Um Conto - Por Emerson Wiskow - Nova parada
Era sempre a mesma conversa, eu já estava cansado de ouvir Rubens falar que deveríamos ir para Paris. Era o sonho dourado dele. Acordamos às 11 horas da manhã e fomos preparar o carro. Minha cabeça doía e meus dedos fediam a cigarro, tínhamos passado a noite em um inferninho. Depois de algumas cervejas quente, o estômago vazio e muitos cigarros, o meu crânio parecia que ia rachar.
Enquanto tentava dançar com Luanne o mal-estar continuava. Sentia o meu corpo quase anestesiado, estava num estado de catarse. Sentia naúseas, ânsia de vômito, tontura. No meio de tudo isso eu beijava Luanne como que se quisesse engoli-la.
Algumas mulheres faziam com que eu tivesse esse desejo, o de engoli-las, devorá-las, arrancar-lhes pedaços de carne. Luanne movia sua língua dentro da minha boca com voracidade, sugava. Seu beijo era gostoso. Aquilo ajudava a passar minha naúsea, eu me equilibrava enquanto beijava e apertava a bunda de Luanne.
Continuamos ali, a noite estava fraca, com pouco movimento, apenas nós dois dançávamos naquele pequeno salão circulado por mesas. A luz embotada, o ar morno, a embriaguez, tudo contribuía para uma sensação de sonho nebuloso. Era como se nos movêssemos lentamente entre nuvens e névoas. Uma espécie de arrebatamento melancólico. Carência e desespero. Uma tristeza disfarçada assoviava pelos cantos da «casa» e cobria a todos.
Luanne era uma mulher baixinha, de rosto bonito, gorda. Possuía cabelos negros, lisos e compridos. Tinha a pele branca e macia. Surpreendeu-me o seu beijo. Luanne tinha uma língua saborosa que mexia com destreza, apaixonada.
Rubens, eufórico e embriagado, bebia acompanhado por duas amigas. «Amigas», era como chamávamos as putas. Nessa noite, enquanto beijava Luanne voltei a sentir ânsia de vômito. Deixei Luanne e fui ao banheiro. Fechei a porta do banheiro, encostando-a com o pé enquanto vomitava no vaso sanitário.
Estranhamente, aquele era, talvez, o banheiro de puteiro mais limpo que eu já vira. Meu estômago retorcia-se, vomitei uma gosma amarela e um pouco de sangue. Eu babava no vaso sanitário como um cão louco. Joguei um pouco de água no rosto, lavei a boca e voltei para o salão. Luanne me aguardava, logo que cheguei voltamos a nos beijar.
Leia este tema completo a partir de 17/1/2011
Era sempre a mesma conversa, eu já estava cansado de ouvir Rubens falar que deveríamos ir para Paris. Era o sonho dourado dele. Acordamos às 11 horas da manhã e fomos preparar o carro. Minha cabeça doía e meus dedos fediam a cigarro, tínhamos passado a noite em um inferninho. Depois de algumas cervejas quente, o estômago vazio e muitos cigarros, o meu crânio parecia que ia rachar.
Enquanto tentava dançar com Luanne o mal-estar continuava. Sentia o meu corpo quase anestesiado, estava num estado de catarse. Sentia naúseas, ânsia de vômito, tontura. No meio de tudo isso eu beijava Luanne como que se quisesse engoli-la.
Algumas mulheres faziam com que eu tivesse esse desejo, o de engoli-las, devorá-las, arrancar-lhes pedaços de carne. Luanne movia sua língua dentro da minha boca com voracidade, sugava. Seu beijo era gostoso. Aquilo ajudava a passar minha naúsea, eu me equilibrava enquanto beijava e apertava a bunda de Luanne.
Continuamos ali, a noite estava fraca, com pouco movimento, apenas nós dois dançávamos naquele pequeno salão circulado por mesas. A luz embotada, o ar morno, a embriaguez, tudo contribuía para uma sensação de sonho nebuloso. Era como se nos movêssemos lentamente entre nuvens e névoas. Uma espécie de arrebatamento melancólico. Carência e desespero. Uma tristeza disfarçada assoviava pelos cantos da «casa» e cobria a todos.
Luanne era uma mulher baixinha, de rosto bonito, gorda. Possuía cabelos negros, lisos e compridos. Tinha a pele branca e macia. Surpreendeu-me o seu beijo. Luanne tinha uma língua saborosa que mexia com destreza, apaixonada.
Rubens, eufórico e embriagado, bebia acompanhado por duas amigas. «Amigas», era como chamávamos as putas. Nessa noite, enquanto beijava Luanne voltei a sentir ânsia de vômito. Deixei Luanne e fui ao banheiro. Fechei a porta do banheiro, encostando-a com o pé enquanto vomitava no vaso sanitário.
Estranhamente, aquele era, talvez, o banheiro de puteiro mais limpo que eu já vira. Meu estômago retorcia-se, vomitei uma gosma amarela e um pouco de sangue. Eu babava no vaso sanitário como um cão louco. Joguei um pouco de água no rosto, lavei a boca e voltei para o salão. Luanne me aguardava, logo que cheguei voltamos a nos beijar.
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