Folclore Brasileiro (Boitatá) - Por Carlos Carito
O Boitatá é o gênio que protege as campinas e sempre castiga os que põem fogo no mato. Quase sempre ele aparece sob a forma de uma cobra muito grande, com dois olhos enormes, que parecem faróis. As vezes, surge também com a aparência de um boi gigantesco, brilhante.
O Boitatá é o gênio que protege as campinas e sempre castiga os que põem fogo no mato. Quase sempre ele aparece sob a forma de uma cobra muito grande, com dois olhos enormes, que parecem faróis. As vezes, surge também com a aparência de um boi gigantesco, brilhante.
Antigo mito brasileiro cujo nome significa «coisa de fogo», em tupi. Já referido por José de Anchieta em 1560, o boitatá é um gênio protetor dos campos: mata quem os destrói, pelo fogo ou pelo medo. Aparece sob a forma de enorme serpente de fogo, na realidade o fogo-fátuo, ou santelmo, do qual emana fosfato de hidrogênio pela decomposição de substâncias animais.
A causa desse mito pode ser explicada com uma reação química, ossos de animais, como bois, cavalos etc. que são ricos em fósforo branco, que é um material inflamável (diferente do fósforo vermelho que é usado como medicamento), se aglomeram em um lugar, o osso começa a se decompor, e sobra apenas o fósforo. Quando um raio ou faísca, entra em contato com os ossos semi-decompostos causa uma enorme chama.
O Boitatá é o gênio que protege as campinas e sempre castiga os que põem fogo no mato. Quase sempre ele aparece sob a forma de uma cobra muito grande, com dois olhos enormes, que parecem faróis. As vezes, surge também com a aparência de um boi gigantesco, brilhante.
O Boitatá é um mito universal. Na Inglaterra é conhecido como «Jack with a lantern» (Jack com uma lanterna), na Alemanha é «Irlicht» (a luz louca), na França é «Moine des marais» (assombração dos pântanos) e nos países que se fala espanhol é «Luz mala» ou «Víbora de Fuego».
Em 1560 registrou o Padre José de Anchieta:
«Há também outros (fantasmas), máxime nas praias, que vivem a maior parte do tempo junto do mar e dos rios, e são chamados baetatá, que quer dizer cousa de fogo, o que é o mesmo como se se dissesse o que é todo de fogo. Não se vê outra cousa senão um facho cintilante correndo para ali; acomete rapidamente os índios e mata-os, como os curupiras; o que seja isto, ainda não se sabe com certeza.» (in: Cartas, Informações, Framentos Históricos, etc. do Padre José de Anchieta, Rio de Janeiro, 1933)
Etimologia e variantes nominais
O termo mais difundido é boitatá. O termo seria a junção das palavras tupis mboi e tatá, significando cobra e fogo, respectivamente – ou ainda de mboi – a coisa ou o agente. Significa, assim, cobra de fogo, fogo da cobra, em forma de cobra ou coisa de fogo.
Sobre a etimologia, escreveu Couto de Magalhães que «como a palavra o diz, mboitatá é cobra - de - fogo» .
No Centro-Sul é chamado de baitatá ou batatá e até mesmo de mboitatá. Na Bahia aparece como biatatá. Em Minas Gerais chamam-no de batatal. Em São Paulo é bitatá. No Nordeste é comum o termo batatão. Nos estados de Sergipe e Alagoas recebem os nomes de Jean de la foice ou Jean Delafosse.
Leia este tema completo a partir de 4/1/2011
A causa desse mito pode ser explicada com uma reação química, ossos de animais, como bois, cavalos etc. que são ricos em fósforo branco, que é um material inflamável (diferente do fósforo vermelho que é usado como medicamento), se aglomeram em um lugar, o osso começa a se decompor, e sobra apenas o fósforo. Quando um raio ou faísca, entra em contato com os ossos semi-decompostos causa uma enorme chama.
O Boitatá é o gênio que protege as campinas e sempre castiga os que põem fogo no mato. Quase sempre ele aparece sob a forma de uma cobra muito grande, com dois olhos enormes, que parecem faróis. As vezes, surge também com a aparência de um boi gigantesco, brilhante.
O Boitatá é um mito universal. Na Inglaterra é conhecido como «Jack with a lantern» (Jack com uma lanterna), na Alemanha é «Irlicht» (a luz louca), na França é «Moine des marais» (assombração dos pântanos) e nos países que se fala espanhol é «Luz mala» ou «Víbora de Fuego».
Em 1560 registrou o Padre José de Anchieta:
«Há também outros (fantasmas), máxime nas praias, que vivem a maior parte do tempo junto do mar e dos rios, e são chamados baetatá, que quer dizer cousa de fogo, o que é o mesmo como se se dissesse o que é todo de fogo. Não se vê outra cousa senão um facho cintilante correndo para ali; acomete rapidamente os índios e mata-os, como os curupiras; o que seja isto, ainda não se sabe com certeza.» (in: Cartas, Informações, Framentos Históricos, etc. do Padre José de Anchieta, Rio de Janeiro, 1933)
Etimologia e variantes nominais
O termo mais difundido é boitatá. O termo seria a junção das palavras tupis mboi e tatá, significando cobra e fogo, respectivamente – ou ainda de mboi – a coisa ou o agente. Significa, assim, cobra de fogo, fogo da cobra, em forma de cobra ou coisa de fogo.
Sobre a etimologia, escreveu Couto de Magalhães que «como a palavra o diz, mboitatá é cobra - de - fogo» .
No Centro-Sul é chamado de baitatá ou batatá e até mesmo de mboitatá. Na Bahia aparece como biatatá. Em Minas Gerais chamam-no de batatal. Em São Paulo é bitatá. No Nordeste é comum o termo batatão. Nos estados de Sergipe e Alagoas recebem os nomes de Jean de la foice ou Jean Delafosse.
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