Poesia de Sylvia Beirute - BUENOS AIRES; HIERARQUIA
BUENOS AIRES
não haverá vontades ou actos linguísticos,
nem contrários ou anti-contrários.
nenhum ilhado de nuvens brancas
sobrevoará a cidade hermética
do meu lunfardo.
tão-pouco haverá um orgulho cómico
ou uma atmosfera
em linha recta no mapeamento absoluto
dos meus olhos.
neste instante, nem piazzolla gerará
inflamações num «volte sempre»
HIERARQUIA
o acto de perguntar é uma confiança expectante,
a veterania de um exemplo acaba por matá-lo,
mas pouco disto é essencial para já:
na poesia, enquanto dilúvio da existência, as
influências do poeta são as veias do seu poema homicida,
veias que carregam químicos dispostos livremente
no corpo, mudando de lugar,
subindo aos olhos que lêem e que tentam
colonizar hemorragias
nos ouvidos puramente visuais.
mas haverá sempre alguém na audiência
que pergunta,
Leia este tema completo a partir de 4/1/2011
BUENOS AIRES
não haverá vontades ou actos linguísticos,
nem contrários ou anti-contrários.
nenhum ilhado de nuvens brancas
sobrevoará a cidade hermética
do meu lunfardo.
tão-pouco haverá um orgulho cómico
ou uma atmosfera
em linha recta no mapeamento absoluto
dos meus olhos.
neste instante, nem piazzolla gerará
inflamações num «volte sempre»
HIERARQUIA
o acto de perguntar é uma confiança expectante,
a veterania de um exemplo acaba por matá-lo,
mas pouco disto é essencial para já:
na poesia, enquanto dilúvio da existência, as
influências do poeta são as veias do seu poema homicida,
veias que carregam químicos dispostos livremente
no corpo, mudando de lugar,
subindo aos olhos que lêem e que tentam
colonizar hemorragias
nos ouvidos puramente visuais.
mas haverá sempre alguém na audiência
que pergunta,
Leia este tema completo a partir de 4/1/2011
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