segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Poesia de Ilona Bastos - NEVOEIRO; O POEMA QUE SE SEGUE

Poesia de Ilona Bastos - NEVOEIRO; O POEMA QUE SE SEGUE


NEVOEIRO

Lembrando uma paisagem escandinava
Desenham-se, além dos vidros da janela,
Os traços suaves dos ramos de pinheiro,
Esbatidas manchas de quadro em aguarela,
Por entre o esbranquiçado frio do nevoeiro.

Também, mais próxima, desmaiada, a relva
Se distancia, neutra, na densa neblina,
E o fundo baço, que esconde o arvoredo,
Envolve o céu e a vida, em leve musselina.

Só um vulto, esbelto, vem descendo, ledo,
A longa escadaria, que o nevoeiro adoça,
E uma gaivota livre, de asas prateadas,
Planando baixo, os seus cabelos roça.

O POEMA QUE SE SEGUE

Não há que temer a Poesia,
Nem estas ideias bizarras
Que em certas horas me assaltam.

Vivo e raciocino por tentativas,
Aproximações e intuições.

Pensamentos fugazes,
Velozes, acutilantes,
Perpassam-me a mente,
De rompante, e logo
Seguem seus caminhos.

Lanço-me atrás deles, correndo,
Alcanço-os, por vezes, detenho-os,
Interrogo-os, fotografo-os, de frente,
De perfil, de um lado e do outro,
Curiosa, inquisitiva, sem sorrir.


Leia este tema completo a partir de 4/1/2011

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