Coluna: Antônio Carlos Affonso dos Santos. ACAS, o Caipira Urbano. - PIRAPORA DO BOM JESUS E BOM JESUS DE PIRAPORA
DADOS DA CIDADE
Pirapora do Bom Jesus é uma cidade pequena e calma, às margens do Rio Tietê. A cidade fica num vale encravada entre grandes montanhas da serra do Ivoturuna. Fundada em 25 de maio de 1730, a cidade desenvolveu-se notadamente com os faiscadores de ouro e depois com a agricultura. Atualmente, o Rio Tietê está bastante poluído neste trecho. O Rio Tietê corta o centro velho da cidade e por vezes, pode-se observar tapetes de espuma sobre suas águas. Este fato ocorre devido a proximidades da cidade, da Barragem de Pirapora do Bom Jesus. Essa barragem, tem por finalidade acumular água, para atender a Usina Hidroelétrica de Rasgão, inaugurada em 1925, que se situa pouco mais abaixo e que produz energia elétrica para a cidade e até para outras usinas.
DADOS DA CIDADE
Pirapora do Bom Jesus é uma cidade pequena e calma, às margens do Rio Tietê. A cidade fica num vale encravada entre grandes montanhas da serra do Ivoturuna. Fundada em 25 de maio de 1730, a cidade desenvolveu-se notadamente com os faiscadores de ouro e depois com a agricultura. Atualmente, o Rio Tietê está bastante poluído neste trecho. O Rio Tietê corta o centro velho da cidade e por vezes, pode-se observar tapetes de espuma sobre suas águas. Este fato ocorre devido a proximidades da cidade, da Barragem de Pirapora do Bom Jesus. Essa barragem, tem por finalidade acumular água, para atender a Usina Hidroelétrica de Rasgão, inaugurada em 1925, que se situa pouco mais abaixo e que produz energia elétrica para a cidade e até para outras usinas.
As águas poluídas do Tietê, quando passam pelos seus vertedouros ou pela sua tubulação interna de descarga, acabam por produzir muita espuma, proveniente da contaminação da água por dejetos domésticos, notadamente detergente, usado em alta escala na maior cidade do hemisfério sul do planeta; São Paulo, que fica à montante e despeja diariamente algumas toneladas deste produto, utilizado em todas as casas dos 16 milhões de pessoas.
O resultado da contaminação ambiental pode ser vista diariamente, sendo que este autor já presenciou pessoalmente um dia em que a ponte que cruza o rio e que fica no centro velho da cidade estava revestida de espuma; convém que o leitor atente de que a ponte fica, no mínimo cinco ou seis metros acima do nível normal do Rio Tietê naquele ponto.
Portanto, vocês podem imaginar o grau de poluição atual, que não só pode ser observado, mas também pode ser sentido pelo olfato, pois o mau cheiro, por vezes, é nauseante.
Já a Serra do Ivoturuna que cerca a cidade, é tombada pelo Conselho Nacional do Patrimônio Histórico, o CONDEPHAAT e seu nome em Tupi, significa «Montanha Negra» ; nome esse dado pelos índios, devido à cobertura de vegetação de tonalidade escura, que em determinadas épocas do ano chegava a escurecer a paisagem do entorno do povoado. A Serra do Ivoturuna possui nascentes de água e cachoeiras, inclusive vertentes (fontes) que abastecem o município.(...)
ARTISTAS PIRAPORENSES FAMOSOS
Não necessariamente eles nasceram em Pirapora do Bom Jesus, mas suas histórias ficaram (e ficarão) ligadas eternamente à cidade.
ADO BENATI
Sem dúvida, o artista mais conhecido que passou por Pirapora, foi o Ado Benati. Ele nasceu em Taquaritinga (SP) em 23/09/1908 e morreu em Pirapora do Bom Jesus (SP) em 04/11/1962.
Ele começou a carreira artística compondo emboladas e cantando em programas de calouros; o «must» da época. Em 1939 passou a atuar na Rádio Educadora Paulista de São Paulo, com o regional de Caxangá (um tipo de banda da época). Mais tarde passou a atuar como contratado pela rádio Difusora de São Paulo.
Fez fama quando por volta de 1947 criou o personagem Zé do Mato; neste mesmo ano teve gravada por Tonico e Tinoco, sua primeira composição: a moda de viola «Destino de um Caboclo».
Um de seus maiores sucessos foi a música «Bom Jesus de Pirapora», onde o poeta narra de modo comovente, a saga que uma senhora teve que passar para chegar à Pirapora de Bom Jesus e o milagre conseguido.
Mesmo nos dias atuais, se pode ouvir esta música no serviço de alto falantes da cidade. Ado Benati publicou também livros e escreveu peças de teatro, que à época eram montadas em circos pelo interior do Brasil afora. (...)
GERALDO FILME
Outro artista famoso é o sambista Geraldo Filme (nascido em São João da Boa Vista, em 1928 e morreu em São Paulo, em 1995), que já mereceu até um documentário num curta metragem do cinema nacional.
Geraldão conheceu com a avó, os cantos de escravos que influenciaram sua formação musical. Embora haja outros pais do «samba paulista», sem dúvida, Geraldo Filme se não foi o pai, foi o seu antecessor.
A casa onde o Geraldo Filme se reunia com o pessoal de Pirapora para compor e cantar samba, ainda está de pé, mantida pela prefeitura local, passando a se chamar «Espaço Cultural Samba Paulista Vivo Honorato Missé».
O local abriga uma exposição permanente sobre o Samba Paulista e o cotidiano da cidade, além de ser palco de manifestações artísticas e eventos. De São João da Boa Vista pra Barra Funda, daí até Pirapora, de volta ao Brás, Glória, Peruche e finalmente pro Bexiga.
Vendendo marmitas; preparadas pela mãe, versando e dando pernadas (passava bom tempo nas rodas de samba e de «tiririca» [capoeira], que os carregadores improvisavam no Largo da Banana, na Barra Funda), Geraldo Filme de Souza cresceu e se formou nas ruas de São Paulo.
Ainda garoto encontrou na música sua forma de expressão, sendo respeitado como compositor e intérprete. Geraldão da Barra Funda, como era conhecido, teve papel importantíssimo no desenvolvimento do carnaval e das escolas de samba de São Paulo.
Leia este tema completo a partir de 01/11/2010
Portanto, vocês podem imaginar o grau de poluição atual, que não só pode ser observado, mas também pode ser sentido pelo olfato, pois o mau cheiro, por vezes, é nauseante.
Já a Serra do Ivoturuna que cerca a cidade, é tombada pelo Conselho Nacional do Patrimônio Histórico, o CONDEPHAAT e seu nome em Tupi, significa «Montanha Negra» ; nome esse dado pelos índios, devido à cobertura de vegetação de tonalidade escura, que em determinadas épocas do ano chegava a escurecer a paisagem do entorno do povoado. A Serra do Ivoturuna possui nascentes de água e cachoeiras, inclusive vertentes (fontes) que abastecem o município.(...)
ARTISTAS PIRAPORENSES FAMOSOS
Não necessariamente eles nasceram em Pirapora do Bom Jesus, mas suas histórias ficaram (e ficarão) ligadas eternamente à cidade.
ADO BENATI
Sem dúvida, o artista mais conhecido que passou por Pirapora, foi o Ado Benati. Ele nasceu em Taquaritinga (SP) em 23/09/1908 e morreu em Pirapora do Bom Jesus (SP) em 04/11/1962.
Ele começou a carreira artística compondo emboladas e cantando em programas de calouros; o «must» da época. Em 1939 passou a atuar na Rádio Educadora Paulista de São Paulo, com o regional de Caxangá (um tipo de banda da época). Mais tarde passou a atuar como contratado pela rádio Difusora de São Paulo.
Fez fama quando por volta de 1947 criou o personagem Zé do Mato; neste mesmo ano teve gravada por Tonico e Tinoco, sua primeira composição: a moda de viola «Destino de um Caboclo».
Um de seus maiores sucessos foi a música «Bom Jesus de Pirapora», onde o poeta narra de modo comovente, a saga que uma senhora teve que passar para chegar à Pirapora de Bom Jesus e o milagre conseguido.
Mesmo nos dias atuais, se pode ouvir esta música no serviço de alto falantes da cidade. Ado Benati publicou também livros e escreveu peças de teatro, que à época eram montadas em circos pelo interior do Brasil afora. (...)
GERALDO FILME
Outro artista famoso é o sambista Geraldo Filme (nascido em São João da Boa Vista, em 1928 e morreu em São Paulo, em 1995), que já mereceu até um documentário num curta metragem do cinema nacional.
Geraldão conheceu com a avó, os cantos de escravos que influenciaram sua formação musical. Embora haja outros pais do «samba paulista», sem dúvida, Geraldo Filme se não foi o pai, foi o seu antecessor.
A casa onde o Geraldo Filme se reunia com o pessoal de Pirapora para compor e cantar samba, ainda está de pé, mantida pela prefeitura local, passando a se chamar «Espaço Cultural Samba Paulista Vivo Honorato Missé».
O local abriga uma exposição permanente sobre o Samba Paulista e o cotidiano da cidade, além de ser palco de manifestações artísticas e eventos. De São João da Boa Vista pra Barra Funda, daí até Pirapora, de volta ao Brás, Glória, Peruche e finalmente pro Bexiga.
Vendendo marmitas; preparadas pela mãe, versando e dando pernadas (passava bom tempo nas rodas de samba e de «tiririca» [capoeira], que os carregadores improvisavam no Largo da Banana, na Barra Funda), Geraldo Filme de Souza cresceu e se formou nas ruas de São Paulo.
Ainda garoto encontrou na música sua forma de expressão, sendo respeitado como compositor e intérprete. Geraldão da Barra Funda, como era conhecido, teve papel importantíssimo no desenvolvimento do carnaval e das escolas de samba de São Paulo.
Leia este tema completo a partir de 01/11/2010
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