PEGARAM O BOB ! - Conto de José Geraldo Martinez
Pegaram o Bob , pegaram o Bob !
Sai todo mundo para a rua .
Lá estava o Bob , laçado, debatendo-se. Meu coração acelerado , desesperado , torcia para o cão se livrar.
Minha mãe gritava :
-Solta ele ,moço , é o cachorrinho do meu filho!
Mas, o homem não se fazia ouvir . Permanecia tentando colocá-lo dentro da famosa carrocinha .
Joanicona , uma velha gorda , de polpuda pança, era a única que se divertia com o trágico destino de Bob . Não gostava do cachorro que por algumas vezes, fez xixi justamente no poste em frente a sua casa e por duas vezes , coco em seu jardim bem cuidado .
Gritava ela:
-Isso mesmo , isso mesmo! Pode levar...Pode levar esse viratala!
O que ela não entendia , era que Bob encurtava as minhas tardes . Que era meu amigo inseparável .
Que a gente tinha muitos segredos .Um deles revelados quando Chicão , nos apanhou roubando seu pão!
Morávamos numa pequena cidade interiorana : Na època , os padeiros deixavam os pães nas residências , assim também o leiteiro .
Eu e Bob fazíamos rodízio .
Um dia era pão da casa de um , outro dia era leite da casa do outro ...
Dividíamos tudo sentados no fundo do quintal a sombra da velha mangueira .
Deixado de lado o saudosismo , seguimos com à tragédia de Bob.
Colocado na dita carrocinha , vai ele abanando o rabinho e latindo. Parecia pedir socorro .
Eu chorava apenas , agarrado à saia de minha mãe que aflita ainda gritava :
- Moço , prometo deixar ele amarrado !
Mas que nada ! Seguiu em frente para o canil municipal .
Meu pai estava viajando fazia uma semana. Se estivesse ali , eu queria vê-los levar o Bob.
Passados cinco dias, papai chegou . Disse o acontecido . O velho, furioso, inconformado, xingava desde o prefeito , a toda bancada da câmara de vereadores que, na època aprovaram o projeto lei da tal carroçinha .
Mas, o dia era findo. Somente no outro é que papai poderia se digirir ao canil municipal . Completariam, então , seis dias sem o Bob.
Foi uma noite longa. Não conseguia dormir. Parece que escutava latir no quintal. Fotos esparramadas do cachorrinho por todo o quarto. Lembranças? Quantas!
Sem dúvida era meu amigo, um vira -lata malhado, encontrado na rua .
No dia seguinte, logo cedo, papai me acordou .
Meus olhos brilharam Pulei logo da cama ... mal tomei o café que mamãe arrumava cuidadosa e fomos .
Parecida que a cidade era enorme. A saudade era grande .
Paramos em frente ao tal canil. De fora , já dava prá escutar o latido da cachorrada.
- Bom dia ,senhor !Vim buscar o cachorro que é do meu filho.
Leia este tema completo a partir de 17/1/2011
Pegaram o Bob , pegaram o Bob !
Sai todo mundo para a rua .
Lá estava o Bob , laçado, debatendo-se. Meu coração acelerado , desesperado , torcia para o cão se livrar.
Minha mãe gritava :
-Solta ele ,moço , é o cachorrinho do meu filho!
Mas, o homem não se fazia ouvir . Permanecia tentando colocá-lo dentro da famosa carrocinha .
Joanicona , uma velha gorda , de polpuda pança, era a única que se divertia com o trágico destino de Bob . Não gostava do cachorro que por algumas vezes, fez xixi justamente no poste em frente a sua casa e por duas vezes , coco em seu jardim bem cuidado .
Gritava ela:
-Isso mesmo , isso mesmo! Pode levar...Pode levar esse viratala!
O que ela não entendia , era que Bob encurtava as minhas tardes . Que era meu amigo inseparável .
Que a gente tinha muitos segredos .Um deles revelados quando Chicão , nos apanhou roubando seu pão!
Morávamos numa pequena cidade interiorana : Na època , os padeiros deixavam os pães nas residências , assim também o leiteiro .
Eu e Bob fazíamos rodízio .
Um dia era pão da casa de um , outro dia era leite da casa do outro ...
Dividíamos tudo sentados no fundo do quintal a sombra da velha mangueira .
Deixado de lado o saudosismo , seguimos com à tragédia de Bob.
Colocado na dita carrocinha , vai ele abanando o rabinho e latindo. Parecia pedir socorro .
Eu chorava apenas , agarrado à saia de minha mãe que aflita ainda gritava :
- Moço , prometo deixar ele amarrado !
Mas que nada ! Seguiu em frente para o canil municipal .
Meu pai estava viajando fazia uma semana. Se estivesse ali , eu queria vê-los levar o Bob.
Passados cinco dias, papai chegou . Disse o acontecido . O velho, furioso, inconformado, xingava desde o prefeito , a toda bancada da câmara de vereadores que, na època aprovaram o projeto lei da tal carroçinha .
Mas, o dia era findo. Somente no outro é que papai poderia se digirir ao canil municipal . Completariam, então , seis dias sem o Bob.
Foi uma noite longa. Não conseguia dormir. Parece que escutava latir no quintal. Fotos esparramadas do cachorrinho por todo o quarto. Lembranças? Quantas!
Sem dúvida era meu amigo, um vira -lata malhado, encontrado na rua .
No dia seguinte, logo cedo, papai me acordou .
Meus olhos brilharam Pulei logo da cama ... mal tomei o café que mamãe arrumava cuidadosa e fomos .
Parecida que a cidade era enorme. A saudade era grande .
Paramos em frente ao tal canil. De fora , já dava prá escutar o latido da cachorrada.
- Bom dia ,senhor !Vim buscar o cachorro que é do meu filho.
Leia este tema completo a partir de 17/1/2011
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