mesmo período, não temos opção de mudar de estação quando percebermos que a piada embutida na promessa é a mesma dos últimos 30 anos. Além do mais (e pior), durante este hiato gaiato ficamos desinformados sobre algum possível engarrafamento na cidade em função de algum incêndio ou choque de veículos.

Se cada candidato tem um minuto para dizer seu nome, seu número, a sigla do partido (que tende a trocar depois da eleição) e a mesma ladainha (como todos os demais) englobando projetos para os menores abandonados, idosos largados em filas de hospitais contaminados e oportunidades de empregos, não sobra tempo para esclarecer algo criativo que desejamos ouvir: em qual cartório está registrada sua plataforma de campanha para ser consultada (e cobrar) após o sujeito ser empossado.

Melhor seria que o tempo desperdiçado com propaganda falsa fosse usado para debates sérios entre os concorrentes ao mesmo cargo. Um debate deste porte deve ter perguntas efetuadas pelo povo e não as combinadas nos bastidores horas antes do circo. Além do mais, não se deve consumir tempo com candidatos com menos de 2% de chances, que podem até ter boas intenções, mas não possuem prestígio necessário para empolgar os expectadores.

Quem estiver concorrendo à reeleição deve ser obrigado a participar com os seguintes objetivos:

Engolir percevejos ou votar nulo?

Não há mais como contar cédulas nas eleições. Mas o sistema informatizado tem de nos oferecer mais transparência para nos dar impressão de ser seguro. Na minha ótica, os pontos críticos dentro desta análise, são:
a) todo programa de computador tem uma «saída pelos fundos» para permitir interrompe-lo em caso de pane e que pode ser usada para fraude. Por ela transitam os comandos maliciosos bem camuflados.
b) Se o TSE está povoado por pessoas ligadas ao governo, depois dos escândalos que estão vindo à tona nas entidades ditas «idôneas», também não confiamos nesta sigla. Ainda mais por ela criar as normas, exercer a fiscalização de seus atos (?) e julgar seus erros (??).
c) Candidatos não pedem auditagem do resultado eletrônico pois não sabem como tratar o assunto e preferem fingir que entendem de informática e aceitar o resultado anunciado. Devem até combinar algo do tipo: Na próxima é minha vez. Depois você retorna. E passam 30 anos se revezando nos cargos públicos às nossas custas.
d) A idéia de imprimir o voto não é dar recibo ao eleitor. O voto deve ser impresso, exibido à vítima da farsa atrás de um visor, picotado e armazenado numa sacola. Quem sentir-se prejudicado, escolhe as urnas para realizar auditagem física contra contagem digital. Isto deve ajudar a reduzir pelo menos 80% das fraudes (existem diversas formas) usadas pelos donos das urnas.

Leia este tema completo a partir de 11/10/2010

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