Amália Faustino Mendes - Biografia e Poesia - Poema: Mundo em pena
Mundo em pena
E penoso ver pagar entes
Por actos de outras mentes
Que em tempos remotos
Semearam venenos a lotos.
Se a lotos andam em jogos
O presente é ganho a fogos
Que o tempo dribla em nó
Num futuro afundado sem dó.
Humanidade desregra-se
Vem o mal e perpetra-se
Trepando-se a olho nu visto
Na terra cheia com quisto.
Sol luze, mar fumega, terra racha
Com o céu em poder mancha
Gotas mil vêem-se em derrame
Range tudo e todos a leme.
Confirma-se em tudo a atolada
Ladeira e corpos em derrocada
Víveres, pedreiras em barreira
Imparáveis ao azul vão à abeira.
Pesadas vacas bóiam sem rumo
Arvores, de raiz em flor, acenam
Aves vêem, esvoaçam e rodopiam,
De seus peitos palpitantes, sai fumo!
Peixes de barbatanas em leque
Ginasticam no turbilhão da água
Que, prepotente para que nada fique,
Para lá arrasta, extinguindo a mágoa!
O mar, sem tempo para acatar as algas
Desertou seu fundo que se manifesta pregas
Indicando vias cruas e nuas pelo toque
Onde os seres se encontram em desfalque.
A Terra, essa deixa-se descompor
Tornados formam-se para transpor
As barreiras fronteiriças artificiais
Cortando aldeias e densos pinhais.
Leia este tema completo a partir de 17/1/2011
Mundo em pena
E penoso ver pagar entes
Por actos de outras mentes
Que em tempos remotos
Semearam venenos a lotos.
Se a lotos andam em jogos
O presente é ganho a fogos
Que o tempo dribla em nó
Num futuro afundado sem dó.
Humanidade desregra-se
Vem o mal e perpetra-se
Trepando-se a olho nu visto
Na terra cheia com quisto.
Sol luze, mar fumega, terra racha
Com o céu em poder mancha
Gotas mil vêem-se em derrame
Range tudo e todos a leme.
Confirma-se em tudo a atolada
Ladeira e corpos em derrocada
Víveres, pedreiras em barreira
Imparáveis ao azul vão à abeira.
Pesadas vacas bóiam sem rumo
Arvores, de raiz em flor, acenam
Aves vêem, esvoaçam e rodopiam,
De seus peitos palpitantes, sai fumo!
Peixes de barbatanas em leque
Ginasticam no turbilhão da água
Que, prepotente para que nada fique,
Para lá arrasta, extinguindo a mágoa!
O mar, sem tempo para acatar as algas
Desertou seu fundo que se manifesta pregas
Indicando vias cruas e nuas pelo toque
Onde os seres se encontram em desfalque.
A Terra, essa deixa-se descompor
Tornados formam-se para transpor
As barreiras fronteiriças artificiais
Cortando aldeias e densos pinhais.
Leia este tema completo a partir de 17/1/2011
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