sexta-feira, 29 de outubro de 2010

CORONEL FABRICIANO - 031 - Os Puxa-sacos; 059 – Os animais – a Kelly - BENEDITO FRANCO

CORONEL FABRICIANO - 031 - Os Puxa-sacos; 059 – Os animais – a Kelly - BENEDITO FRANCO

Tatiana completou um ano e, logo a seguir, dezessete dias após, nascia a Fernanda - chamada pela Tati de «Neném» – duas paulistanas. Três meses depois, procurávamos, a mãe e eu, o bico da Nanda. Pedimos à Tati para nos ajudar a procurá-lo. No mesmo instante, ela tirou da boca o seu bico, entregou-me e me disse:
- Bico da Neném.
- Não... é o seu.
- Bico da Neném! retrucou - e nunca mais aceitou bico. Quando lhe ofereciam, dizia:
- Bico da Neném.
Pena! - criança usando bico, além de lindo, para mim é o símbolo da inocência.

031 - Os Puxa-sacos

Palácio do Morumbi

Trabalhava no DAEE, São Paulo, que, além do controle da energia elétrica, através da Cesp, e água, executava algumas obras, como correção de rios, tratamento e uso das águas. e a cada obra terminada convidavam-nos para a inauguração. Muitas vezes, realizavam-se as festas no Palácio no Morumbi, Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo – e como havia festas! E de tanto ir lá, era conhecido dos guardas, entrando e saindo com meu carro, como funcionário público, sem maiores problemas. Uma das coisas interessantes: a liberdade em todas as dependências do Governo; quantas e quantas vezes andei tranqüilamente por todo o Palácio, inclusive indo ao apartamento do governador. Hoje, a segurança...
... e o cordão dos puxa-sacos cada vez...
O mais impressionante do visto em tudo isso foram os louvaminheiros, verdadeiramente os lictores que precediam os políticos, com seus encômios, os encomiastas modernos, - ou, rasgando o verbo, os puxa-sacos palacianos - rodeavam os políticos, louvaminhando-os, turibulando-os e lisonjeando-os como autênticos cachorrinhos ou cercando-os como formiguinhas em um grão de açúcar caído no chão.


059 – Os animais – a Kelly

Aprovada a Ficha Limpa (um engodo, um logro!), vamos lutar para o Voto em Aberto e o fim da Imunidade Parlamentar, dois cancros de nossa pobre e enganosa política! E esses caras ainda se dizem nossos representantes!...
Política seria poliética - poli = muito, pluralidade + ética? Parece e é... Pelo menos em Brasília é!
Estudava Ciências Exatas na Universidade de Coronel Fabriciano, e tive, como trabalho da aula de biologia, o comportamento de uma cachorra durante e depois de parir os filhotes, aproveitando que a Kelly, a cachorra lá de casa, tivera uma farta ninhada.

As observações levaram-me a constatar que a Kelly, uma cachorra pastor-alemão, tinha o hábito de amamentar os filhotes exatamente quando batiam os sinos da Igreja de São Sebastião, para indicar cada hora. De hora em hora, com uma precisão suíça, dava a primeira badalada da hora e ela, já na espreita, entrava no ninho – diante de sua presença perto do ninho, não adiantava os filhotes reclamarem que ela não adiantava seu relógio...

... deu polícia!...

Mudei-me para Caratinga, MG, onde montei um laboratório de análises clínicas, quase um posto avançado de coleta de material para o laboratório de Fabriciano, e lá entrei na Faculdade da cidade, mas no curso de Matemática. A Kelly foi comigo.

Um dia a Kelly sumiu. Procurei por toda cidade e nada de encontrá-la. Um mês depois, um colega de faculdade falou-me que a tinha visto no quintal de um hotel no centro da cidade. Lá fui eu e parei o carro exatamente em frente ao portão do quintal do hotel – ela se encontrava presa em um pátio interno a uns vinte metros de distância da rua.

Leia este tema completo a partir de 01/11/2010

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