AUTOCINETRIP - CINEMA , RESENHAS E CRITICA - Napoli Napoli Napoli - Nosso Lar - [REC] 2: Possuídos
Napoli Napoli Napoli
A violência urbana é tida como uma mazela que aflige países subdesenvolvidos. Contrariando essa regra, Napoli, Napoli, Napoli mostra várias conseqüências negativas do domínio da máfia na cidade de Nápoles.
Para criar um retrato multifacetado da questão, o diretor Abel Ferrara conta com ferramentas dramáticas e documentais. Três pequenas histórias são contatas entre as passagens «verídicas» (trata-se de um docu-drama). São mostradas a rotina de uma família, de um presídio e de mafiosos.
Para não destoar das entrevistas e imagens de arquivo, é empregada a câmera na mão. Em alguns momentos a preocupação com o tom documental se sobrepõe à estética, gerando cenas granuladas e confusas. As histórias puramente ficcionais apenas reforçam os depoimentos do filme. Tais passagens tornam-se ainda mais inúteis quando consideramos que a produção italiana Gomorra já desempenhou a mesma função pouco tempo atrás.
Nosso Lar
Com tanta aridez, violência e pobreza nos temas tratados pelo cinema nacional, Nosso Lar chega para explorar o recém-consolidado filão das produções brasileiras. Com resultados sólidos em bilheterias, os mais pacíficos filmes espíritas chegaram para ficar definitivamente.
A adaptação do romance psicografado por Chico Xavier carrega no roteiro uma característica comum a esse tipo de literatura: o filme conta uma história simplista. A mensagem é bem clara logo no começo, o que não impede que a mesma seja reforçada constantemente. Há inclusive algumas referências ao médim mineiro nos diálogos que os espíritos travam na cidade espiritual.
Na parte técnica, Nosso Lar traz efeitos visuais diferentes do que se vê em outras produções brasileiras – o que parece bem lógico, já que a maior parte do enredo se passo no mundo espiritual. Para essa área, foram convocados profissionais estrangeiros. Em algumas cenas os elementos criados por computação gráfica integram-se muito bem com os objetos reais. Mesmo sem serem sempre bem realizados pode se considerar que os efeitos sejam um ganho para o conjunto.
[REC] 2: Possuídos
Em 2007, os fãs de bons filmes de terror ficaram empolgados com uma boa surpresa vinda da Espanha. [REC] é um verdadeiro teste de nervos, trazendo frescor para as temática de zumbis. Os produtores são pessoas espertas e aproveitaram o barulho feito pelo filme e resolveram realizar uma seqüência e, como de costume no mundo do cinema, a nova produção não tem o mesmo impacto do que seu antecessor.
[REC] 2 cumpre seu papel, mas deixa passar algumas chances. Um dos principais méritos do primeiro filme era o caráter científico por trás da forma de manifestação e infecção dos zumbis. A religião estava no roteiro, mas era apenas mostrada como uma segunda forma de abordar a questão. Dessa vez, logo no começo, fica bem claro que o fator religioso tem uma influência inquestionável no conflito. Dessa forma, o que poderia ser um grande diferencial da franquia escapa pelos dedos dos diretores.
Por outro lado, um bom hábito de seqüência cinematográficas está presente: agigantar as proporções da atmosfera ficcional em que o enredo se desenrola. Com a entrada dos policiais, ganha-se em armamento pesado e se pode criar cenas de ação que trazem uma gama maior de emoções. Além disso, cada um dos militares tem uma micro câmera do capacete, possibilitando que a ação não fique restrita ao campo de visão de apenas um cinegrafista.
Leia este tema completo a partir de 11/10/2010
Napoli Napoli Napoli
A violência urbana é tida como uma mazela que aflige países subdesenvolvidos. Contrariando essa regra, Napoli, Napoli, Napoli mostra várias conseqüências negativas do domínio da máfia na cidade de Nápoles.
Para criar um retrato multifacetado da questão, o diretor Abel Ferrara conta com ferramentas dramáticas e documentais. Três pequenas histórias são contatas entre as passagens «verídicas» (trata-se de um docu-drama). São mostradas a rotina de uma família, de um presídio e de mafiosos.
Para não destoar das entrevistas e imagens de arquivo, é empregada a câmera na mão. Em alguns momentos a preocupação com o tom documental se sobrepõe à estética, gerando cenas granuladas e confusas. As histórias puramente ficcionais apenas reforçam os depoimentos do filme. Tais passagens tornam-se ainda mais inúteis quando consideramos que a produção italiana Gomorra já desempenhou a mesma função pouco tempo atrás.
Nosso Lar
Com tanta aridez, violência e pobreza nos temas tratados pelo cinema nacional, Nosso Lar chega para explorar o recém-consolidado filão das produções brasileiras. Com resultados sólidos em bilheterias, os mais pacíficos filmes espíritas chegaram para ficar definitivamente.
A adaptação do romance psicografado por Chico Xavier carrega no roteiro uma característica comum a esse tipo de literatura: o filme conta uma história simplista. A mensagem é bem clara logo no começo, o que não impede que a mesma seja reforçada constantemente. Há inclusive algumas referências ao médim mineiro nos diálogos que os espíritos travam na cidade espiritual.
Na parte técnica, Nosso Lar traz efeitos visuais diferentes do que se vê em outras produções brasileiras – o que parece bem lógico, já que a maior parte do enredo se passo no mundo espiritual. Para essa área, foram convocados profissionais estrangeiros. Em algumas cenas os elementos criados por computação gráfica integram-se muito bem com os objetos reais. Mesmo sem serem sempre bem realizados pode se considerar que os efeitos sejam um ganho para o conjunto.
[REC] 2: Possuídos
Em 2007, os fãs de bons filmes de terror ficaram empolgados com uma boa surpresa vinda da Espanha. [REC] é um verdadeiro teste de nervos, trazendo frescor para as temática de zumbis. Os produtores são pessoas espertas e aproveitaram o barulho feito pelo filme e resolveram realizar uma seqüência e, como de costume no mundo do cinema, a nova produção não tem o mesmo impacto do que seu antecessor.
[REC] 2 cumpre seu papel, mas deixa passar algumas chances. Um dos principais méritos do primeiro filme era o caráter científico por trás da forma de manifestação e infecção dos zumbis. A religião estava no roteiro, mas era apenas mostrada como uma segunda forma de abordar a questão. Dessa vez, logo no começo, fica bem claro que o fator religioso tem uma influência inquestionável no conflito. Dessa forma, o que poderia ser um grande diferencial da franquia escapa pelos dedos dos diretores.
Por outro lado, um bom hábito de seqüência cinematográficas está presente: agigantar as proporções da atmosfera ficcional em que o enredo se desenrola. Com a entrada dos policiais, ganha-se em armamento pesado e se pode criar cenas de ação que trazem uma gama maior de emoções. Além disso, cada um dos militares tem uma micro câmera do capacete, possibilitando que a ação não fique restrita ao campo de visão de apenas um cinegrafista.
Leia este tema completo a partir de 11/10/2010
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