Coluna de Cecilio Elias Netto - Gigolôs da fé
Já não sei mais se o pessoal perdeu a vergonha ou o senso do ridículo. Num canto de jornal, que apoia a candidatura de José Serra, lá está a insinuação de que o presidente Lula se comparava a Jesus Cristo pelo fato de usar barbas longas. Agora, no entanto, parece ter surgido o verdadeiro candidato de Jesus, inesperadamente encarnado na figura pálida e estranha de José Serra. Lá estavam, em comício e publicados pela imprensa, folhetos em que, numa face, aparecia a figura de Jesus Cristo, com a inscrição: «Jesus é a verdade e a justiça.» No verso: José Serra, com seu número partidário. E o novo santinho a figurar no dicionário de imoralidades do país.
Por outro lado, continuam as discussões em torno de Dilma Roussef quanto ao aborto. Os tucanos ainda insistem, mesmo após ela ter assinado um documento em que se compromete a manter a legislação atual, sem apresentar qualquer inovação. Agora, porém, surge a novidade que coloca os Catões de cócoras. Pois, a Folha de São Paulo – insuspeita por suas conhecidas profissões de fé liberais – revela, através da coluna de Mônica Bergamo – que a mulher de José Serra, Mônica – a que dissera Dilma gostar de matar criancinhas – confidenciara já ter cometido um aborto. Ou seja: mexeram no caldeirão errado. E os respingos de lama se espalham por todos os lados.
De qualquer maneira, estamos, agora, sabendo que os defensores de José Serra, em especial fanáticos fundamentalistas, acreditam, realmente, que o Senhor se incorporou no candidato tucano. E que, com Jesus e com Serra, estão a verdade e a justiça. E que, pelo visto, não é o candidato tucano a pessoa mais indicada para falar em aborto. Mesmo porque não se fala de corda em casa de enforcado.
Como faltam apenas poucos dias para o dia das eleições, não será pretensioso esperar-se que comecem a acontecer milagres, como aqueles que se tornaram banalidades em programas religiosos de tevê. Será, então, formidável ver José Serra, com a esposa Mônica ao lado, apresentar-se como o Casal 10 da Fé, não se sabe se da Assembléia de Deus, de espíritas, do bispo Edir Macedo, se de alguma confraria pentecostal católica. A sordidez não tem limites.
Leia este tema completo a partir de 18/10/2010
Já não sei mais se o pessoal perdeu a vergonha ou o senso do ridículo. Num canto de jornal, que apoia a candidatura de José Serra, lá está a insinuação de que o presidente Lula se comparava a Jesus Cristo pelo fato de usar barbas longas. Agora, no entanto, parece ter surgido o verdadeiro candidato de Jesus, inesperadamente encarnado na figura pálida e estranha de José Serra. Lá estavam, em comício e publicados pela imprensa, folhetos em que, numa face, aparecia a figura de Jesus Cristo, com a inscrição: «Jesus é a verdade e a justiça.» No verso: José Serra, com seu número partidário. E o novo santinho a figurar no dicionário de imoralidades do país.
Por outro lado, continuam as discussões em torno de Dilma Roussef quanto ao aborto. Os tucanos ainda insistem, mesmo após ela ter assinado um documento em que se compromete a manter a legislação atual, sem apresentar qualquer inovação. Agora, porém, surge a novidade que coloca os Catões de cócoras. Pois, a Folha de São Paulo – insuspeita por suas conhecidas profissões de fé liberais – revela, através da coluna de Mônica Bergamo – que a mulher de José Serra, Mônica – a que dissera Dilma gostar de matar criancinhas – confidenciara já ter cometido um aborto. Ou seja: mexeram no caldeirão errado. E os respingos de lama se espalham por todos os lados.
De qualquer maneira, estamos, agora, sabendo que os defensores de José Serra, em especial fanáticos fundamentalistas, acreditam, realmente, que o Senhor se incorporou no candidato tucano. E que, com Jesus e com Serra, estão a verdade e a justiça. E que, pelo visto, não é o candidato tucano a pessoa mais indicada para falar em aborto. Mesmo porque não se fala de corda em casa de enforcado.
Como faltam apenas poucos dias para o dia das eleições, não será pretensioso esperar-se que comecem a acontecer milagres, como aqueles que se tornaram banalidades em programas religiosos de tevê. Será, então, formidável ver José Serra, com a esposa Mônica ao lado, apresentar-se como o Casal 10 da Fé, não se sabe se da Assembléia de Deus, de espíritas, do bispo Edir Macedo, se de alguma confraria pentecostal católica. A sordidez não tem limites.
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