sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Conto Infantil / Juvenil de Cremilde Vieira da Cruz (Avómi)

Conto Infantil / Juvenil de Cremilde Vieira da Cruz (Avómi)

OS PIRILAMPOS BAILARINOS

Estavam as Flores do Jardim a dormir descansadamente, quando uma bonita música as despertou. A música era tão agradável, que as Flores mantiveram-se de olhos fechados por algum tempo a escutá-la e, quando abriram os olhos, ficaram fascinadas com tantas luzinhas que acompanhavam, dançando, a bela música. Levantaram-se imediatamente, para se certificarem de que não tinham estado a sonhar.

Uma delas, a mais velha de todas, disse que aquelas luzinhas eram uns insectos chamados Pirilampos, mas o que ela não sabia, era que eles eram bailarinos, por isso ficou muito admirada, tanto quanto as outras, ao vê-los dançar ao som daquela melodia que tanto lhes agradava.

Os efeitos das luzes, à medida que os Pirilampos de deslocavam a dançar, era o mais belo espectáculo que jamais haviam visto e, até que a música chegou ao fim, nenhuma das Flores arredou pé.

As horas foram passando, começou a amanhecer e, como por magia, as luzinhas foram brilhando cada vez menos, até que desapareceram. Nessa altura as Flores ficaram desoladas e pensaram que não voltariam a recrear a vista em tão maravilhoso espectáculo.

A música não era surpresa para elas, já que acontecia todos os dias e agradava-lhes bastante, mas o bailado, esse era a primeira vez que viam e estavam fascinadas.

Naquele dia, andaram agitadas, nervosas, desejosas que a noite chegasse. Por isso, ao contrário do que tinham por hábito, resolveram deitar-se um pouco mais tarde, na esperança de que voltasse a acontecer o lindo bailado. Para que lhes não desse sono, combinaram fazer um jogo divertido, única forma de se manterem acordadas.
Assim, logo que o sol começou a esconder-se, iniciaram o jogo, mas ficaram tão entusiasmadas com ele, que não se lembraram mais dos Pirilampos Bailarinos. Jogaram muito tempo e o cansaço foi tal, que adormeceram, cada uma para seu lado. Só acordaram no dia seguinte e ficaram muito admiradas por não estarem nas suas camas. Só nessa altura se lembraram que tinham estado a jogar para lhes não dar o sono, para assim poderem ver de novo os Pirilampos Bailarinos.

Combinaram que nesse dia teriam que arranjar outra forma de se manterem acordadas e, pensa daqui, pensa dali, resolveram que algumas delas dormiriam uma parte da noite, enquanto outras ficariam acordadas. Se acontecesse o que tanto desejavam, as que estavam acordadas chamariam as outras, se nada acontecesse, quando ficassem com sono, chamá-las-iam para que se revezassem.

Assim fizeram: Logo que a noite chegou, algumas Flores foram dormir e as outras ficaram de vigília. As horas foram passando, mas por mais que olhassem à sua volta, as Flores vigilantes não viam os ditos Pirilampos Bailarinos que tanto desejavam ver. A dado momento, porque já não aguentavam mais os olhos abertos, devido ao sono, foram acordar as outras Flores que a partir daquela hora ficaram alerta. As primeiras, mal se deitaram adormeceram profundamente, as segundas mantiveram-se acordadas durante muito tempo, ouvindo a música e olhando o espaço.

Leia este tema completo a partir de 10/1/2011

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