domingo, 31 de outubro de 2010

COLUNA UM - Daniel Teixeira - Diferenças com ou sem justificação (II)

COLUNA UM - Daniel Teixeira - Diferenças com ou sem justificação (II)

Na semana passada fiquei de dar pelo menos uma continuidade ao assunto então posto na minha discussão e que tratava singelamente da diferença de um comportamento num dado campo ou num campo abrangendo duas opções, a saber, porque havia diferença entre públicos de rádio e de jornal Raizonline. Quem estiver a ler-me pela primeira vez pode clicar no numero anterior e nesta mesma página.

A coisa, a diferença, o estudo da diferença, não é transcendente, diga-se de passagem, quer dizer, não morre ninguém nem há quem possa ficar nem leve nem seriamente lesionado devida a este facto, mas a curiosidade é sempre uma mola impulsionadora e há quem, como eu, não goste de perguntas sem respostas.

Salvo erro foi o Einstein (normalmente vai-se buscar sempre um génio a quem se atribuem os lugares comuns que se vão dizendo de nossa popular lavra) que disse, ele, que a humanidade não se colocava questões para as quais não tinha já resposta. Um pouco discutível esta afirmação, diga-se, porque em principio se se tem a resposta já não se trata de uma questão naquele sentido do insondável humanóide: é uma questão do género «quem foi o primeiro rei de Portugal?» ou einsteiniamente falando porque é que a velocidade da luz tem de ser constante (?): não há luzes metaforicamente de bicicleta, de moto, de jaguar?

Bem regressando à seriedade do tema nós não conhecemos bem (e quem conhece?) os nossos leitores: sabemos que eles nos lêem, graças â meticulosidade dos motores de busca e dos contadores de visitas sabemos os seus tempos de permanência nas nossas páginas, sabemos donde vêm (por vezes...!! - eu, através de um contador, sem ter saído de casa já «estive» uma série de tempo em Londres) sabemos quais as páginas mais visitadas, agora sabemos quais as leituras autor a autor (em número), enfim, sabemos tudo em números que pessoalmente não me dizem assim tanto e acabam por não dizer quase nada sobre as características individuais de cada um de nós. E mal seria que dissessem...

Tínhamos de facto essa expectativa, quer dizer, pensámos inicialmente quando se tratou de pensar e falar sobre ter também uma rádio em paralelo sonoro ao escrito do jornal que havia essa possibilidade, quer dizer que era fortemente provável que os nossos leitores passassem a ser nossos ouvintes e que através desta conjugação se conseguiria obter uma vantajosa complementaridade.
Lembro-me de ter falado bastante nisso e devo ter escrito por aqui alguma coisa sobre isso não sei quando : seria normal, pelo menos num campo, o da poesia, que viéssemos a prestar um bom serviço através do sonoro. A poesia em principio fez-se para ser dita e não exclusivamente escrita e tem uma beleza diferente quando dita e aliás tenho presente toda a história das tertúlias e dos saraus poéticos desde a famosa Marquesa de Alorna, pelo menos.
A epistolografia também foi bastante bem servida pela voz, pela recitação e uma parte substancial das canções actualmente na sua maior parte já nos baús não teria nascido sem esta ligação e complementaridade que funciona em dois planos: há boas canções que dão (resultam) em excelentes poemas e vice versa acabando por serem as duas coisas.


Leia este tema completo a partir de 01/11/2010

1 comentário:

  1. Não consegui postar o meu comentário na sua Coluna 1, então envio por e-mail.

    Em Diferenças com ou Sem Justificação II, ainda não levou em conta o material que está sendo divulgado, não levou em conta o conhecimento de forma geral de quem acessa a rádio. A rádio Raizonline é para quem tem gosto mais refinado e isso também não está sendo levado em conta, mas o que é importante? Na minha opinião é desenvolver um projeto consistente e diferenciado. Uma das grandes audiências que eu possuo é sobre flauta-doce, há muita procura, pois há falta de material e nem sempre é tão valorizado, mas é um instrumento musical forte. Também trabalho na abertura de espaços para músicos, pois há falta, até a Rede Globo, a maior Tv do Brasil e a quarta maior do mundo já reconheceu isso, está abrindo devagar espaço para novos talentos, pois está dando certo. Nem sempre há clássicos, e quando se abre espaço para novos talentos, tem que estar preparado para tudo, nem sempre o Raizonline apresenta o que deveria apresentar, pois abre espaço para alguns apenas, e isso faz ficar pequeno. Eu já recebi apoio por ter o reconhecimento de ajudar músicos menores a crescerem, essa é a minha linha. Para 2011 penso em elevar o Jornal Musical, de minha autoria, como forma de mostrar trabalhos na área musical que não são conhecidos. http://jm.marcelotorca.net/

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