CORONEL FABRICIANO - 023 – Eleições - BENEDITO FRANCO
Voto não é mercadoria! O homem público deve ter idoneidade moral! Voto consciente não é troca de favores!
Quando eu menino em Fabriciano - nem distrito era de Antonio Dias, MG - no tempo das eleições, as únicas propagandas eram numerosas cédulas entregues nas casas e jogadas na rua - praticamente só uma rua existia - impressas, em sua maioria, em papel jornal. Hoje, as propagandas chegam às raias do absurdo, atormentando-nos o ano inteiro, com nosso rico dinheirinho sendo queimado, dia e noite, sem dó e nem piedade. Existe político honesto?... Se existisse, não concordaria com esse absurdo... Uma falta de compostura, de ética e de patriotismo. Uma aspiral sem fim de cinismo, corrupção e despudor...
Na campanha, espalhavam-se cédulas eleitorais, com as qualidades e os nomes dos candidatos – algumas vezes com o nome do Partido – na minha inocência, matutava o porquê de o adulto dar tanta importância àquele fato. Os meninos íamos colecionando número máximo daqueles papeizinhos...
A votação consistia em colocar as cédulas, o eleitor levava-as de casa, dentro de um envelope comum e enfiava-o no buraco da urna de madeira. Anos mais tarde, os eleitores recebiam os envelopes timbrados na hora da votação. Papai era mesário.
As primeiras eleições, vistas por mim em Fabriciano, para Prefeito – lembro-me da do Doca Pires e do Candinho – foram de democracia total. Durante a campanha, os candidatos xingavam um ao outro, mas após o resultado, saíram juntos comemorando – o Doca ganhou.
Em Ferros, as eleições eram ferrenhas. O Social, time de futebol de Fabriciano, teve um grande goleiro ferrense - foi morto, por motivos políticos, numa briga de rua numa das eleições em Ferros.
Uma vez que as eleições em Bom Jesus do Galho, alguém de lá me contou, chegaram à violência sem limites, chamaram o Exército, que acampou nas imediações da cidade, debaixo de um eucaliptal – dizia-se que numa manhã apareceu um soldado morto. Resultado: o Exército abandonou a cidade. Foi o acontecido no Vietnam com o exército dos americanos – como não conheciam o terreno, quem nascia no Vietnam era vietnamita, mas quem morria era americano!...no Iraque acontece o mesmo...
Leia este tema completo a partir de 17/1/2011
Voto não é mercadoria! O homem público deve ter idoneidade moral! Voto consciente não é troca de favores!
Quando eu menino em Fabriciano - nem distrito era de Antonio Dias, MG - no tempo das eleições, as únicas propagandas eram numerosas cédulas entregues nas casas e jogadas na rua - praticamente só uma rua existia - impressas, em sua maioria, em papel jornal. Hoje, as propagandas chegam às raias do absurdo, atormentando-nos o ano inteiro, com nosso rico dinheirinho sendo queimado, dia e noite, sem dó e nem piedade. Existe político honesto?... Se existisse, não concordaria com esse absurdo... Uma falta de compostura, de ética e de patriotismo. Uma aspiral sem fim de cinismo, corrupção e despudor...
Na campanha, espalhavam-se cédulas eleitorais, com as qualidades e os nomes dos candidatos – algumas vezes com o nome do Partido – na minha inocência, matutava o porquê de o adulto dar tanta importância àquele fato. Os meninos íamos colecionando número máximo daqueles papeizinhos...
A votação consistia em colocar as cédulas, o eleitor levava-as de casa, dentro de um envelope comum e enfiava-o no buraco da urna de madeira. Anos mais tarde, os eleitores recebiam os envelopes timbrados na hora da votação. Papai era mesário.
As primeiras eleições, vistas por mim em Fabriciano, para Prefeito – lembro-me da do Doca Pires e do Candinho – foram de democracia total. Durante a campanha, os candidatos xingavam um ao outro, mas após o resultado, saíram juntos comemorando – o Doca ganhou.
Em Ferros, as eleições eram ferrenhas. O Social, time de futebol de Fabriciano, teve um grande goleiro ferrense - foi morto, por motivos políticos, numa briga de rua numa das eleições em Ferros.
Uma vez que as eleições em Bom Jesus do Galho, alguém de lá me contou, chegaram à violência sem limites, chamaram o Exército, que acampou nas imediações da cidade, debaixo de um eucaliptal – dizia-se que numa manhã apareceu um soldado morto. Resultado: o Exército abandonou a cidade. Foi o acontecido no Vietnam com o exército dos americanos – como não conheciam o terreno, quem nascia no Vietnam era vietnamita, mas quem morria era americano!...no Iraque acontece o mesmo...
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