COLUNA UM - Daniel Teixeira - O que se faz para correr com os políticos?
Bem, em primeiro lugar todos têm direito à vida, incluindo os políticos pelo que não se trata de descrever aqui uma maneira (milagrosa mesmo de verdade) de acabar de uma assentada com eles.
Há autores que pelo menos de forma metafórica têm referido a desnecessidade dos políticos como entidades indispensáveis a uma sociedade: na verdade e a acreditar no velho socrático ditado de que todo o homem é um ser político devemos logicamente concluir que se todos somos políticos para quê ter uma classe especial destinada a desempenhar as funções que nós naturalmente já desempenhamos?
O tema é complexo porque na verdade muita pouca gente estará disposta a desempenhar um surplus de funções políticas de forma pessoal: há quem avente isso nomeadamente através da chamada ao reforço da cidadania que é assim uma coisa com conotações algo esquisitas na medida em que advém, na sua génese etimológica e não só, da cultura de privilégios. Ser cidadão é ter direitos que outros não cidadãos não têm, embora ultimamente se tenha vindo a reforçar a ideia de que ser cidadão é também (e mais ainda) ter deveres.
De reparar que num caso e noutro o processo lógico não se altera, quer dizer, há sempre uns que são mais que outros porque ao ter-se deveres haverá sempre uma relação de dependência em relação a outro ou outros (quem colecciona os deveres e faz deles seus direitos). Por sua vez ter unicamente direitos é retirar a outros os direitos que eles naturalmente teriam se nós não tivéssemos a nossa quota parte de direitos.
Há pelo menos um milhar de voltas a dar a esta questão até se chegar à conclusão, utópica como todos reconhecerão, que deverá haver igualdade de direitos e de deveres: ou seja ainda recebe-se tanto como se «paga» e o resto é igual a zero. E é claro que quem for (aceitar) (n) esta secular treta trará sempre consigo umas paradisíacas asas brancas.
Leia este tema completo a partir de 11/10/2010
Bem, em primeiro lugar todos têm direito à vida, incluindo os políticos pelo que não se trata de descrever aqui uma maneira (milagrosa mesmo de verdade) de acabar de uma assentada com eles.
Há autores que pelo menos de forma metafórica têm referido a desnecessidade dos políticos como entidades indispensáveis a uma sociedade: na verdade e a acreditar no velho socrático ditado de que todo o homem é um ser político devemos logicamente concluir que se todos somos políticos para quê ter uma classe especial destinada a desempenhar as funções que nós naturalmente já desempenhamos?
O tema é complexo porque na verdade muita pouca gente estará disposta a desempenhar um surplus de funções políticas de forma pessoal: há quem avente isso nomeadamente através da chamada ao reforço da cidadania que é assim uma coisa com conotações algo esquisitas na medida em que advém, na sua génese etimológica e não só, da cultura de privilégios. Ser cidadão é ter direitos que outros não cidadãos não têm, embora ultimamente se tenha vindo a reforçar a ideia de que ser cidadão é também (e mais ainda) ter deveres.
De reparar que num caso e noutro o processo lógico não se altera, quer dizer, há sempre uns que são mais que outros porque ao ter-se deveres haverá sempre uma relação de dependência em relação a outro ou outros (quem colecciona os deveres e faz deles seus direitos). Por sua vez ter unicamente direitos é retirar a outros os direitos que eles naturalmente teriam se nós não tivéssemos a nossa quota parte de direitos.
Há pelo menos um milhar de voltas a dar a esta questão até se chegar à conclusão, utópica como todos reconhecerão, que deverá haver igualdade de direitos e de deveres: ou seja ainda recebe-se tanto como se «paga» e o resto é igual a zero. E é claro que quem for (aceitar) (n) esta secular treta trará sempre consigo umas paradisíacas asas brancas.
Leia este tema completo a partir de 11/10/2010
Os políticos somos nós, é difícil entender a democracia depois de tantos anos, década, séculos e até mesmo eras de ditaduras, reinados monárquicos. A democracia é nova e é preciso saber lidar com isso, aquilo que falam sobre cidadania pode soar como anti monarquia absolutista. A internet e a tecnologia ajudam a democracia, mas é preciso uma visão mais política por parte dos escritores e artistas, pois há necessidade evidente de ter representação política, assim como, ter uma estrutura para apresentar projetos e influenciar a sociedade. Mas a democracia só funciona com pessoas cultas, formadas e informadas, a ignorância é contra a democracia, portanto, o que os escritores e artistas estão fazendo para contribuir para a evolução educacional e cultural?
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