sábado, 15 de janeiro de 2011

Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - INFORTUNIO; INSONIA; NO DORSO DO MAR

Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - INFORTUNIO; INSONIA; NO DORSO DO MAR

INFORTUNIO

Meus olhos tristes derramando multidões
Choram enclausurados neste canto escuro.
Não me chamem triste, porque aos serões
Nada mais me entristece nem é obscuro!

Cansam-me vozes altas, palavras duras,
Tetos baixos, labirintos e confusões.
As luzes encandeiam-me. Amo o ar puro
Da montanha e o arvoredo em procissões.

INSONIA

Quis penetrar nas dunas
De areias amarelecidas
E afoguei-me em espumas
No calhau estendidas.

Era uma tarde quieta,
Sol raiando esperança,
Horizonte enorme,
Como meu letargo.

O arco-íris era uma espiral
E as gotas de água
Lindas pedras de cristal.

NO DORSO DO MAR

Estou por aqui,
Dizes-me às vezes,
Expressando tua vontade
De que te acompanhe.
Ficas enleado em pensamentos mórbidos,
Procurando no espaço que te rodeia,
O que procuras.
Martelam-te no cérebro,
Rumores de vozes que te inquietam,
Outras que te confundem,
Outras ainda que não queres deixar de ouvir.
Sabes que te quero,
Com o mesmo querer de sempre;
Que minha alma me dói,
Se sentes uma dor.

Leia este tema completo a partir de 17/1/2011

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