sábado, 29 de janeiro de 2011

Carlos Barros e a Cantiga (que) vem do Céu

Carlos Barros e a Cantiga (que) vem do Céu

Carlos Barros iniciou sua carreira em 1997, cantando e atuando no espetáculo Abismo, que reunia canções e textos nacionais e portugueses em torno do conceito do hexagrama 29 do I Ching.

O show, com roteiro e direção de Carlos Barros, percorreu a cidade de Salvador durante um ano, e foi realizado juntamente aos violonistas e compositores Harlei Eduardo e Ivan Farias. Aliando sua graduação em História ao seu trabalho como músico e arte-educador, Carlos Barros passa a conjugar literatura, leitura dramática e música ao seu cotidiano profissional. Entre 1998 e 2001, Carlos Barros atuou como intérprete de MPB em espaços alternativos da cidade, constituindo um estilo, compondo, escrevendo e dirigindo seus shows.

Em 2001, criou o grupo musical Bando de Uns, que fez (até 2007) diversos espetáculos musicais e de música e literatura. Ao lado de Carlos Barros, estiveram as cantoras Déia Ribeiro e Vércia Gonçalves, além do violonista Harlei Eduardo. Neste período, o Bando fez uma parceria com o maestro de percussão Bira Reis e dividiram o palco com a cantora Margareth Menezes, em show comemorativo da Banda Kizumba, então resultado da oficina de instrumentos da escola de Investigação Musical do referido maestro.

Em 2005, a convite, este grupo gravou o disco Adurá Oxum, em homenagem ao orixá Oxum, numa edição que foi distribuída na Bahia e em outras partes do Brasil. Neste mesmo ano, Carlos Barros defende uma Dissertação de Mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia, abordando as construções de identidades culturais baianas na trajetória artística dos Doces Bárbaros – Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethânia. Seus trabalhos remontam às tradições mínimas , como voz e violão ou percussão e voz , além de formatos de banda, numa via seguida para dar forma à canção como veículo de idéias sobre o universo , particular e ao redor como poderia dizer a referencial Marisa Monte.

Seu estilo está situado entre a dramaticidade e o trato poético das peças musicais , como em Maria Bethânia, a busca de uma emissão técnica e eficiente, como em Gal Costa e espectros interpretativos da figura de Caetano Veloso. Sua presença artística evoca a de sues ícones, sem confundir-se com estes mesmos. Realiza o show Baihunos, em referência a este seu trabalho acadêmico e traz, no evento, uma interface entre música, imagem e teatro, com projeções e textos dramatizados para incorporar o espírito da obra dos baianos estudados pelo artista.

Em 2006, Carlos Barros é convidado para fazer um show em homenagem aos sessenta anos de Maria Bethânia – Atakã, amiga dos ventos – no Teatro Dona Canô, em Santo Amaro, na Bahia e ainda no grupo Bando de Uns, grava o CD Ensaio Demo, com canções inéditas e faz shows pela cidade para divulgá-lo. Em 2007, sai o disco Ensaio Demo II, continuação natural do sucesso em meios alternativos do primeiro destes trabalhos fonográficos. No final de 2007, depois de uma viagem ao Rio de Janeiro, Carlos Barros – já em carreira solo – reúne um repertório de sambas que caracterizam a identidade nacional e junto a cânticos de candomblé de caboclo, faz o show Raio do Sol, que fez turnê em Salvador e no interior da Bahia no verão 2007/2008.

Em 2008, Carlos Barros convida músicos para uma banda base – A Banda do céu – a fim de concretizar o projeto estético Cantiga vem do céu, que conta com um blog, uma página no site my space, um perfil e comunidade no Orkut, além de shows e palestras dramatizadas sobre a identidade cultural brasileira através da música. No processo de constituição deste novo projeto, além de participar de shows ao lado do compositor e cantor Jota Velloso, em agosto é um dos artistas que fazem o espetáculo Baile da saudade, para o sambista Batatinha.

Leia este tema completo a partir de 31/1/2011

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