O LOBO E O FENOMENO TAG EM CABO VERDE - Por João Furtado
Está manha serena e bela. Mal o dia começa a clarear. Sai para ir fazer a minha caminhada diária, bem de diária só tem o nome. Vou de vez enquanto, quando me lembrar que devo fazer caminhada diária para baixar o colesterol.
Está manha serena e bela. Mal o dia começa a clarear. Sai para ir fazer a minha caminhada diária, bem de diária só tem o nome. Vou de vez enquanto, quando me lembrar que devo fazer caminhada diária para baixar o colesterol.
Como sempre passo pela mesma esquina e lá se encontra o Nhu Lobo, todo esfarrapado a espera de dias melhores, que segundo ele, jamais virão. Foi lá que o encontrei da ultima vez e que lhe entrevistei...
Parece-me que ele gostou... O malandro viciou-se e quer aparecer de novo. O Nhu Lobo gostou de desabafar. E é difícil encontrar alguém com tempo e paciência para ouvir e aturar um maltrapilho qualquer, principalmente um velhote de quinhentos anos, prostrado numa esquina qualquer... e se aparece um coitado que sente pena dele...
Ele se agarra na bengala e nunca mais se tem a paz. Esta é a razão primeira de estar-se numa esquina nu e com fome dias e dias e ninguém reparar que lá estamos. De nos tornarmos invisíveis. Não é porque os outros não querem nos aconchegar. Nós é que se formos aconchegados transformamos as pessoas que tiveram pena de nós numa bengala e ninguém quer ser bengala...
O pior é nunca ninguém saber e ter a certeza que amanha poderá estar na mesma situação e precisar de um carinho ou uma única voz amiga. Afinal todos nós iremos precisar de uma bengala um dia!
Bem, dizia eu que o Nhu Lobo estava no mesmo sitio e eu me aproximei e o cumprimentei. Ele o Nhu Lobo me dei a tradicional bênção e me pediu para lhe fazer mais uma entrevista. Não estava com disposição e nem queria fazer. A última que tinha feito continuava na minha gaveta.
E certo que mandei para o Jornal Raizonline e foi publicado, mas não era o que o Nhu Lobo queria. A entrevista devia sair em Cabo Verde, para os pais cabo-verdianos, os jovens cabo-verdianos e as crianças cabo-verdianas lerem e meditarem. O Jornal Raizonline é lido cá, mas não é tão popular como os locais, não obstante os esforços meus e dos que já leram em o divulgar.
Não consegui colocar em nenhum jornal, por isso não valia a pena fazer outra entrevista. A outra razão é que eu não tinha nenhuma pergunta pertinentes para fazer ao Nhu Lobo...
Eu – Ti Lobo, hoje não... Não tenho nenhuma pergunta, dás-me o teu email, que te envio as perguntas.
Leia este tema completo a partir de 11/10/2010
Não consegui colocar em nenhum jornal, por isso não valia a pena fazer outra entrevista. A outra razão é que eu não tinha nenhuma pergunta pertinentes para fazer ao Nhu Lobo...
Eu – Ti Lobo, hoje não... Não tenho nenhuma pergunta, dás-me o teu email, que te envio as perguntas.
Leia este tema completo a partir de 11/10/2010
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