segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - Grito do Silêncio; HA SEMPRE UMA LUZ

Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - Grito do Silêncio; HA SEMPRE UMA LUZ

Grito do Silêncio

Basta!
Basta de silêncio!
Deixem-me gritar!...

Estou no cimo do monte,
E grito.
Meu grito faz eco,
E grita.
Ouço o eco de meu grito,
E grito.
Grito, grito, grito...
Grita o eco de meu grito,
E faz eco.
As árvores estremecem,
E gritam.
A montanha chora derramada na encosta,
Cai em grossas lágrimas sobre as pedras,
E grita.
As pedras gritam,
Correm para o mar,
Gritam, gritam, gritam...
Tantos gritos!...
Tantos ecos!...


HA SEMPRE UMA LUZ


Sobes os degraus do silêncio,
Tua alma sobranceira à minha.
Por isso nosso amor não morre
E a lonjura nos enlaça!

Ambos queremos fugir...
Que absurdo,
Se todas as horas são nossas!

Há sempre uma luz rompendo as trevas,
Como quando a aurora chega.
E por isso que eu digo:
- Quanto menos nos temos
Mais perto estamos de nós.

Ambos tropeçamos
Na angústia de nossa consciência,
Sempre de mãos dadas,
Com a mesma tranquilidade
Dos pássaros que voam
Sem rumo certo,
Tão naturalmente,
Como se à volta de nós
Houvesse um espaço aberto
E fosse inteiramente nosso.

Leia este tema completo a partir de 4/1/2011

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